Primeiro hotel de Alvaiázere à espera de investidor privado
A autarquia teve a ideia, avançou com o projecto de arquitectura e agora aguarda pelo interesse de um investidor privado. Quem avançar com a obra “dispõe já de um […]
Fátima Valente
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A autarquia teve a ideia, avançou com o projecto de arquitectura e agora aguarda pelo interesse de um investidor privado. Quem avançar com a obra “dispõe já de um valor de seis milhões de euros”, explicou à agência Lusa, Paulo Tito Morgado, presidente da autarquia. O autarca adiantou que cabe à Entidade Regional de Turismo do Centro o papel de intermediária no processo negocial com potenciais investidores interessados no projecto hoteleiro, cujo valor final estimado é de 7,5 milhões de euros. “O município não tem competências, nem experiência, nem vocação para gerir um espaço destes”, justificou Paulo Tito Morgado. O hotel, a instalar a meia encosta da serra de Alvaiázere e a menos de um quilómetro da localidade tem vista sobre Alvaiázere e toda a zona Nascente e Sul do concelho. Estão previstos 31 quartos, número que pode aumentar, piscina, espaços de bem-estar, além de várias salas para conferências e banquetes. O edil está convicto que o investimento vai potenciar “o turismo de natureza, turismo cultural e turismo sénior de elevada qualidade”, e atrair a Alvaiázere mais visitantes do Norte da Europa. Assim, Paulo Tito Morgado adiantou à Lusa que os países nórdicos são um dos públicos-alvo da unidade, já que os mesmos procuram o concelho “pela paisagem, calma e clima” para passarem grandes temporadas. O mesmo responsável considera que o projecto vai ajudar a combater a interioridade do concelho. A unidade hoteleira na serra de Alvaiázere foi uma das candidaturas aprovadas no âmbito do Programa de Valorização de Recursos Endógenos (PROVERE), “instrumento político que cruza iniciativas de coesão nacional com a dinamização de projectos de investimentos promovidos pelas empresas, agências de desenvolvimento regional, associações de desenvolvimento local, municípios e organismos da administração pública central”. Além deste foi aprovado um investimento de 750 mil euros para a valorização do sítio arqueológico da Rominha. De acordo com a autarquia, a conclusão de ambos os projectos deverá criar 54 postos de trabalho directos e 60 indirectos.
Turismo do Centro
Em declarações ao Publituris, Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro, confirmou que esta Entidade Regional assumiu “um papel de sedução aos empresários”, de forma a trazer mais investimento à região. “O projecto foi anunciado há poucos dias, mas já desenvolvemos alguns contactos com grupos que também se dedicam ao turismo, entre outras actividades”, revelou, adiantando que até ao final do ano, a Turismo do Centro deverá estar em condições de anunciar um investidor privado para o projecto em questão. Pedro Machado salientou a importância crescente do Centro para o Turismo, recordando, por exemplo, a inauguração de dois empreendimentos turísticos do grupo Visabeira, ambos no distrito de Viseu, no final de Julho. Além disso, fez questão de invocar a “posição priveligiada de Alvaiázare relativamente à Serra do Sicó (Alvaiázare)”, assim como o “posicionamento estratégico na Rota da Romanização, com início em Conimbriga, e que já conta com alguns achados arqueológicos neste mesmo concelho”. Na opinião do presidente da Entidade Regional do Turismo do Centro, a região tem um conjunto de atractivos que “pode ajudar a desenvolver o touring cultural, o qual, em conjugação com o turismo de natureza e a gastronomia, tem vindo a afirmar-se como uma alternativa ao tradicional Sol e Mar”. A rematar, Pedro Machado comentou que o futuro hotel de quatro estrelas será direccionado para as famílias; “um importante nicho de mercado para a Região Centro”.