Edição digital
Assine já
Linha de crédito
Destinos

Receitas turísticas começam 2016 com queda

Segundo os dados do Banco de Portugal, os turistas estrangeiros gastaram menos no país em Janeiro, enquanto os portugueses aumentaram a sua despesa em destinos internacionais.

Raquel Relvas Neto
Linha de crédito
Destinos

Receitas turísticas começam 2016 com queda

Segundo os dados do Banco de Portugal, os turistas estrangeiros gastaram menos no país em Janeiro, enquanto os portugueses aumentaram a sua despesa em destinos internacionais.

Sobre o autor
Raquel Relvas Neto
Artigos relacionados
Estão entregues os “Portugal Tarde Awards 2025”. “Personalidade do Ano” é Jorge Rebelo de Almeida
Eventos Publituris
Madeira é novamente “Destino Preferido Nacional 2025” da APAVT
Distribuição
Cuba atravessa tempos difíceis, mas de confiança nos atributos do destino
Destinos
Enoturismo no Alentejo teve o melhor ano de sempre
Enoturismo
“O que vai pagar muito do investimento que está a ser feito hoje no Alentejo é a procura internacional”
Destinos
Meeting Brasil foi “sucesso” na primeira edição na Europa que incluiu o Porto
Destinos
BTL 2025 arranca hoje e até domingo
Sem categoria
Mais de 55% dos turistas estrangeiros que visitam a Província de Huelva são portugueses
Destinos
Hotel Mundial vai contar com 500M2 de área de MICE e novo restaurante
Alojamento
2024 foi “ano muito positivo” para a PHC Hotels com aumento de 60% nas receitas totais
Alojamento

Os gastos dos turistas internacionais durante a sua estadia em Portugal verificaram uma descida no primeiro mês de 2016. Comparativamente com Janeiro de 2015, os turistas internacionais gastaram menos cerca de 13 milhões de euros, o que supõe uma queda de 2,14%. No total, registou-se um gasto de 580, 35 milhões de euros.
No que diz respeito ao gasto dos turistas portugueses no estrangeiro verifica-se um aumento de 5,1%, num total de 271,32 milhões de euros, face ao mês homólogo do ano anterior.
Com estes resultados, o saldo da balança turística registou uma descida de 7,72%, para os 309, 02 milhões de euros.

PUB
PUB
Sobre o autorRaquel Relvas Neto

Raquel Relvas Neto

Mais artigos
Artigos relacionados
Estão entregues os “Portugal Tarde Awards 2025”. “Personalidade do Ano” é Jorge Rebelo de Almeida
Eventos Publituris
Madeira é novamente “Destino Preferido Nacional 2025” da APAVT
Distribuição
Cuba atravessa tempos difíceis, mas de confiança nos atributos do destino
Destinos
Enoturismo no Alentejo teve o melhor ano de sempre
Enoturismo
“O que vai pagar muito do investimento que está a ser feito hoje no Alentejo é a procura internacional”
Destinos
Meeting Brasil foi “sucesso” na primeira edição na Europa que incluiu o Porto
Destinos
BTL 2025 arranca hoje e até domingo
Sem categoria
Mais de 55% dos turistas estrangeiros que visitam a Província de Huelva são portugueses
Destinos
Hotel Mundial vai contar com 500M2 de área de MICE e novo restaurante
Alojamento
2024 foi “ano muito positivo” para a PHC Hotels com aumento de 60% nas receitas totais
Alojamento
Eventos Publituris

Estão entregues os “Portugal Tarde Awards 2025”. “Personalidade do Ano” é Jorge Rebelo de Almeida

Foram entregues esta quarta-feira, 12 de março, os “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2025”. No total, foram 15 premiados, com a “Personalidade do Ano” a ser Jorge Rebelo de Almeida, presidente do grupo Vila Galé.

Dos 89 nomeados para a 13.ª edição dos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2025”, o jornal Publituris entregou, no primeiro dia da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, a 12 de março, prémios aos 15 vencedores.

Assim, os vencedores desta 13.ª edição foram:

Melhor Operador Turístico – Solférias
Melhor Agência Corporativa – Cosmos
Melhor Consolidador – Consolidador.com
Melhor DMC – Abreu Events
Melhor Distribuidor B2B – Abreu Online
Melhor GSA Aviação – ATR
Melhor Sistema Global de Distribuição – Travelport
Melhor Empresa de Gestão Hoteleira – Unlock Boutique Hotels
Melhor Empresa de Software de Gestão Hoteleira – Newhotel
Melhor Startup – Try Portugal
Melhor Consultoria e Assessoria em Turismo – Neoturis
Melhor Formação Turismo – Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril
Melhor Parceiro Segurador – SGS
Melhor Empresa de Organização de Eventos – GR8 events
Melhor Venue para Eventos e Congressos – MEO Arena

O prémio de “Personalidade do Ano”, atribuído diretamente pela redação do Publituris, foi entregue a Jorge Rebelo de Almeida, presidente do grupo Vila Galé.

Como sempre, os vencedores resultam de uma média ponderada entre os votos do júri (45%), dos assinantes do jornal do Publituris (45%) e subscritores da newsletter diária (10%).

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Distribuição

Madeira é novamente “Destino Preferido Nacional 2025” da APAVT

Foi durante a manhã do primeiro dia da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025 que a APAVT anunciou a Madeira como “Destino Preferido Nacional 2025 da associação.

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) anunciou no primeiro dia da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, após um encontro entre o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, o Turismo Regional da Madeira, e Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, a nomeação da Madeira, uma vez mais, como “Destino Preferido Nacional 2025 da APAVT”.

A parceria da APAVT com a Madeira tem sido marcada por uma “colaboração estreita, focada em promover o destino de forma eficaz e inovadora”, refere a APAVT, em comunicado. A região, que já foi “Destino Preferido” em 2016, 2020 e 2021, assume, mais uma vez, esta posição de destaque para o ano de 2025, refletindo a confiança dos agentes de viagens e operadores turísticos na sua oferta.

“A Madeira continua a ser um destino-chave para o setor turístico português, com um esforço contínuo na melhoria da oferta turística”, salientando a associação liderada por Pedro Costa Ferreira que, “com o apoio permanente da APAVT e dos agentes de viagens e operadores turísticos nacionais, este novo título vem reforçar este posicionamento de sucesso no turismo nacional”.

Miguel Albuquerque, destacou o trabalho constante e importante que tem sido desenvolvido ao longo dos últimos anos com a APAVT, admitindo que a associação “tem sido um parceiro fundamental no desenvolvimento do setor turístico nacional e, sobretudo, regional”.

O presidente do Governo Regional da Madeira recordou ainda que “que este setor se baseia num trabalho participado por muitas pessoas e entidades, e é neste esforço conjunto que se consegue crescer de forma sustentada. Ser uma vez mais o destino preferido da APAVT é, não só uma honra e um privilégio, mas sobretudo uma grande responsabilidade, tendo em conta a importância crescente do mercado nacional para o arquipélago”.

Do lado da APAVT, Pedro Costa Ferreira enalteceu o facto da associação trabalhar com a Madeira, ao longo destes últimos anos, de forma “próxima, cúmplice e atingido excelentes resultados”, concluindo que “a Madeira é um exemplo de boas práticas de gestão do território e de relacionamento com os agentes de viagens”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Cuba atravessa tempos difíceis, mas de confiança nos atributos do destino

“Tenho, pessoalmente, uma dívida para com o mercado português, porque ainda fazemos pouco e poderíamos contribuir muito mais”, reconheceu Niurka Pérez Denis, conselheira de Turismo de Cuba em Espanha e Portugal, país que, nesta edição da BTL 2025, ostenta o título de “Destino Internacional Convidado”.

tagsCuba

O seu grande potencial do mercado português voltou a ficar evidente em 2024 ao subir para o 11.º lugar, entre os primeiros 20 emissores para Cuba, com a chegada de 33.745 visitantes. Mais uma vez foi o único mercado europeu a crescer, tendo superado o recorde alcançado em 2019. Assim, em entrevista ao Publituris, Niurka Pérez Denis, conselheira de Turismo de Cuba em Espanha e Portugal, dá conta de ações neste mercado considerado estratégico que visam a sua consolidação.

Qual é a importância do mercado português para Cuba?
Este mercado continua a ser estratégico para o país e a nossa intenção é continuar a fortalece-lo, por isso não podemos deixar de estar na BTL; porém, não basta que as quatro letras que dão nome à nossa ilha, ÚNICA como a define a sua campanha promocional, o abracem todos os anos à entrada do Pavilhão, mas é o momento ideal para Cuba ser o “Destino Internacional Convidado” da BTL 2025.

Promover o aumento do investimento estrangeiro, incentivar a exportação de serviços, continuar a fortalecer o marketing do destino, mostrando os seus pontos fortes e benefícios, bem como os produtos e serviços oferecidos aos viajantes que escolhem a ilha para as suas férias e a possibilidade de fechar novos negócios, é o nosso interesse na BTL 2025 junto do mercado português.

Como tem evoluído o mercado português nos últimos anos, e no ano passado?
Sempre achamos este mercado muito interessante, agradecido e que ama muito Cuba. Tenho, pessoalmente, uma dívida para com o mercado português porque ainda fazemos pouco e poderíamos contribuir muito mais.

O mercado português apresentou tendências positivas para o destino Cuba em 2023, estando entre os principais emissores de turistas para o arquipélago, sendo o único mercado europeu que está em crescimento. O seu grande potencial voltou a ficar evidente em 2024 ao subir para o 11.º lugar, entre os primeiros 20 emissores para Cuba, com a chegada de 33.745 visitantes, é mais uma vez o único mercado europeu que está a crescer e supera o recorde alcançado em 2019.

Qual tem sido a vossa promoção neste mercado, sabendo que não havendo voos diretos, apenas operações charters no verão?
Entre as ações que têm contribuído para estes resultados destaca-se a primeira edição da Bolsa Turística de Destinos Cuba 2024 realizada, em maio, em Albufeira, evento dedicado a profissionais do turismo com alcance internacional que reuniu diferentes atores do setor de Portugal e Espanha, com resultados muito positivos e onde a música cubana, a comida típica da região, as danças típicas e o calor do cubano, fizeram com que todos os que nos acompanhassem se apaixonassem. De salientar ainda o XIV Fórum Portugal/América Latina patrocinado pelo Instituto para a Promoção da América Latina e das Caraíbas (IPDAL), realizado em Lisboa em 2023 e no qual Cuba foi o país convidado.

Da mesma forma, após o estrondoso sucesso da I Macro Convenção Internacional do grupo DIT Gestión em 2023, os agentes associados tiveram mais uma vez a oportunidade de desfrutar de uma experiência única num destino tão impressionante como Cuba. Esta II Macro Convenção nada teve a ver com a homónima de 2023, e a agenda deste ano permitiu aos agentes explorar outras zonas emblemáticas da ilha. Tendo em conta que tanto Portugal como Espanha figuram na lista dos principais mercados emissores de turistas durante o verão, reuniram-se cerca de 300 operadores turísticos de ambos os mercados.

Um programa versátil aguardava os participantes, pois contemplou ações de aperfeiçoamento profissional especializado, formação de operadores turísticos e formação com os produtos turísticos que atualmente se comercializam no destino, visitas a locais de interesse em Holguín, e também em Santiago de Cuba e Guantánamo, bem como sessões de trabalho e workshops com fornecedores locais e demonstrações culinárias, entre outros; contribuindo assim para o estabelecimento de alianças, troca de ideias e experiências para a comercialização dos produtos turísticos do leste de Cuba, das suas belezas naturais e da sua impressionante cultura.

Novas rotas aéreas diretas de Lisboa para Cuba através das companhias aéreas Iberojet e World2Fly facilitaram a chegada de turistas portugueses a Varadero, principal estância turística do arquipélago caribenho, durante o verão de 2023 e em 2024 foram expandidas para destinos como Cayo Santa María e Jardines del Rey.

Entretanto, durante o resto do ano o acesso via Madrid é mantido com outras companhias aéreas como a Iberia e a AirEuropa, e a recém incorporada, AirChina.

 

Continua a ser uma tarefa pendente para mim e para o destino, conseguir uma ligação direta de Portugal a Havana através de um voo regular que ligue os dois países durante todo o ano, para isso continuaremos a insistir com a companhia aérea TAP

 

Previsão de 2,6 milhões de visitantes em 2025
De que forma Cuba tem vindo a explicar aos mercados, nomeadamente, o português, as dificuldades que o país tem atravessado?
O cenário de Cuba é muito diferente de outros destinos caribenhos, marcado pelo intensificado bloqueio económico, comercial e financeiro que nos é imposto pelos Estados Unidos; com novas medidas que dificultam o comércio internacional, a proibição de atividades de cruzeiros – de e para Cuba -, restrições de viagens para cidadãos norte-americanos, a inclusão injusta do nosso país na lista de países patrocinadores do terrorismo, a perseguição financeira e uma agressiva campanha mediática contra a ilha, constituem travões indiscutíveis para a economia cubana, e consequentemente, também para o turismo.

Como resultado da inclusão na lista de Patrocinadores Estatais do Terrorismo, um viajante que visita Cuba não é elegível para participar do Sistema Eletrónico de Autorização de Viagem (ESTA) e deve solicitar um visto para entrar nos Estados Unidos.

Em tempos tão difíceis, não só para Cuba, mas para o mundo, continuamos empenhados em desenvolver a nossa infraestrutura turística, oferecendo um produto turístico de excelência, próspero e sustentável; mostrar ao mundo as belezas inigualáveis desta ilha e a hospitalidade das suas gentes, um destino turístico excecional que oferece experiências únicas, repletas de história, cultura e tradição.

Para este ano, Cuba espera atingir 2,6 milhões de visitantes, valor que ultrapassará entre 11% e 12% o alcançado em 2024, e Portugal, enquanto mercado emissor, deve continuar a crescer, contribuindo para este valor.

No feedback com operadores turísticos, agências de viagens e cliente final, o atributo mais bem avaliado é a segurança do destino, que diferencia Cuba dos demais destinos da região caribenha, e continuará a ser uma força com a qual tocaremos todos os corações.

E para demonstrar que não há adversidade que pare, em novembro passado Cuba sediou o XV Congresso Internacional da Federação de Jornalistas e Escritores de Turismo (FEPET), que contou com a presença de 50 profissionais de informação turística das 140 filiadas e que tiveram a oportunidade de visitar destinos como Havana, Pinar del Río, Trinidad, Cienfuegos e Varadero. O papel da imprensa é fundamental para fazer brilhar esta indústria em Cuba.

O que é que Cuba, em termos de produtos turísticos, pretende oferecer ao mercado português para além de sol e praia?
Cuba como destino turístico tem múltiplos atrativos para oferecer ao visitante e nesta importante feira apresenta-se com uma rede hoteleira renovada com aderência às modernas tecnologias, respeito e preservação do meio ambiente, a economia circular, incorporando conceitos de reutilizar, reciclar, reduzir, num design de aproveitamento máximo de recursos; que no final de novembro já contava com 84.156 quartos, dos quais 74,4% são de 4 e 5 estrelas, e a presença na gestão hoteleira de 20 cadeias estrangeiras de reconhecimento internacional, das quais nove são espanholas, e a cadeia Vila Galé Hotéis, que iniciou no ano passado a gestão do seu primeiro hotel em Cuba, no complexo turístico Jardines del Rey.

Continuamos a trabalhar na diversificação da oferta turística, assente no desenho de experiências inovadoras em modalidades como o turismo de natureza e rural, o agroturismo e de aventura, o turismo cultural e histórico-patrimonial, acessível e inclusivo, a realização de eventos e incentivos, a organização de eventos com a comunidade LGBTI e o turismo de saúde, que têm um grande potencial de desenvolvimento do país, e que nos permitem mostrar Cuba como um destino diversificado e único, um destino que tem muito para oferecer para além das suas praias de reconhecimento internacional.

A oferta turística não hoteleira continua a fortalecer-se, estreitando ainda mais os nossos laços com as instituições culturais para a oferta do património cultural e arquitetónico cubano, para que não só constituam um complemento ao consolidado destino de sol e praia, mas também um motivo de viagem.

A captação de novas agências especializadas em eventos corporativos, organização de casamentos, turismo estudantil, turismo de bem-estar, trekking, eventos desportivos, academias de dança, programas gastronómicos, clubes de charutos, entre outros, num mercado como este com elevado potencial para desenvolver estas modalidades, será também o objetivo da delegação cubana nesta importante feira e fará parte dos nossos esforços para continuar a mostrar que também aspiramos a tornar-nos um destino preferencial na região latino-americana e nas Caraíbas, para o segmento MICE.

A expansão das ligações turísticas nos diferentes mercados com a inserção de novos operadores turísticos e agências de viagens, as ofertas do setor não estatal, os programas turísticos, combinados e de excursões e a renovação do produto “Circuito”, também continuam a distinguir-nos dos restantes destinos das Caraíbas.

Como é que Cuba se tem relacionado com a rede de distribuição turística em Portugal? E voos diretos, vai haver? A TA P é uma hipótese?
Agradecemos sempre aos operadores turísticos, agências de viagens, companhias aéreas, empresários, meios de comunicação e cadeias hoteleiras de Espanha e Portugal, todos eles nos acompanharam ao longo destes anos no compromisso com o turismo cubano, e também estarão connosco nestas jornadas de feira para lhes mostrar o que temos para oferecer, os principais atrativos, novidades e potencialidades do destino.

Continua a ser uma tarefa pendente para mim e para o destino, conseguir uma ligação direta de Portugal a Havana através de um voo regular que ligue os dois países durante todo o ano, para isso continuaremos a insistir com a companhia aérea TAP.

Proporcionar experiências autênticas
Quem procura Cuba a nível internacional? Que segmentos procuram?
Como sabemos, as preferências dos viajantes evoluem, adaptando-se às tendências emergentes e às novas formas de explorar o mundo. Neste âmbito foram identificadas as principais correntes que irão redefinir a forma como caminharemos através de uma abordagem baseada na sustentabilidade e na procura de experiências personalizadas, tendências que prometem transformar o turismo e oferecer opções inovadoras para cada tipo de viajante com um compromisso mais consciente, sustentável e tecnológico.

Os viajantes procurarão cada vez mais experiências autênticas, equilibrando conforto, bem-estar e um impacto positivo nos destinos que visitam, neste sentido o produto turístico cubano convida-os a viajar com propósito, responsabilidade, novas facilidades digitais para o viajante e ampla implantação de tecnologia.

O nosso portfólio inclui ofertas adaptadas para satisfazer todos os segmentos de clientes e mostrar aos visitantes a beleza e a diversidade de Cuba, um destino turístico que oferece experiências únicas e diferentes, cheias de história, cultura e tradição, num ambiente alegre rodeado de música e dança, o que nos permitirá alcançar o posicionamento como um destino líder para o turismo experiencial.

Hoje, mais do que nunca, a cultura é uma motivação para viajar e desfrutar do turismo musical e cultural, conhecendo os costumes e tradições locais. A cultura de Cuba é uma das suas características mais distintivas e um dos seus grandes potenciais. Múltiplas manifestações artísticas, figuras de renome mundial e espaços culturais fazem da maior das Antilhas uma das ilhas com maior diversidade cultural das Caraíbas.

À disposição dos visitantes temos uma extensa rede de emblemáticos teatros, catedrais, museus e galerias; centros noturnos e recreativos, onde poderá desfrutar das mais diversas manifestações culturais e ao mesmo tempo dançar ao ritmo de uma Cuba essencialmente dançante e sonora.

Cuba possui nove sítios declarados Património Cultural da Humanidade, incluindo cidades como Havana, Cienfuegos, Camagüey, Trinidad, Vale de Viñales, entre outras. Por outro lado, a ascensão da Inteligência Artificial e das redes sociais irão inspirar o planeamento das viagens, cerca de 40% dos viajantes afirmam que utilizarão a IA, e 47% continuarão a sua pesquisa através das redes sociais, portanto, a implementação de um plano de marketing que reforce a visibilidade do destino Cuba e o seu potencial de forma diversificada e responsável será estratégico.

A partir de agora iniciaremos ações que visam promover o verão, época em que mais de 76% dos viajantes portugueses continuam a preferir para as suas férias em destinos turísticos como o nosso que lhes oferecem pleno usufruto, um clima ótimo e um turismo cada vez mais sustentável e comprometido com o ambiente.

Como está a correr a campanha de promoção turística “ÚNICA”, que mostra a autenticidade do turismo cubano? O mercado internacional acredita no destino ou é preciso fazer mais?
Cuba tem o privilégio de que um dos valores mais lembrados pelos turistas é a “gentileza do seu povo” e é precisamente o valor intangível que queremos refletir na nossa campanha de promoção turística e que por sua vez convida a descobrir a ilha precisamente pela mão do seu povo, uma ilha que depois de visitá-la, os viajantes manterão para sempre uma marca indelével na sua memória. Cuba também, pelas suas características e peculiaridades, oferece uma gama de atributos que só podemos encontrar juntos neste país maravilhoso, as experiências, as aventuras, a sua natureza e as suas paisagens, a limpeza das suas praias e o ar puro que se respira são ÚNICOS. Durante os anos de 2023 e 2024, o destino recebeu diversos reconhecimentos internacionais.

Assim, no meio de importantes esforços para promover vínculos económico-comerciais com os diferentes mercados emissores a Cuba, chega a 43.ª edição da Feira Internacional de Turismo, FIT Cuba 2025.

Este evento profissional mais importante da indústria turística cubana, este ano acontecerá de 30 de abril a 3 de maio em Havana, no Complexo Morro – Cabaña, e será dedicado à República Popular da China como país convidado de honra, e exibirá como produto as tradições das Grandes Antilhas.

O eVisa para entrar em Cuba tem vindo a dar frutos?
Para facilitar a conectividade à Internet, contamos com a CubacelTur, uma linha telefónica temporária, com ciclo de vida de 30 dias, que pode ser comercializada por operadoras de turismo, agências de viagens, redes hoteleiras, mediante contratação em grupo, proporcionando ao cliente um estilo de vida bleisure.

Da mesma forma, no compromisso com a transformação digital do destino, outro passo importante foi a implementação gradual do visto eletrónico que vem sendo realizado pelo Ministério das Relações Exteriores de Cuba desde 6 de maio de 2024. Esta medida vem substituindo gradualmente o cartão turístico e tem como objetivo facilitar o fluxo de visitantes estrangeiros ao nosso país.

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
Enoturismo

Enoturismo no Alentejo teve o melhor ano de sempre

Os mercados nacional, do Brasil e EUA continuam no ranking das nacionalidades que mais procuram o enoturismo no Alentejo, que teve, em 2024, o maior ano de sempre, com 195 mil visitantes.

A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) acaba de anunciar que, 2024, foi o melhor ano de sempre no enoturismo da região, registando-se um aumento de 21,6% face ao ano anterior.

À imagem do ano anterior, os turistas nacionais continuam a ser os que mais visitam os centros de enoturismo alentejanos, representando 55% do total de visitantes. No ranking, seguem-se os visitantes brasileiros e os americanos. No entanto, foi a nacionalidade alemã que registou o maior aumento, na ordem dos 22%. O Canadá, a Argentina, a Austrália, a Áustria e a China são, também, alguns dos países que se destacam entre os interessados pelos programas vínicos da região.

No que diz respeito às preferências de roteiro enológico disponíveis nos três distritos do Alentejo, a Rota Histórica, no distrito de Évora, é a mais cobiçada e a que apresenta o maior aumento de visitantes face a 2023, tendo registado um crescimento de 36,25%. O segundo maior crescimento é detido pela Rota do Guadiana, no distrito de Beja, com uma fatia de 3,38%. Em terceiro lugar, surge a Rota de São Mamede, no distrito de Portalegre, com uma percentagem de crescimento correspondente a 2,95%.

No que toca à evolução de turistas nos centros de visitas e de apoio ao enoturismo, em 2024, registou-se um aumento de 44,92% face a 2023. Os turistas brasileiros lideram esta tabela, representando 21,26% do total de visitantes. Logo a seguir, surgem os visitantes nacionais a representar 16,59% e, em terceiro lugar neste ranking, estão os turistas oriundos dos EUA.

Quanto às experiências de enoturismo, há opções para todos os gostos, conforme avança a CVRA, que destaca visitas guiadas às vinhas, às adegas e às caves, provas de vinhos, workshops e cursos vínicos, sessões de vinoterapia e passeios a pé, de bicicleta e, até, a cavalo pelas vinhas. Para a CVRA, estas atividades constituem experiências únicas e enriquecedoras, dando a oportunidade aos visitantes de conhecer de perto a produção dos vinhos e de saborear os diversos Vinhos do Alentejo.

Refira-se que os dados recolhidos pela CVRA reportam a uma análise aos 76 enoturismos aderentes à Rota dos Vinhos do Alentejo e o inquérito aplicado obteve uma taxa de resposta de 86,84%.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

“O que vai pagar muito do investimento que está a ser feito hoje no Alentejo é a procura internacional”

Destino Nacional convidado da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, lançou ideia do que será realizado no Alentejo e no Ribatejo para atrair mais turistas nacionais e, principalmente, internacionais. Depois de, em 2024, a região do Alentejo e Ribatejo ter o melhor ano turístico de sempre, José Santos salienta que o Enoturismo, é hoje um porta-estandarte e um produto que une muito o Alentejo e Ribatejo.

A região do Alentejo e Ribatejo registou, em 2024, o melhor ano turístico de sempre. Embora existam mercados a cair, nomeadamente, o espanhol e francês, José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, acredita que será possível recuperar, com a promoção e comunicação certa. Adepto de “melhor em menos mercados”, José Santos salienta que o Enoturismo, é hoje um porta-estandarte e um produto que une muito o Alentejo e Ribatejo. Contudo, existem preocupações e, além da recuperação dos mercados emissores, é preciso olhar melhor para o ordenamento do território.

De acordo com os dados do INE, a região do Alentejo e Ribatejo registou crescimentos em termos de dormidas, hóspedes e receitas, correspondendo ao melhor ano turístico de sempre. A que é que se deveu este crescimento nestes três pilares?
Em primeiro lugar, diria que é um crescimento no contexto nacional. Todas as regiões cresceram e, portanto, há uma notoriedade que Portugal tem tido a todos os níveis fantástica. Por isso, o país está de parabéns e todas as regiões estão de parabéns.

No caso do Alentejo, tínhamos a noção que não íamos continuar a crescer na casa dos dois dígitos. Tínhamos crescido 11% em 2023, estamos ainda na trajetória do pós-pandemia e aterramos, numa aterragem suave, em 2024, com um crescimento acima do 4%.

No início de 2024 tinha noção que a taxa de crescimento não poderia ser igual à do ano anterior?
Tinha. Aliás, há declarações minhas ao longo do ano nesse sentido e estou muito ciente das dificuldades do ano e da resiliência do mercado nacional. Tivemos algumas dificuldades no mercado nacional nos meses de verão e, aliás, lançámos uma campanha no verão, uma espécie de uma campanha de hard-selling para tentar manter e reforçar os fluxos.

Felizmente crescemos mais nos meses de “shoulder season” e depois o ano acabou por ser favorável. Portanto, tinha essa noção que começou a ser clara relativamente a algum decréscimo no mercado espanhol, logo a partir do primeiro trimestre, e não mais conseguimos recuperá-lo. Aliás, é um objetivo, noutro contexto, para este ano e para os próximos.

Depois, as dificuldades do mercado nacional, apesar de já estarmos a sair da crise inflacionista e da pior altura do pico dos créditos à habitação. Mas o Alentejo não perdeu muito da sua clientela que ocupa um segmento de oferta alto, um segmento de oferta ligado mais ao luxo e, por isso é que, em 2024, mantivemos o terceiro lugar no pódio do destino com a receita por quarto ocupado (ADR) maior. À nossa frente só tivemos Lisboa e o Algarve, o que leva a concluir que o Alentejo continua a vender-se bem junto de mercados com maior poder aquisitivo. Contudo, temos de vender o destino para um espectro de mercado muito maior.

Em 2024, conseguimos crescer mais de 4% em cima dos 11% de 2023, crescemos 12% em proveitos, crescemos no ADR, crescemos no RevPar, decrescemos ligeiramente na ocupação. Conseguimos vender o Alentejo a mais clientes e a um preço mais alto.

A quebra nos meses de junho e julho poderá estar relacionada com a realização do Campeonato Europeu de Futebol e com os Jogos Olímpicos, dois grandes eventos que, obviamente, prenderam muito a atenção e podem ter desviado algum fluxo turístico.

Na questão do preço sabemos que, por exemplo, Espanha tem produtos hoteleiros muito competitivos. Aliás, comparava e via hotéis do mesmo grupo, no Algarve e no Alentejo e, em Portugal, tínhamos esses hotéis 30% mais caros.

Mas isso no Alentejo. E no Ribatejo?
Sabe que agora temos de olhar para os dados de forma distinta. Com a criação da nova NUT do Oeste e Vale do Tejo, os 11 concelhos da Lezíria do Tejo, que valiam na NUT II Alentejo cerca de 7%, já não estão lá. Quando olhamos para os dados das dormidas de 2024, temos de ter cuidado quando comparamos com os dados de 2023, porque nesse ano ainda estavam lá os do Ribatejo e que somaram 260 mil dormidas.

No Ribatejo crescemos 20 mil dormidas, em 2024, tivemos também o melhor ano turístico de sempre no Ribatejo e, claro, estamos muito satisfeitos.

Começámos a autonomizar o marketing do Ribatejo. Quando lançamos uma campanha, lançamos para o Alentejo e lançamos para o Ribatejo. Temos a preocupação de ter conteúdos específicos para o Ribatejo. Exemplo disso é que, na BTL vamos levar uma imagem diferente do Ribatejo.

A estratégia anterior penalizava o Ribatejo?
Acho que sim. Com a nossa última campanha do Ribatejo, no ano passado, descobrimos um Ribatejo sustentável, um Ribatejo verde, muito mais próximo do que são hoje as afinidades com os mercados. Temos o Paul do Boquilobona na Golegã, temos o EVOA na Companhia das Lezírias, temos excelentes troços de turismo em bicicleta. Assim, o que vamos levar este ano à BTL é um Ribatejo mais verde, mais sustentável. Claro que o produto e todas as gestões ligadas ao campino, ao turismo equestre estão lá, mas estão apresentados de outra maneira. Creio que isso é positivo para o Ribatejo. Temos de ligar a nossa comunicação àquilo que hoje os mercados pedem.

 

Conseguimos vender o Alentejo a mais clientes e a um preço mais alto

 

Mais americanos, menos espanhóis
Que nacionalidades contribuíram para estes resultados?
O mercado espanhol é o nosso primeiro mercado internacional. Contudo, tivemos uma redução de 12% nas dormidas e cerca de 2% nos hóspedes. É um assunto que me preocupa e vou, aliás, promover brevemente uma sessão com o Turismo Portugal, com a representação do Turismo Portugal em Madrid, para percebemos, de facto, a causa.

A minha visão, mas que tem de ser confirmada, é que já não estamos a oferecer aos espanhóis aquilo que hoje procuram.

Que é?
Um turismo de muita qualidade, gastronomia de primeira linha, a nossa restauração, conceitos diferentes, cycling, walking …

Mas a um preço mais reduzido?
Não necessariamente. Há mercado em Espanha que hoje pode comprar aquilo que o Alentejo tem para vender. Penso é que não nos estamos a posicionar da forma mais correta. Os entendidos sabem que existe um Alentejo diferente, um Alentejo mais aspiracional, mas esse Alentejo não está a chegar.

Então é uma questão de comunicação e promoção?
É uma questão de comunicação e promoção. Temos o produto, mas eles não estão a ver esse produto. Temos agora a oportunidade da melhoria da ligação ferroviária, com a alta velocidade que vai passar por Évora, Elvas, até a Espanha, e como sabe, somos um destino que não tem um aeroporto internacional, não temos essa vantagem como tem Lisboa, Porto ou o Algarve. O nosso aeroporto internacional é o da Portela, mas vamos ter uma ferrovia.

A questão da conectividade não é, portanto, só aérea?
Não. Como sabemos abandonámos a ferrovia em Portugal e agora regressámos. O primeiro troço de alta velocidade ligará Portugal a Espanha através deste eixo ferroviário que vai atravessar o Alentejo e que nasceu muito pela ligação ao Porto de Sines, mais numa lógica logística e de transporte de mercadorias, mas que também vai ter, ainda que publicamente, com uma pena minha, às vezes isto não é dito de uma forma muito clara, mas o ministro das Infraestruturasuras já teve a oportunidade de dizer que este eixo ferroviário será, também, de transporte de passageiros.

Agora temos de nos posicionar e perceber onde é ficarão as paragens, porque é muito importante, até porque sabemos que hoje existe muito mercado e que está a crescer a franja das pessoas que, se puderem viajar de comboio, viajam de comboio. Aliás, estamos a olhar para esse eixo ferroviário de entrada na região já para a Capital Europeia da Cultura de Évora, em 2027.

Depois, o mercado norte-americano, que já é o segundo mercado externo da região, subiu 16,5%, é dos maiores crescimentos. Aliás, a taxa de crescimento médio anual do mercado norte-americano, entre 2013 e 2023, no Alentejo é de 19%, a partir de uma base muito baixa, obviamente, mas cresceu para ser já o segundo internacional.

O terceiro mercado é o alemão. Trata-se de um mercado muito resiliente, com algumas dificuldades económicas no momento. A nossa agência de promoção turística criou relações muito sólidas com importantes operadores turísticos e o mercado alemão é muito fiel ao Alentejo.

Mas, por exemplo, o mercado norte-americano, quando vem ao Alentejo ou ao Ribatejo, vem especificamente para a região, ou é uma vista que faz numa passagem de Lisboa para o Algarve, ou de Porto para Lisboa?
Há muitos que já vêm mesmo para o Alentejo, mas há muito mercado norte-americano que vem através de Madrid. Aliás, há uma oportunidade que queremos explorar e que vem, recentemente, publicada num artigo do Financial Times, e que dá conta que existem muitos norte-americanos, nascidos em Cuba, na Colômbia, que estão a sair dos EUA e estão a comprar quarteirões de casas em Madrid.

Por isso, está a criar-se ali um público muito interessante, que, trabalhado com DMC locais, pode vir para o Alentejo, ou seja, trazer outro tipo de clientes que têm a nacionalidade norte-americana, mas que estão em Espanha.

Aliás, há, recentemente, uma reportagem da CNN que diz que os americanos estão loucos pelo Alentejo. E de repente o mercado norte-americano é o nosso segundo mercado externo, com um crescimento de 16,5% face ao ano passado.

 

O grande desafio do Alentejo para os próximos anos é deixarmos de ser um turismo de quatro meses para passarmos a ser um destino turístico de sete meses. Isso só é possível aumentando a internacionalização, aumentando mais o crescimento dos mercados externos

 

Os pilares turísticos
E em termos de sazonalidade, esta tem vindo a esbater-se?
Se me permite, há um aspeto que sentimos muito no nosso social listening, que é a questão do calor. Aliás, na BTL vamos ter um momento importante, já que estamos a procurar colocar mais natureza, criar mais frescura na nossa comunicação, seja pela Rota das Cascatas no Parque Natural da Serra de São Mamede, seja pelas praias fluviais do Alqueva. Estamos a reduzir a taxa de sazonalidade no interior, não estamos a consegui-lo no litoral de Sines para cima. Até porque temos dois litorais diferentes no Alentejo: o litoral a sul de Sines, que tem uma sazonalidade esbatida muito pela Rota Vicentina, que é um produto cuja época alta não é no verão, e depois temos uma sazonalidade mais marcada de Sines para cima, muito pela oferta turística de Tróia, que é muito sazonal. Aí temos uma estadia média maior, mas temos uma sazonalidade maior.

No Alentejo interior, estamos a reduzir a sazonalidade. No ano 2023 temos uma taxa de sazonalidade de 38%, está a reduzir cerca de 1,7 pontos percentuais ao ano. Isto está correlacionado com o aumento da internacionalização, porque, como sabemos, o mercado nacional são as famílias que têm as suas férias definidas no tempo: verão, escapadinhas, feriados. Portanto, estamos a reduzir a sazonalidade pelo crescimento dos mercados de longa distância. O mercado norte-americano, o mercado canadiano e/ou o brasileiro.

O grande desafio do Alentejo para os próximos anos é deixarmos de ser um turismo de quatro meses para passarmos a ser um destino turístico de sete meses. Isso só é possível aumentando a internacionalização, aumentando mais o crescimento dos mercados externos.

Hoje, andamos em Évora, o polo com maior oferta e procura, e vemos turismo todo o ano. Há 5 anos não era assim. O nosso desafio é alargar esse movimento a toda a região.

Temos de criar fatores de oferta e de conteúdos muito interessantes para o verão. Não podemos olhar para o verão como olhávamos e pensar, o verão está garantido. O verão não está garantido. Este ano vamos ter uma campanha para o verão a pensar em conteúdos ligados à cultura, à arte, à gastronomia, pensar em ter uma oferta turística noturna, trabalhar com a água à noite, com o dark sky.

O verão é muito desafiante, a sazonalidade está a baixar no interior, estamos a ter turismo todo o ano, mas temos de criar produtos novos. Vamos investir muito no apoio a festivais e, para além dos festivais que já existem e que apoiamos, vamos também lançar novas iniciativas, precisamos de ter conteúdos de grande qualidade que façam com que as pessoas venham ao Alentejo.

E que iniciativas são essas?
Lançámos um piloto no ano passado, na Malhadinha Nova, vamos querer fazer um festival a que chamaremos “Alentejo Music Series” em 4 ou 5 pontos da região, 4 ou 5 concertos no verão, em locais icónicos e emblemáticos da região que chamem público para vir à região e ficar.

Os pilares dos produtos turísticos estão criados: Enoturismo, gastronomia, natureza. Depois é criar subprodutos dentro desses pilares? É fácil criar produtos turísticos novos?
Sim para a primeira pergunta, não para a segunda. Sabe que no Alentejo não temos de inventar muito.

 

O verão é muito desafiante, a sazonalidade está a baixar no interior, estamos a ter turismo todo o ano, mas temos de criar produtos novos

 

Até porque se se inventar muito, depois, eventualmente, lá se vai a autenticidade? [
Sim, esse é o grande objetivo, não desgastar a autenticidade. Somos um destino com três, quatro grandes pilares. O que podemos ter é alguns subprodutos que possam enriquecer e diversificar o produto pilar.

Dou-lhe um exemplo, temos um produto que é o Enoturismo., estamos a procurar enriquecê-lo e diversificá-lo com o Olivoturismo. A maior parte dos produtores de vinho também produzem azeite. Introduzirmos o azeite na Rota dos Vinhos, ainda que depois possa ter um corpo próprio, é algo que valorizará o produto pilar e passa a oferecer algo novo.

Temos um programa ligado às Amendoeiras em flor, vamos, brevemente, ter o nosso guia do Turismo Industrial, iremos ter cinco passeios com o Cante Alentejano, vamos fazer um suplemento para o turismo náutico. Ora, são subprodutos que ajudam os operadores a diversificar, a enriquecer, a adornar aquilo que já existe. O turismo literário pode ganhar algum corpo, temos alguns DMC muito interessadas em criar um programa, mas é um produto que entrou muito na cultura, no vinho.

O segredo é ligar isto tudo?
O nosso papel, enquanto entidade pública, não é vender os produtos, o nosso papel é ajudar os departamentos de prospeção dos operadores turísticos, é acelerarmos, é adiantarmos o trabalho, é dizermos está aqui o turismo literário, o turismo náutico, o turismo industrial no Alentejo. É lançar estas propostas, cozer a oferta, sistematizar a oferta e comunicá-la e promovê-la.

Unir esforços em prol da promoção
E faz sentido uma ERT Alentejo-Ribatejo?
Repare, temos algumas excentricidades na nossa organização do Estado. Começo pela primeira, que é termos entidades regionais e agências regionais. Portugal não é um país reformista. O Governo de Durão Barroso tomou a decisão corajosa de dizer que não só os privados devem participar nas decisões da promoção dos destinos – que é uma coisa terrível em Portugal, mas está perfeitamente assimilada e aceite – como fez outra coisa, ainda antes de começar a falar das competências das regiões, que foi dizer que as regiões vão ter um papel, através da descentralização de competências do Turismo de Portugal para as agências regionais, mediante, claro, uma lógica e plano nacional.

Isso foi há 20 anos e o setor do turismo tem isso, hoje, perfeitamente assimilado e aceite. Quer dizer, os órgãos privados e os empresários já não olham para o lado público como entidades ausentes, desligadas das dinâmicas do produto, do turismo, da promoção.

O setor do turismo é um setor maduro, adulto, perfeitamente consciente e comprometido com aquilo que são os seus desafios, as suas alterações.

Mas é um setor que precisa de muitas reformas?
Reforma é uma expressão excessiva. Medidas, sim. Ora, faz sentido haver uma agência regional e uma entidade regional. Isso é uma confusão terrível.

 

Há uma linha estratégica coerente [no turismo], com uma ou outra alteração, mas que tem sido seguida sem grandes perturbações. Imaginemos esta realidade noutros setores ou se o turismo não o tivesse feito

 

E confusão maior quando há pessoas diferentes à frente de uma e outra?
Pois, sim. Agora está tendencialmente a juntar-se, mas isso é uma circunstância e não deve ser essa circunstância a ditar essa unificação, porque as entidades têm as suas estruturas. Mas sei dos ganhos de recursos se passasse a haver uma entidade para a região. Essa é a primeira medida que o Governo devia tomar, uma única entidade regional de turismo.

A questão do Alentejo-Ribatejo, não podemos ter uma entidade regional para gerir cada marca em Portugal. Eu posso, enquanto Entidade Regional de Turismo (ERT) que gere uma área regional, promover o Ribatejo como promovo o Alentejo, e até posso promover o Alqueva e posso promover o Litoral alentejano.

A prova é que hoje temos um marketing específico para o Ribatejo. É mais exigente e mais desafiante? Sim. Repare, podemos dizer que isto é uma empresa que tem várias marcas, tem vários produtos. O conceito que existe na Lei de 33, é Área Regional de Turismo e esta área regional de turismo é tutelada por uma Entidade Regional de Turismo. Esta ERT tem um território, mais ou menos do tamanho da Bélgica, com muito menos gente, que tem o Alentejo e que tem a Lezíria do Tejo.

São territórios que têm graus de desenvolvimento turístico completamente diferentes. O Ribatejo tem 280 mil dormidas, tem dois hotéis de 4 estrelas, não tem um hotel de 5 estrelas, não tem praticamente produto. Estamos a fazer um esforço enorme. Estive, recentemente, no Ribatejo a trabalhar com empresários ligados ao vinho para se ver soluções de financiamento para criar alojamento nas adegas. Porquê? Porque há procura, as pessoas chegam às herdades e às quintas do Ribatejo, gostavam de ficar a dormir, e não podem porque não há oferta. pois não há.

O turismo não é para o Ribatejo, ou não apareceu ao mesmo tempo para o Ribatejo com uma prioridade como apareceu para o Alentejo. Tal como o Alentejo não apareceu ao mesmo tempo que apareceu para o Algarve. O turismo no Algarve começou na década de 60 e o turismo no Alentejo começou na década de 90. E no Ribatejo terá começado há 10 anos. Entre três a cinco anos, a oferta turística da Lezíria do Tejo vai mais que duplicar. É baixa, é verdade, mas vai mais que duplicar.

Mas regressando à sua pergunta sobre a ERT Alentejo-Ribatejo, o que me parece fundamental é haver uma entidade que tenha as várias janelas: temos a estruturação da oferta, a engenharia do produto, a promoção interna, a animação, a promoção externa, a monitorização e temos de ter também uma mão forte na formação, nos recursos humanos. Isto tem de ser uma única entidade, que tem vários módulos, várias equipas, mas isto tem de ser um centro único de racionalidade e decisão. E que depois fala com o Turismo de Portugal.

 

Sei dos ganhos de recursos se passasse a haver uma entidade (ERT + ARPTA) para a região. Essa é a primeira medida que o Governo devia tomar

 

Essa estruturação que fez do setor do turismo pensa que ela vai, de alguma forma, aparecer na nova “Estratégia Turismo 2035”?
Não, creio que não. Acompanhei a preparação da “Estratégia Turismo 27” (ET27) e já podemos estabelecer um quadro, uma diferença entre os contextos temporais, sociológicos, comerciais, da preparação de uma e de outra. São radicalmente diferentes.

O tempo acelerou tanto nos últimos anos e não foi só a pandemia, mas muito também pela pandemia, que a ET27 foi a afirmação de Portugal como um grande destino turístico no plano internacional. É há que destacar o trabalho de grande qualidade que o Turismo de Portugal, enquanto instituição, e turismo de Portugal como um todo tem feito, beneficiando, também, de algo que, infelizmente, nem sempre acontece noutros setores da nossa governação, que é o de haver uma linha estratégica coerente, com uma ou outra alteração, mas que tem sido seguido sem grandes perturbações. Imaginemos esta realidade noutros setores ou se o turismo não o tivesse feito.

A nova ET35 é uma estratégia de como é que o turismo pode ser o motor de transformação da sociedade portuguesa. Esta é a minha leitura, atenção, e isto não escrito em lado nenhum, mas de facto, como é que o turismo é hoje o motor de transformação da sociedade, como é que o turismo pode ser parte, talvez muito importante, em questões que têm a ver com a inclusão, com a sustentabilidade económica, ambiental e social, com um certo equilíbrio na sociedade portuguesa, na melhoria do rendimento, como é que o turismo pode ser, de facto, um fator de afirmação dos territórios do interior e das regiões.

A estratégia vai ser importante para nos sintonizarmos novamente todos com o que são os nossos desafios.

Não nos podemos esquecer que a ET27 foi um instrumento de política pública, deu muita coerência aos problemas de financiamento, aos sistemas de incentivos. As estratégias devem ser orientadoras, motivadoras e impulsionadoras, flexíveis e adaptáveis.

O Enoturismo é considerado um porta-estandarte e um produto que une muito o Alentejo e Ribatejo

Mas focou, igualmente, a importância dos recursos humanos. Regiões como o Alentejo ou Ribatejo poderão ter mais dificuldades na captação de recursos humanos para dar resposta a expectativas quantitativas e qualitativas por parte os visitantes?
Sim. Évora, por exemplo, é uma exceção porque há 12 ou 14 Expressos de Évora para Lisboa e já temos hoje muitos movimentos pendulares de mão-de-obra, de pessoas que residem em Lisboa e que estão a trabalhar em Évora.

Os problemas dos recursos humanos tiveram o seu pico logo a seguir à pandemia, têm vindo a ser suavizados. Nós começámos a fazer a Bolsa da Empregabilidade com a Associação Fórum Turismo no ano passado e temos percebido melhor o comportamento e as necessidades do mercado de trabalho, mas à medida que a oferta vai crescendo, e neste ano temos a previsão de abrir mais 10 hotéis no Alentejo, obviamente que a questão da contratação dos recursos humanos se vai agudizando e é sempre um assunto.

Temos uma situação de quase pleno emprego em Portugal, mas ainda há algumas oportunidades de contratação de recursos humanos para os nossos hotéis. Além disso, temos uma mão de obra migrante que hoje tem uma importância muito grande no aparelho produtivo de todo o turismo em Portugal, e o Alentejo não é exceção, e aí há algumas medidas de política pública interessantes, nomeadamente o programa “Integrar Turismo”. Isso permitirá resolver alguns problemas.

A questão do Alentejo é mais funda, mais estruturante, é um problema demográfico, ou seja, a região tem de definir e criar uma estratégia global de como é que se vai tornar atrativa. Já não é tanto um problema de como é que se fixam as pessoas que estão cá, mas sim como é que se atraem pessoas novas.

Temos a questão da atração e depois da formação das pessoas. Temos um problema, já que temos apenas uma escola de hotelaria e, aliás, fiz esse desafio para a nova “ET35”. Não podemos ser a única região que só tem uma escola de hotelaria. Claro que temos as escolas de Portimão, de Vila Real de Santo António e de Setúbal que apoiam o Alentejo, mas precisamos de criar um segundo pilar de formação na região.

Lançámos um desafio ao Turismo de Portugal e ao secretário de Estado, aceite de imediato, e estamos com um plano de formação para o eixo de luxo entre Troia e Melides, em que, na prática, fomos chamar o Turismo de Portugal e a Escola de Hotelaria de Setúbal, e estamos a preparar uma grande candidatura para um plano de formação de todo o Alentejo.

Mas, repare, atrair talento para o Alentejo implica uma política pública transversal, porque temos de criar soluções para a habitação, para a educação, para a saúde. Temos de ter a noção que não é uma ERT que vai conseguir mudar isso. O que vamos fazer é tentar criar algumas ações, algumas iniciativas que criem a ideia nos colaboradores, nos profissionais do turismo em Portugal que é bom vir trabalhar para o Alentejo.

Falou na ERT e na ARPTA, à qual é candidato à presidência, seguindo o exemplo de várias outras regiões, nomeadamente, Porto e Norte, Centro e Algarve. Esta união numa só pessoa, nas presidências da ERT e ARPTA, pode melhorar o desempenho do turismo no Alentejo e Ribatejo?
Eu olho para a ARPTA e para a decisão de me candidatar e penso assim, onde é que as minhas competências, experiência, podem ser úteis nesta fase de crescimento do turismo internacional no Alentejo? Porque, o que vai pagar muito do investimento que está a ser feito hoje no Alentejo é a procura internacional. E eu respondo: capacitar, dar mais músculo, dar mais poder de intervenção à ARPTA, aumentarmos o quadro de pessoal, termos mais gestores de produto, mais gestores de produto profissionais em produtos específicos e por mercados, diversificámos as nossas fontes de financiamento. Estamos a posicionar, por exemplo, para gerirmos o “Welcome Center” de Évora, que tem de estar pronto para a Capital Europeia da Cultura e onde poderemos vender toda a nossa oferta, podemos ter um painel interativo onde as pessoas compram as várias experiências, podemos ajudar na transformação digital das empresas.

Mas não se esgota em 2027?
Não, o “Welcome Center” fica e daí ter de ser pensado do ponto de vista dos seus conteúdos, para a Capital Europeia da Cultura, mas também numa perspectiva de legado.

Portanto, gestão unificada, integração de estratégia, hoje qualquer coisa que fazemos no Alentejo tem de ter a componente da internacionalização. Temos de capacitar a ARPTA, dar-lhe mais músculo, mais capacidade de intervenção, diversificar as fontes de receita, olhando numa lógica de médio prazo, a cinco anos, ou seja, perceber como é que o ganho da vinda de mais turistas internacionais reforça o financiamento da agência e o “Welcomo Center” em Évora é a grande oportunidade de o fazer.

Claro, há alguns ajustamentos que podemos fazer nos mercados, acho que devemos investir mais no mercado norte-americano, temos de olhar para o mercado espanhol de uma forma mais abrangente, mais cuidadosa.

Sou adepto de melhor em menos mercados. Não podemos brincar ao turismo.

E prestarmos contas. Se acabarmos um ano e fazemos um grande investimento num mercado e decresço nesse mercado, tenho de discutir isso. Temos de perceber melhor o que é que os empresários estão a fazer. Sei que quando decido a estratégia anual de marketing, tenho de ter em atenção o plano do Turismo de Portugal, tenho de ter em consideração as orientações macro dentro dos contratos trienais. Mas não posso definir a minha estratégia para a promoção internacional sem saber bem quais os mercados que os empresários andam a trabalhar

E há caminho para diversificar mercados ou, como diz, a aposta é “melhor em menos mercados”?
Os nossos mercados de proximidade estão a crescer menos. O mercado francês está a crescer menos, o mercado alemão, vamos ver, tem sido muito leal ao Alentejo, o mercado espanhol reduziu 12%, temos de trabalhar melhor o mercado brasileiro que está a decrescer não só no Alentejo, podemos trabalhá-lo melhor com o enoturismo. O Alentejo é, do ponto de vista da oferta enoturística, a melhor região do país, temos de nos consciencializar disso uma vez por todas e temos de estar mais seguros do poder desta aliança estratégica entre o vinho e turismo. Temos de fazer mais promoção no mercado norte-americano e temos, obrigatoriamente, de olhar para a Espanha.

Há mercados de oportunidade que o Turismo de Portugal está a lançar, mas que nunca serão mercados de grandes massas, pelo menos no imediato. Por isso, diria menos mercados, ou pelo menos, os mesmos mercados, mas melhor. Não sou muito adepto de uma diversificação, ou melhor, grande dispersão de mercados.

Atenção ao território
Quais são as lacunas do turismo em Portugal e, especificamente, no Alentejo e Ribatejo?
Para começar, não tenho aquela ideia de que as pessoas em Portugal não gostam do turismo, talvez por ter nascido no Algarve e ter convivido com o turismo desde muito novo.

 

 

Há a ideia que, de repente, o Alentejo é o melhor sítio do mundo para instalar megacentrais fotovoltaicas (…) não posso instalar centrais fotovoltaicas a todo o custo, prejudicando a competitividade turística dos territórios

 

Portanto, não se coloca a tal questão do “turismo a mais” que se ouve por aí?
Não, para mim isso é a espuma dos dias. Não vejo, hoje, no Alentejo, no país, esse sentimento de antiturismo. O país tem feito um progresso enorme, as cidades, as regiões, eu próprio também tenho algumas antipatias, não convivo bem com o tema da taxa turística …

Mas a existir taxa turística, não está a ser aplicada como e onde deveria ser aplicada?
Não sei, não conheço os casos, mas na minha visão do mundo, viajar e pagar por viajar é algo que não é compaginável.

Outra coisa é como é que os organismos que gerem destinos turísticos devem ter mais financiamento para gerir os problemas e os desafios que têm. Isso é outra coisa, mas como sabemos em Portugal, se o IVA turístico fosse entregue na totalidade pelo Estado aos municípios, a taxa turística como fonte de financiamento perdia total relevância.

O país está consciencializado da importância do turismo, temos uma boa administração, temos um Turismo de Portugal forte, temos os governos a apoiar o turismo, portanto estamos num bom caminho, e o turismo é o grande motor da nossa atividade económica.

A nível regional há alguns aspetos que me preocupam. Primeira preocupação: financiamento para a promoção internacional. Nós nunca tivemos tão poucos fundos europeus para apoiar o turismo como temos hoje. O Plano Regional Alentejo 2030, não priorizou o turismo em termos de alocação de fundos.

E é uma situação não recuperável?
É, mas é ver para querer. Claro que estamos a fazer um esforço enorme para nos desdobrarmos e procurarmos, como diz um amigo meu, se não podes entrar pela porta, tenta entrar pela janela. E descobrimos janelas.

Segunda preocupação, diferente, mas que pode retirar competitividade turística à região: a paisagem. Há a ideia que, de repente, o Alentejo é o melhor sítio do mundo para instalar megacentrais fotovoltaicas. Esta ideia de que o Alentejo é a região das monoculturas é, no mínimo, questionável. Já fomos a região da monocultura do trigo, agora somos a região da monocultura das centrais fotovoltaicas. É preciso equilíbrio, o caminho da transição energética é um caminho que o país tem de seguir e que está a seguir bem, mas não posso instalar centrais fotovoltaicas a todo o custo, prejudicando a competitividade turística dos territórios. E não nos iludamos, a paisagem continua a ser, e quando falamos com os operadores internacionais percebemos isso, o grande atributo do Alentejo. Naturalmente, que a paisagem muda, o Alqueva mudou radicalmente a paisagem do Alentejo, mas mudou para melhor, trouxe benefícios. Agora os turistas não vêm para os territórios ver florestas de vidro. O norte-americano gosta de ver as amendoeiras em flor no Alentejo, mas não gosta de ver florestas de vidro.

Olhe, uma boa ideia para a “Estratégia Turismo 2035”, criarmos áreas de aptidão turística. Temos de proteger os investimentos turísticos, proteger a integridade da paisagem. E aqui emerge o ordenamento do território. Temos de ter centrais, fotovoltaicas, claro que sim, temos de ter no Alentejo, óbvio, mas vamos escolher bem as localizações para não prejudicar o turismo, que é uma atividade que cada vez mais traz riqueza e emprego para as nossas comunidades e para o Alentejo.

Que Alentejo e Ribatejo vamos ter nos próximos cinco anos?
A região vai continuar a crescer.

Vão ter 10 novos hotéis a abrir em 2025?
Sim, novos hotéis, vamos ter mais hotéis na zona de Comparta e Melides, vamos ter um hotel em Viana do Alentejo ligado ao turismo industrial, começamos a ter alguns hotéis temáticos.

O investimento internacional já começa a olhar para o Alentejo e Ribatejo?
Claramente, para o Alentejo, com produtos que, alguns, serão geridos para marcas internacionais. Esta atração de investimento e de marcas internacionais já não é só para o eixo do litoral, tipicamente para aquele eixo entre Troia e Comporta. O destino vai crescer, vai afirmar o seu posicionamento de qualidade, o preço vai continuar a aumentar, temos esta preocupação de a região continuar a ser atrativa para todos os segmentos do mercado, temos de ter produtos para os vários clientes e a nossa estratégia de comunicação tem de ser uma estratégia que não pode perder isso de vista. Como dizia o Sérgio Palma Brito, temos de ter clientes para os Porsche, para os Mercedes, mas também para os Fiat ou para o Renault.

Hoje o investimento no turismo do Alentejo é por produtos premium e as pessoas sabem que o mercado olha para o Alentejo como um destino de muita qualidade.

Portanto, não se está a olhar para os Fiat ou para os Renault?
Claro que não, mas esse é o nosso papel. Hoje, os hotéis de 4 estrelas, que também são os hotéis que têm um RevPar e um ADR maior, já são preponderantes na nossa oferta. Mas ainda temos poucos hotéis de 5 estrelas. Ainda temos um espaço enorme de crescimento. Os investidores também olham cada vez mais para o Alentejo, porque o Douro tem muito pouco espaço, em razão da sua classificação como património da humanidade. Depois, Lisboa, Porto e o Algarve começam a ficar saturados. Não quer dizer que não continue a haver investimentos, mas o Alentejo é a zona, pela sua localização, de maior procura para investimento.

No Ribatejo vamos duplicar a oferta em três anos, isso é muito importante para o Ribatejo, e vamos ter de redirecionar um pouco o nosso marketing, vamos ter de crescer mais no mercado internacional.

Portanto, olho para o turismo de uma forma otimista e creio que 2025 vai ser um bom ano turístico, com taxas de crescimento muito na linha daquilo que foi 2024.

 

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Destinos

Meeting Brasil foi “sucesso” na primeira edição na Europa que incluiu o Porto

Evento reuniu mais de 200 profissionais do turismo em Madrid e no Porto, com a participação de profissionais do turismo, incluindo operadores, companhias aéreas e agências de viagens, além de 21 empresas brasileiras, entre destinos, produtos, atrativos e serviços turísticos.

A primeira edição europeia do Meeting Brasil “foi um sucesso absoluto”, realça a organização, que diz que cotectou o turismo brasileiro a dois dos principais mercados emissores do continente. Realizado em Madrid (6 de março) e Porto (10 de março), o evento contou com a com a participação mais de 200 profissionais do turismo, incluindo operadores turísticos, companhias aéreas e agências de viagens, além de 21 empresas brasileiras, entre destinos, produtos, atrativos e serviços turísticos.

Com uma programação estruturada para a geração de negócios e o fortalecimento de parcerias comerciais, o Meeting Brasil “consolidou-se como o principal evento focado em capacitações e promoção internacional de forma estratégica, oferecendo treinamentos especializados, rodadas de negócios e reuniões privadas (B2B), foi referido em nota de imprensa.

“A realização da primeira edição europeia do Meeting Brasil superou todas as expectativas. Recebemos um público qualificado e altamente interessado em ampliar conhecimentos e gerar negócios com o mercado brasileiro” destacou Jair Pasquini, diretor de negócios da Expan+, organizadora do evento, e reconhece que esta resposta positiva “reforça o potencial de crescimento do turismo brasileiro nesses mercados e confirma a importância de investir em ações de promoção, relacionamento e prospeção, visando a geração de novos negócios”.

A crescente procura por experiências autênticas e sustentáveis no turismo europeu reforça a posição do Brasil como um destino altamente atrativo. Segundo estudos recentes, cerca de 67% dos viajantes europeus afirmam priorizar destinos que ofereçam iniciativas de sustentabilidade e preservação ambiental. Com uma das maiores biodiversidades do mundo, o Brasil destaca-se nesse segmento, oferecendo experiências em ecoturismo, turismo de aventura e imersão cultural em comunidades tradicionais.

Entre os destaques do evento, estiveram as participações de destinos brasileiros como Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, o consórcio Costa Verde & Mar (composto por 11 municípios do litoral norte de Santa Catarina) e a Rota Amazônicas Integradas – esta última representando o turismo sustentável da região Norte, com a presença de secretários de Estado do Acre, Amazonas, Rondônia e Tocantins. Os destinos brasileiros apresentaram os seus principais atrativos e diferenciais competitivos, promovendo experiências que vão de praias paradisíacas e cultura, ecoturismo, gastronomia e aventura. Também marcaram presença, como expositores, diversos hotéis, recetivos e atrativos turísticos das regiões Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil.

Os encontros em Madrid e Porto fortaleceram o relacionamento entre o Brasil e o trade turístico europeu e geraram oportunidades concretas de negócios, abrindo caminhos para o aumento do fluxo de turistas europeus ao Brasil, indicou a organização em nota de imprensa.

Com o sucesso da edição europeia, o Meeting Brasil já se prepara para a sua tradicional edição na América Latina, que acontecerá entre 4 a 13 de agosto, com eventos confirmados no Paraguai, Uruguai, Chile, Argentina e Colômbia.

“Seguiremos promovendo o Brasil com foco na capacitação dos profissionais do turismo global, ampliando as oportunidades de negócios e fortalecendo parcerias para a geração de novos negócios, até porque, como diz o velho ditado: ‘ninguém ama o que não conhece’”. concluiu Jair Pasquini.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Sem categoria

BTL 2025 arranca hoje e até domingo

A edição 2025 da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market arranca hoje, quarta-feira, na FIL – Parque das Nações, até domingo, dia 16 de março, para o que a organização já considera a maior de sempre.

Publituris

Mais de 1500 expositores, 50.000m2 de exposição, mais de 100 destinos internacionais e mais de 600 eventos fazem da 35ª Edição da BTL a maior feira organizada em Portugal e a principal plataforma de venda de viagens do país, refere a AIP, organizadora do evento. Relativamente ao programa de Hosted Buyers, este reúne 200 compradores de 44 mercados emissores, promovendo mais de três mil reuniões de negócios em apenas dois dias.

Durante cinco dias, o evento reúne profissionais e público em geral, proporcionando a oportunidade de explorar novas estratégias e estabelecer parcerias. Para os visitantes, a BTL é o local ideal para descobrir novos destinos, aproveitar ofertas exclusivas e garantir as melhores condições na reserva das suas próximas férias.

A inauguração oficial da BTL acontece às 11h00 e será presidida pelo ministro da Economia, Pedro Reis.

Nesta edição, a Feira conta com Cuba como o destino internacional convidado, Leiria como município convidado e Alentejo e Ribatejo como destino nacional convidado.

Destaque-se que a Feira inclui diversas áreas temáticas, como a BTL Cultural, dedicada à promoção da cultura e património dos destinos. Este ano, com o fado como grande protagonista, Cuca Roseta assume o papel de embaixadora.

Adicionalmente, a BTL Emprego, apresenta as melhores oportunidades de carreira no setor do turismo, com entrada gratuita. A BTL Weddings, destaca as tendências para casamentos. Por sua vez, a BTL Wellness, centra-se no turismo de saúde e bem-estar. A BTL LGBTI+, promove a inclusão e diversidade no turismo e, por fim, a BTL Religioso, foca-se no turismo religioso.

Além disso, nos quatro pavilhões da FIL, o programa BTL é distribuído por oito espaços distintos: Auditório AVK, Palco Better by AVK, Palco Wellness, Casa de Fados da Cuca Roseta, Palco Turismo Religioso, Palco BTL Emprego, Centro de Reuniões da FIL e Meeting Room, para além de uma agenda repleta de acontecimentos.

De salientar também o regresso do “Passaporte BTL”, onde os visitantes serão desafiados a explorar os destinos internacionais presentes na feira, com a possibilidade de ganhar quatro mil prémios, incluindo viagens, vouchers, estadias em hotéis e bilhetes para eventos na FIL.

A BTL estará aberta esta quarta e quinta-feiras para profissionais do setor, das 10h00, às 19h00, e na sexta-feira, das 10h00 às 17h00. As portas abrem-se ao público em geral na sexta-feira das 17h00 às 23h00, no sábado, 15 de março, entre as 12h00 e as 23h00, e no domingo das 12h00 às 20h00.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Mais de 55% dos turistas estrangeiros que visitam a Província de Huelva são portugueses

Portugal é o primeiro mercado internacional para a Província de Huelva, representando 56% de todos os turistas estrangeiros que visitam aquela região espanhola, revelaram ao Publituris, em Lisboa, Ana Delgado, deputada de Turismo, Mariam Gomez, gerente de promoção turística, e Luis Vasquez, coordenador da Agência Destino Huelva, durante um almoço de promoção do destino no nosso país.

A Província de Huelva, cuja capital, a cidade de Huelva, acolheu em outubro último, o 49º Congresso da APAVT, voltou a Lisboa para promover o destino, num almoço com jornalistas e com uma agenda repleta de contactos com o trade turístico e o público em geral, durante a BTL.

Ana Delgado, deputada de Turismo da Província de Huelva, Mariam Gomez, gerente de Turismo daquela região espanhola, e Luis Vasquez, coordenador da Agência Destino Huelva, deram conta aos jornalistas, num almoço que decorreu esta terça-feira, em Lisboa, que a proximidade com Portugal é um valor acrescentado que querem potenciar cada vez mais, já que Huelva tem uma panóplia de oferta turística para todos os públicos portugueses (famílias com crianças, grupos de amigos, jovens e terceira idade).

Com o mote “É o nosso momento, é o seu destino”, um filme promocional destaca os atrativos turísticos da Província de Huelva, que o Publituris visitou recentemente, na sequência da realização do 49º Congresso da APAVT. “Um destino muito especial pelas suas gentes, pelas suas praias (120kms de costa), 300 dias de sol, uma serra incrível, região que conquista com os seus vinhos e sua gastronomia, a cultura, a história, um grande património industrial e lugares únicos como a Gruta das Maravilhas, em Arecena, e as minas de Rio Tinto que podem ser percorridas num comboio a vapor, sem esquecer a natureza preservada cujo expoente máximo é o Parque Nacional Doñana , reserva da biosfera e património da humanidade”, foi referenciado no encontro com jornalistas. Mas há também uma província de experiências ativas, de práticas de desportos náuticos e ao ar livre, mas também de tradições milenares contadas nas romarias de El Rocio. Em português, o filme promocional destaca que “o nosso turismo tem um novo rumo, novas formas para os novos tempos”.

O turismo português é muito importante para Huelva, representando 56% de todos os estrangeiros que fazem férias naquela província espanhola. Sem revelar números de entradas, é o principal mercado emissor internacional, e justifica-se pela proximidade. Por isso, “estamos focados numa estratégia de promoção, não só no aeroporto de Faro, que é a grande porta de entrada para o destino, uma vez que a Província não tem aeroporto, mostrando que oferecemos muito mais do que sol a praia”, referiram os responsáveis ao Publituris.

No entanto, a maior parte dos turistas portugueses que fazem férias na Província de Huelva e devido à proximidade, vão de carro, reservam os hotéis diretamente, bem como todos os serviços, ou seja, não passam pelas agências de viagens. No entanto, após o congresso da APAVT e da famtrip que promoveu a agentes de viagens portugueses, a região espanhola pretende conhecer o retorno, “se estruturaram a sua oferta com produtos Huelva”, disseram os responsáveis ao Publituris, avançando que “o ideal é ter pacotes para vender”.

No entanto, salientaram, que tendo em conta que ainda não há tour operação organizada para a Província de Huelva, os responsáveis destacaram a importância de Tour10 na venda tanto de unidades hoteleiras, como também de experiências que se podem desfrutar no destino, que promete nova campanha e nova marca turística no verão.

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
Alojamento

Hotel Mundial vai contar com 500M2 de área de MICE e novo restaurante

O Hotel Mundial está a ser sujeito a um processo de requalificação que arrancou há cerca de dois anos e que vai motivar um investimento total de 20 milhões de euros, que já inclui também a nova área de MICE da unidade.

Inês de Matos

O Hotel Mundial apresentou esta terça-feira, 11 de março, a primeira fase de requalificação que transformou toda a zona de receção e bar da unidade hoteleira de quatro estrelas, que vai agora passar por novas intervenções que a vão dotar de uma área de MICE com 500 metros quadrados e um novo restaurante, segundo Miguel Andrade, diretor-geral de Operações da PHC Hotels.

“Vamos ter cerca de 500 metros quadrados de área de MICE, com oito salas de reuniões e tecnologia de ponta. Vamos poder fazer, em simultâneo, reuniões para 300 pessoas”, explicou o responsável, durante a apresentação à imprensa da primeira fase de requalificação do Hotel Mundial.

A nova área de MICE do Hotel Mundial vai ficar localizada no primeiro piso da unidade hoteleira, com Miguel Andrade a explicar que, a nível estratégico, “é importante” que a unidade tenha “um mix que não seja só focado no lazer”, até porque a estada média e o gasto de um hóspede de MICE é superior ao de lazer.

Por outro lado, acrescentou o responsável, “Lisboa é cada vez mais uma cidade procurada para incentivos”, um dos segmentos do MICE que, em conjunto com as reuniões corporativas, o Hotel Mundial pretende atrair.

“Vamos também entrar no MICE porque é um segmento que faz sentido para nós em Lisboa”, referiu, explicando que estas intervenções vão arrancar em maio deste ano, devendo estar concluídas em novembro.

Além das salas de reuniões, o primeiro piso do Hotel Mundial vai também passar a contar com um novo restaurante, denominado 28, que vai contar com uma zona exterior e que vai servir de sala de pequenos-almoços, ao mesmo tempo que vai dar apoio aos eventos que esta zona vai passar a receber.

“É um hub de eventos que vai estar a funcionar a partir de novembro de 2025”, resumiu o responsável, revelando que, além das áreas de MICE, o piso 1 do Hotel Mundial vai também passar a contar com um fitness center.

Investimento de 20M€ para requalificar todo o hotel

A área de MICE será a segunda zona do Hotel Mundial a passar por obras de requalificação, depois do piso 0, onde se encontra a receção e o bar da unidade hoteleira, que foi recentemente intervencionada ao longo de oito meses, tendo reaberto em dezembro.

“É um investimento de cerca de 20 milhões de euros para a requalificação do Hotel Mundial, num projeto que começou há dois anos, com um concurso de ideias em que foi escolhido um gabinete de arquitetura”, explicou Miguel Andrade, revelando que a escolha recaiu no gabinete de arquitetura Broadway Malyan, que tem “um historial muito grande em requalificações”.

O diretor-geral de operações da PHC Hotels explicou que as intervenções no piso 0 do Hotel Mundial pretendiam dar mais “espaço, conforto e luz” a esta zona da unidade, numa mudança que está a agradar aos hóspedes.

“Estamos muito satisfeitos com esta dimensão que o bar vai ter. O cliente tem logo a visão de onde pode tomar uma bebida. Foi uma área que melhorámos e estamos a ter um ótimo feedback dos clientes”, revelou, indicando que o bar passou também a servir refeições quentes, num conceito que remete para a portugalidade do espaço e que vai ter também propostas gastronómicas que remetem para os Descobrimentos.

Já a receção do Hotel Mundial, além de estar mais moderna, passou a ter uma organização diferente, contando com balcões de atendimento para clientes individuais e para grupos.

Já o lobby vai passar a contar com mais espaço, já que o Hotel Mundial integrou uma loja de rua que existia nas suas arcadas, o que permite disponibilizar uma nova área, que vai ser também ideal para quem quer trabalhar ligado à internet.

Para mais tarde ficam as intervenções nos quartos do Hotel Mundial, com Miguel Andrade a revelar que essas devem acontecer apenas em 2026 e 2027, dotando a unidade hoteleira de um total de 315 quartos, incluindo 31 suítes e cerca de 30 quartos comunicantes.

Em 2028, será a vez do Restaurante Varanda de Lisboa, assim como do Rooftop da unidade serem requalificados, sendo que o valor destas intervenções não está incluídos nos 20 milhões de euros de investimento anunciado.

“Com isto, no final de 2027, o objetivo é termos um hotel requalificado, com um posicionamento muito diferente do atual, continuamos a ser um hotel de quatro estrelas mas vamos trabalhar para o mercado de lifestyle e de qualidade premium”, acrescentou.

Miguel Andrade revelou ainda que, em breve, a unidade vai também passar a contar com uma marca internacional, que deverá ser anunciada até ao final da semana.

“Ainda não posso partilhar o que vamos fazer do ponto de vista de marcas, mas temos uma negociação muito avançada e estamos a falar com essa marca em todo o processo de requalificação. Ou seja, todos os standards que estão a ver aqui, toda a proposta de valor que já é visível, já está alinhada com a marca”, indicou ainda.

 

 

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

Mais artigos
Alojamento

2024 foi “ano muito positivo” para a PHC Hotels com aumento de 60% nas receitas totais

Segundo Miguel Andrade, diretor- geral de Operações da PHC Hotels, as receitas totais cresceram cerca de 60%, o que se deveu ao bom desempenho das unidades do grupo mas, essencialmente, à introdução do Convent Square Hotel no seu portfólio.

Inês de Matos

A PHC Hotels faz um balanço positivo do ano passado, com Miguel Andrade, diretor-geral de Operações do grupo de hotelaria lisboeta, a revelar que as receitas totais cresceram cerca de 60%, o que se deveu ao bom desempenho das unidades do grupo mas, essencialmente, à introdução do Convent Square Hotel no seu portfólio.

“2024 foi um ano muito positivo, conseguimos, muito pela introdução do Convent Square no nosso portfólio e de termos o primeiro ano de faturação do Convent Square, aumentar as receitas totais do grupo em cerca de 60%”, explicou o responsável esta terça-feira, 11 de março, durante a apresentação à imprensa da primeira fase de requalificação do Hotel Mundial.

Miguel Andrade explicou que também o GOP – Gross Operating Profit assistiu a um aumento de 30% no ano passado, muito por culpa da elevada ocupação e preço médio que as quatro unidades da PHC Hotels apresentaram.

Segundo o responsável, o Hotel Mundial encerrou 2024 com uma ocupação de 83% de ocupação e um preço médio de 146 euros, enquanto o Portugal Boutique Hotel registou 88% de ocupação e um preço médio de 172 euros. Já o My Suite Lisbon encerrou o ano passado com 75% de ocupação e 152 euros de preço médio, com o Convent Square Hotel a apresentar ainda uma ocupação de 80% e um preço médio de 248 euros.

“Portanto, foi um ano muito positivo e estamos muito satisfeitos porque o esforço que fizemos e a aposta na qualidade do serviço, tem trazido valor e incremento de preços, com clientes satisfeitos que regressam”, congratulou-se Miguel Andrade.

Os resultados de 2024 dão também confiança quanto a 2025, com o diretor-geral de Operações da PHC Hotels a indicar que o grupo espera “crescer em preço em todas as unidades”.

“Vamos crescer em preço em todas as unidades mas vamos ficar em linha com as receitas totais porque o facto de entrarmos em obras no Hotel Mundial vai tirar-nos inventário e vamos diminuir as receitas no Hotel Mundial”, explicou, prevendo crescimentos de cerca de 11% no Convent Square e cerca de 5% no Portugal Boutique Hotel e no My Suite Lisbon.

Segundo o responsável, a expetativa é que exista um ligeiro decréscimo no “volume de vendas” no Hotel Mundial devido às intervenções previstas, que vão levar ao encerramento de vários quartos na unidade.

Oportunidades de negócio em Lisboa continuam na mira da PHC Hotels

Os bons resultados tão também força à PHC Hotels para continuar a sua missão de ser tornar num “player importante em Lisboa”, com Miguel Andrade a revelar que, por isso, o grupo continua à procura de novas oportunidades de negócio, sempre em Lisboa.

“Estamos a ver muito atentamente e em Lisboa. Somos naturais de Lisboa e queremos ser um player importante em Lisboa. Já o somos e com a aposta que estamos a fazer na qualidade mas vamos ser ainda mais”, indicou o responsável.

Miguel Andrade lembrou que, atualmente, a PHC Hotels já conta com 530 quartos na capital portuguesa, o que mostra que o grupo já é “um player com dimensão” na hotelaria lisboeta.

 

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2024 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.