Grupo GEA regista crescimento nos vários indicadores
Actualmente com 322 empresas, a rede de agências de viagens independentes liderada por Pedro Gordon reuniu-se este fim-de-semana, em Sesimbra.
Raquel Relvas Neto
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Foi com o tema “O Conhecimento do cliente como chave para o sucesso das agências de viagens”, que o Grupo GEA, rede de agências de viagens independente, se reuniu de 2 a 4 de Novembro, em Sesimbra, para a sua 14ª convenção nacional, onde contou com 275 participantes.
Pedro Gordon, director-geral da rede de agências independentes, em conferência de imprensa, revelou que, até Setembro deste ano, a rede registou um aumento de 5% em número de agências de viagens, passando assim para as 322 agências, num total de 422 balcões.
No balanço do ano em termos de resultados, o responsável avançou que 2018 está a ser um ano “bom no geral, um ano de crescimento”. A venda de pacotes turísticos dentro da rede aumentou 11% até 30 de Setembro, comparativamente com o período homólogo de 2017, o que significa um total de 47,5 milhões de euros nos 12 principais operadores turísticos. Destes, destaque para a Soltour que lidera as vendas, seguida da Jolidey, que subiu este ano para a segunda posição, Soltrópico, Nortravel, Viajar Tours, entre outros. Entre os operadores que desceram, está a Travelplan, justificado pela menor oferta disponibilizada ao mercado.
Quanto a destinos, Pedro Gordon refere que são os mesmos de outros anos, sendo que alguns estão a registar crescimentos importantes, como as Canárias, Tunísia e Saïdia, em Marrocos. “A nível de volume de facturação encontram-se as Caraíbas, Cabo Verde e Baleares em termos de pacotes, e Algarve, em termos de estadias”, indica.
Quanto às vendas através de centrais de reservas hoteleiras, o director-geral do Grupo GEA refere que a Veturis, Bedsonline, W2M, easybookings, Tourdiez e Teldar Travel foram as mais vendidas. “Se compararmos estas que são as principais com o ano anterior, tiveram, até fim de Setembro, 18,5 milhões de euros, enquanto que no ano passado foi de 14,6 milhões de euros[de vendas dentro do grupo], um crescimento de 29%, se excluirmos as que entraram este ano, temos um crescimento de 15%”. Pedro Gordon admite que as viagens à medida podem ter tido alguma influência neste crescimento do resultado das centrais de reservas hoteleiras, sobretudo em destinos de longo curso e mais de nicho como a Ásia.
A TAP continua a ser a companhia aérea mais vendida dentro do grupo, seguindo-se o grupo Lufthansa, IAG, Air France/KLM, mas também a SATA. Pedro Gordon indica ainda que no consolidador do grupo, TravelGea, registo-se um crescimento para os 13 milhões de euros, mais 30% de crescimento este ano, prevendo o responsável que o ano termine com 15 milhões de euros em vendas de bilhetes aéreos.
Em cruzeiros, destaque para a MSC Cruzeiros, com um crescimento de 30%, Pulmantur, Melair e Costa Cruzeiros.
Na convenção, foi apresentada uma nova ferramenta para as agências do grupo, concretamente uma página web de marca branca disponível “para todas agências, bastante potente, pois tem motor de voos, voo+hotel em pacote fechado e extremamente competitivo em preço, motor de cruzeiros, produtos próprios, onde as agências podem vender ali directamente ao cliente final”. Esta ferramenta foi desenvolvida numa parceria com a Veturis, que terá uma empresa portuguesa intermediária para fazer os set-ups das páginas e tudo o que seja customização. Para o responsável as agências não podem deixar de estar online.
No que diz respeito às vendas para o Fim-de-Ano, o director-geral da GEA considera que as mesmas estão um “pouco atrasadas”. “Já houve algumas vendas, mas não está ao ritmo muito bom, não despegou ainda”, adianta.
Para 2019, as expectativas são de continuar a crescer, mas a outro ritmo. “Este crescimento não vai continuar ad aeternum, seria uma maravilha. Passámos uma crise duríssima, mas estamos num momento de confiança. O País está estável, há estabilidade económica e política e isso beneficia o consumo”. Pedro Gordon diz ainda que “há destinos que, se não acontecer nada, vão crescer muito, como a Tunísia e a Turquia”.
Quanto a constrangimentos para o próximo, o responsável salienta que o excesso de oferta poderá ser um deles, justificando que este ano já se verificou um excesso de oferta no mercado que perturbou a rentabilidade do negócio dos operadores e das agências, beneficiando apenas o consumidor.