Pullmantur pondera procurar novos investidores e fecha escritórios de Madrid
Companhia de cruzeiros está a preparar um novo plano de negócio para voltar a operar e decidiu fechar o escritório de Madrid para cortar custos e conseguir pagar ordenados.
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A Pullmantur, que declarou insolvência em maio e desde junho se encontra num concurso de credores, está a preparar um novo plano de negócio para voltar a operar e pondera mesmo procurar novos investidores. Enquanto o processo decorre, a companhia já decidiu abandonar os escritórios no centro de Madrid, com forma de cortar custo e evitar despedimentos.
A informação é avançada esta quarta-feira, 30 de setembro, pelo jornal espanhol Hosteltur, que cita a agência noticiosa Efe, e explica que, caso o novo plano de negócio que a Pullmantur está a elaborar seja rejeitado pelo atuais proprietários – a Cruises Investment Holding (Springwater) e o Royal Caribbean Group (RCL) -, a companhia de cruzeiros vai procurar novos investidores.
De acordo com o Hosteltur, a Pullmantur está confiante que o novo plano de negócio vai mostrar que a companhia é capaz de voltar a operar e ser rentável, esperando que a nova estratégia consiga também convencer os atuais proprietários.
Richard J. Vogel, presidente e CEO da Pullmantur, já garantiu, entretanto, que quando a companhia decidiu declarar a insolvência, em maio, foi já com o objetivo de voltar a navegar, afirmando que é claro para todos que “a liquidação não é uma alternativa”.
Para o responsável, este é o momento certo para investir na indústria dos cruzeiros, uma vez que tanto o turismo em geral como os cruzeiros em particular vão voltar à normalidade assim que existir uma vacina contra a COVID-19, pelo que, para a Pullmantur, o objetivo é sobreviver até que a vacina seja de facto uma realidade.
Entretanto, a Pullmantur anunciou já que vai deixar os escritórios no centro da capital espanhola e que se encontram localizados no Campo de las Naciones de Madrid, onde continuam a trabalhar 90 funcionários, de um total de 304 que se encontram em teletrabalho.
De acordo com a companhia, a decisão de deixar as instalações no centro da capital espanhola deve-se à necessidade de cortar custos, com a Pullmantur a explicar que prefere usar o dinheiro do aluguer do escritório para pagar os ordenados aos seus funcionários e não proceder a despedimentos.
Apesar de abandonar os escritórios centrais de Madrid, a companhia está a avaliar a possibilidade de manter uma pequena representação na capital espanhola, garantindo que, quando puder voltar a operar e ter mais funcionários a trabalhar, voltará a procurar instalações mais amplas.
O Hosteltur recorda, no entanto, que a Pullmantur colocou 215 funcionários em lay-off total e, dos restantes 90 funcionários que a companhia tem em Madrid, vários continuam em lay-off parcial, com reduções de horário de 30% e 60%.
O jornal espanhol diz ainda que, em agosto, os funcionários receberam o ordenado com atraso, incluindo também Richard J. Vogel, demora que foi, no entanto, explicada com um processo judicial em curso e com a complexa estrutura do grupo, que inclui empresas de Malta e Espanha.
Para voltar a operar, a Pullmantur vai, contudo, necessitar de navios, já que as três embarcações com que a companhia operava foram enviadas para desmantelamento pela RCL, de quem os navios eram propriedade, ainda que Richard J. Vogel considere que isso não constitui um problema.
Segundo o responsável, se não puder contar com a RCL, a Pullmantur contar ir ao mercado para adquirir navios, até porque, devido à COVID-19, existem atualmente boas oportunidades para conseguir navios mais jovens e com melhores condições financeiras que antes da pandemia.