Zoomarine diz que é “um dos zoos do mundo com melhores práticas de bem-estar animal”
Zoomarine considera as acusações da World Animal Protection “graves e infundadas”, mas desvaloriza a situação, defendendo que se tratam de entidades que pretendem “angariar donativos”.
Inês de Matos
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O Zoomarine, parque aquático temático perto de Albufeira, Algarve, veio esta sexta-feira, 2 de agosto, reagir às notícias que o acusam de causar “sofrimento atroz” aos animais, nomeadamente aos golfinhos, garantindo é “um dos zoos do mundo com melhores práticas de bem-estar animal”.
Num comunicado enviado à imprensa, o Zoomarine sublinha que a sua prioridade “sempre foi, é-o atualmente, e sempre será garantir o bem-estar e a saúde dos animais sob o seu cuidado humano”, garantindo que “o cuidado e o respeito dedicados” aos animais é parte integrante da sua missão e que as apresentações ao público visam promover o “conhecimento, a preservação e a educação ambiental”.
“Com as nossas apresentações ao público, os nossos animais e as nossas equipas de profissionais altamente competentes e reconhecidos internacionalmente, educamos os nossos Visitantes no sentido em que promovemos o conhecimento, a preservação e a educação ambiental, cumprimos o dever de transmitir diariamente mensagens de consciencialização para a problemática ambiental”, lê-se no comunicado do parque aquático.
Em relação às acusações vindas a público esta quinta-feira, por parte do ramo britânico da World Animal Protection, que veio aconselhar os turistas a não visitarem parques como o Zoomarine, onde, diz a associação, os animais são mantidos sob um “sofrimento atroz”, o Zoomarine considera que se tratam de “graves e infundadas acusações”, lançada por entidades que apenas pretendem “angariar donativos”.
“Pontualmente surgem na comunicação social graves e infundadas acusações contra o Zoomarine com base em “relatórios” de uma ou outra organizações que se auto designam pela defesa de animais mas onde apenas incidem em falsos problemas ao nível do bem-estar exclusivo de golfinhos. Estas organizações de índole ideológica procuram apenas angariar donativos criando indignação pública mesmo que para isso atuem com total desconsideração pela verdade”, reage o parque.
O Zoomarine diz que, “ao contrário de apenas ideais, Zoos como o Zoomarine têm um contributo realmente efetivo, na conservação da natureza” e cita alguns exemplos do contributo que o parque tem vindo a dar para essa conservação, a exemplo da criação do primeiro Centro de Reabilitação de Espécies Marinhas em Portugal, aberto em 2002, em colaboração com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
O Zoomarine aponta também a ‘Operação Montanha Verde’, que, em apenas dois anos, já plantou no Algarve mais de 37.400 árvores; a ‘Operação Praia Limpa’, que, em dois anos, já recolheu mais de três toneladas de lixo marinho das praias; e o apoio aos programas de conservação, que já entregaram, em apenas três anos, mais de 52.000 euros à World Parrot Trust.
O Zoomarine recorda ainda os vários reconhecimentos recebidos pelo parque, assim como as inspeções realizadas pelas mais elevadas instituições reguladoras e inspetivas do mundo, a exemplo da “mais recente inspeção e avaliação da American Humane”, a mais prestigiada entidade oficial a nível mundial na avaliação de bem-estar animal em zoos modernos, que atribuiu um nível de 94,78% de conformidade ao Zoomarine.
Esta inspeção é, segundo o Zoomarine, “prova cabal” de que o parque está “no muito bom caminho”, uma vez que passou a integrar “um muitíssimo restrito lote de menos de 40 entidades a nível mundial” que contam com esta avaliação e que, na Europa, inclui apenas quatro parques.
O Zoomarine diz que mantém “total confiança” nas autoridades nacionais que inspecionam e licenciam os Zoos portugueses, e garante que vai continuar “a desempenhar com orgulho e com alegria” o seu papel, que passa por “amar e proteger os espécimes” sob o seu cuidado e que são uma “família zoológica”.
Recorde-se que esta quinta-feira, 1 de agosto, ramo britânico da World Animal Protection divulgou um documento em que afirma que os animais mantidos em 12 zoológicos e parques, entre os quais o Zoomarine, estão sob “sofrimento atroz”.
Para a associação, os espetáculos que o Zoomarine promove, em que “os golfinhos são forçados a fazer acrobacias e a deixar que os treinadores façam ‘surf’ em cima deles” são nocivos para os animais, defendendo que estes locais deviam eliminar “estas atrações nocivas e oferecer em vez delas atividades enriquecedoras para os golfinhos, sem contacto direto com os visitantes e sem truques circenses”.
A World Animal Protection argumenta que “muitos dos comportamentos apresentados como ‘brincadeiras’ durante o espetáculo são na verdade manifestações de agressividade ou perturbação” e apelou aos turistas britânicos a “tomarem uma posição, não visitando nem apoiando estes locais”.