Edição digital
Assine já
PUB
Distribuição

“Se o setor do turismo não resistir, Portugal não vai recuperar economicamente”

Depois de um ano de interregno, o Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) está de regresso para o “reencontro” do setor. Em entrevista, Pedro Costa Ferreira, presidente da associação, explica o que esperar desta reunião, mas também fala de reembolsos, aeroporto, TAP, sustentabilidade, digitalização e prefere antes falar “não de regresso, mas de retoma”.

Victor Jorge
Distribuição

“Se o setor do turismo não resistir, Portugal não vai recuperar economicamente”

Depois de um ano de interregno, o Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) está de regresso para o “reencontro” do setor. Em entrevista, Pedro Costa Ferreira, presidente da associação, explica o que esperar desta reunião, mas também fala de reembolsos, aeroporto, TAP, sustentabilidade, digitalização e prefere antes falar “não de regresso, mas de retoma”.

Victor Jorge
Sobre o autor
Victor Jorge
Artigos relacionados
Enoturismo no Centro de Portugal em análise
Enoturismo
ESHTE regista aumento de 25% em estágios internacionais
Emprego e Formação
easyJet abre primeira rota desde o Reino Unido para Cabo Verde em março de 2025
Aviação
Marrocos pretende ser destino preferencial tanto para turistas como para investidores
Destinos
Do “Green Washing” ao “Green Hushing”
Análise
Dicas práticas para elevar a experiência do hóspede
Porto Business School e NOVA IMS lançam novo programa executivo “Business Analytics in Tourism”
Emprego e Formação
Travelplan já vende a Gâmbia a sua novidade verão 2025
Distribuição
Receitas turísticas sobem 8,9% em setembro e têm aumento superior a mil milhões de euros face à pré-pandemia
Destinos
Atout France e Business France vão ser uma só a partir do próximo ano
Destinos

Depois da “travessia do deserto” e de balanços destruídos, a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) reúne-se para o seu 46.º congresso. Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, espera que o evento, mais do que reunião, seja uma união do setor. Consciente de que as dificuldades ainda perduram e irão perdurar, pede a quem apoiou o setor do turismo, que continue a fazê-lo, seja qual for o Governo. Até porque, admite, “se não existirem apoios, o setor do turismo não vai resistir”.

A APAVT realiza o seu 46.º Congresso, com o título “Reencontro”. Que “reencontro” espera depois de 20 meses de pandemia?
Esperemos que seja o reencontro de todo o setor. O nosso congresso tem uma grande tradição, exatamente de reencontro do setor, é um congresso que é organizado por agentes de viagens, mas não é o congresso das agências de viagens e, neste momento, diria que mais do que nunca é importante que o setor, mais do que se reúna, se una.

PUB

Vamos sair, enquanto agências de viagens, com muitas fragilidades, balanços destruídos, capitais próprios esgotados, mas também com uma grande oportunidade. Muitos consumidores perderam dinheiro em processos de reserva distantes das agências de viagens neste período, além de ter ficado sublinhada a grande mais-valia das agências de viagens, a diferença entre informação e conhecimento.

PUB

Perante esta saída da crise, há uma palavra-chave que é flexibilidade. Esta flexibilidade tem de ser da cadeia de valor e não só das agências de viagens. Mais vale, neste momento, ter reservas que possam ser canceladas do que não ter reservas.

Se a aviação, um hotel, um restaurante ou uma agência de viagens não forem flexíveis, o produto não vai ser flexível.

Queremos acionar, para o próximo ano, este diálogo e chamar a atenção para ele muito vivamente neste congresso.

Quais foram os principais desafios enfrentados ao longo destes 20 meses?
Não gosto de recordar estes 20 meses. Foram meses de sobrevivência, de grandes perdas e endividamento para as empresas e empresários, foi um tempo de apoios do Governo absolutamente fulcrais. Temos de ser humildes e a objetividade de reconhecê-lo. Mas também foram, naturalmente, insuficientes.

Do ponto de vista da APAVT, focamo-nos em vários planos de atuação. Talvez salientasse, desde logo e por ordem cronológica, o facto de termos tido de tratar de imediato dos reembolsos aos nossos clientes e, portanto, tentámos e conseguimos derrogar a diretiva no que aos reembolsos concerne e, provavelmente, fizemos a melhor lei dos vouchers da Europa. Melhor pela conjugação de dois fatores: pelo período relativamente ao qual foi possível não pagar diretamente, mas reembolsar através de um voucher, bem como pela data a partir da qual esse vale, se não for viajar, tem de ser pago. A conjugação destes dois fatores fez, provavelmente, da lei portuguesa a melhor lei da Europa.

Isso foi fundamental para dar confiança?
Deu confiança, salvou as empresas e ao salvar as empresas salvou os interesses e direitos dos consumidores. E há aqui uma nota que é preciso salientar: esta lei não teria sido possível sem o verdadeiro empenhamento da nossa secretária de Estado do Turismo (SET), Rita Marques. Foi uma lei que precisou de diálogo com a Comissão Europeia (CE), precisou de conflito e resolução de conflito com a CE e temos a perfeita noção de que se a SET tivesse desistido, e lutou muito e mais do que possa parecer ou imaginar, não teríamos conseguido.

Espelho desta situação foram os reembolsos que a APAVT e as agências trataram e terão ainda de tratar com os seus fornecedores, já que o dinheiro tinha ficado do lado de lá.

De referir eventualmente e neste capítulo, a importância da negociação com a TAP. Fomos reembolsados, enquanto setor, em cerca de 10 milhões de euros. Foi um passo em frente muito grande, num processo que se mantém e que ainda possui muitos processos em aberto. Há muitas dívidas das companhias de aviação. Mas trata-se de “ongoing processes” que, com exceção da Ryanair, temos diálogo com todas as companhias.

Mas vê uma solução a breve trecho?
Sim, é uma solução que vai sendo encontrada. Os problemas vão diminuindo e o bolo de processos por resolver também.

Os desafios: passados e futuros
Mas esses são problemas vindos do passado. Que desafios ainda existem no e para o futuro?
Antes disso, ainda referir que a APAVT não esteve só empenhada na relação com os agentes e com os fornecedores. A APAVT também esteve empenhada nos apoios ao setor, na sua clarificação, na sua negociação, na perceção da sua capacidade de execução, tivemos de trabalhar na Europa na harmonização das restrições de viagens. Começámos a olhar para o futuro e ao longo destes 20 meses produzimos a atualização do “Economics” do setor com a EY e iniciámos um processo de pensamento estratégico para o futuro, entre outros.

Relativamente aos desafios da saída desta crise pandémica, o primeiro desafio será a incerteza de estarmos, de facto, de saída da crise. A incerteza parece estar a voltar e esse é, sem dúvida, o maior desafio. O facto de não conseguirmos perceber se do lado do consumo vai haver abertura ou não.

O que é que aprendemos nestes pequenos raios de sol que apareceram no meio desta chuva toda? Sempre que existe a perceção de que a pandemia está a diminuir, as reservas surgem como chuva nas agências de viagens. Não escondo que nos últimos meses, sobretudo na área do incoming tivemos essa noção como, também, no verão tivemos essa noção no outgoing.

Hoje, já começámos a falar em cancelamentos de reservas, sobretudo de grupos, e em dúvidas para o futuro. Portanto, voltamos a ter a incerteza como pano de fundo.

E ter a incerteza como pano de fundo significa o quê?
Ter a incerteza como pano de fundo significa ter a certeza de que vamos continuar a precisar de apoios. Sabemos que o apoio à retoma, no que diz respeito à defesa do emprego, poderá continuar e esperemos que sim, de modo a evitar uma rutura nessa área. Mas temos de discutir com o próximo Governo, seja ele qual for e quando aparecer, a manutenção dos apoios a fundo perdido, nomeadamente, do programa Apoiar.pt. Isto por uma razão muito objetiva, é que o programa Apoiar.pt foi pago até abril, a crise ainda existe e, portanto, se houve razões por parte do Governo para apoiar uma crise há seis meses, mais razões há para fazê-lo agora, já que as empresas, com a continuação da crise, estão ainda mais fragilizadas.

A incerteza parece estar a voltar e esse, é sem dúvida, o maior desafio. Ter a incerteza como pano de fundo significa ter a certeza de que vamos continuar a precisar de apoios

Em outubro de 2020, com sete meses de pandemia, admitia ao Publituris que, por causa dos balanços destruídos, a necessidade brutal de recapitalização e tesouraria seria o grande desafio dos próximos anos? Mantém essa afirmação?
Acho que está ainda mais sublinhada. Começámos por ter dúvidas relativamente ao futuro quando achámos que iriamos ter três meses de pandemia. Nessa altura, falava com sete meses de pandemia, agora falo com 20 meses.

Diria que, se há um ensinamento para o futuro, ele tem a ver com dois aspetos do lado das agências de viagens: robustecer os balanços, porque é nos balanços que está a resposta à próxima crise; e rodear-nos dos melhores recursos humanos, porque são esses recursos humanos que vão robustecer os balanços.

O que devia ter sido feito que não foi feito?
Da parte de quem?

De todos!
Vou ser sincero, quer nas agências de viagens, quer na APAVT, quer no Governo, de um modo geral, foi feito tudo o que era imaginável ser feito. Da parte das agências de viagens, depois de 20 meses de crise, verificamos que, tanto em 2020 e, previsivelmente, em 2021, teremos dois anos com menos falências que em 2019. Isso diz tudo relativamente à capacidade resistência das nossas agências de viagens.

Relativamente à APAVT, clientes, reembolsos, trabalho na ECTAA, os projetos editoriais do Economics do setor, o pensamento estratégico para o mesmo, o aumento do apoio jurídico, o aumento dos apoios aos apoios, isto é, a clarificação, a perceção de quem poderia aderir e por aí fora, o apoio às restrições às viagens, a sua clarificação, a APAVT fez a sua parte.

O Governo, penso que é justo dizer, sem os apoios colocados em cima da mesa, não havia setores das agências de viagens e turístico.

Dito isto, o que as agências de viagens fizeram foi suficiente? Foi tudo o que poderia ter sido feito.

Se a APAVT fez o suficiente? Julgo que ficaram sempre coisas por resolver, nos apoios aos agentes, reembolsos dos fornecedores, reembolsos aos clientes.

Se o Governo fez o suficiente? Claro que os apoios foram insuficientes.

Julgo que temos de ter a humildade de pensar que fizemos todos o possíveis, mas que há momentos como uma pandemia em que temos de reconhecer que nada é suficiente.

Incertezas políticas que não ajudam
Tem falado de apoios por parte do Governo, de apoios essenciais para a sobrevivência do setor, não só das agências como do turismo. O certo é que estamos a ser confrontados com uma incerteza política, com eleições a 30 de janeiro, que levará a termos Governo só lá para março. O que teme relativamente a esta indefinição política e de políticas?
Não temo, porque já tenho a certeza de que o que aconteceu foi muito mau para as empresas. Tivemos do Estado uma resposta insuficiente face aos constrangimentos económicos. Agora juntámos uma condicionante política que, em meu entender, é menos compreensível. Isto é, para além dos recursos parcos da nossa economia ou do nosso Estado, temos agora um Governo que não pode agir por circunstâncias de condicionalismo político.

É perfeitamente natural que o Governo agora não queira tomar decisões que impliquem ou condicionem o orçamento do próximo Executivo.

Por isso, mais do que temer quanto ao futuro, tenho muita pena, mas parece haver um sentimento de quase abandono por parte dos políticos quando assistimos à cena da não aprovação do Orçamento de Estado 2022.

Relativamente ao próximo Governo, espero que se resolva rapidamente.

Se houve razões por parte do Governo para apoiar uma crise há seis meses, mais razões há para fazê-lo agora


Não teme uma interrupção dos apoios?
Nem me passa pela cabeça. Se não existirem apoios, o setor do turismo não vai resistir. Se o setor do turismo não resistir, Portugal não vai recuperar economicamente.

Portanto, é demasiado irracional para podermos pensar em tal possibilidade. E se há erro que às vezes sinto é pensar que alguns comentários políticos dão a ideia de que se trata do Orçamento para a crise.

A partir de um determinado momento não se trata de um Orçamento para a crise. É a crise que tem de caracterizar o que tem de ser o Orçamento exatamente para apoiar as empresas e a economia na crise.

O Orçamento não pode apoiar a crise até aos limites do Orçamento. A crise tem de definir os limites do Orçamento, o que é uma coisa completamente diferente.

Concluindo, espero que, seja qual for a cor ou cores políticas que ganhe ou ganhem, que compreendam isso antes sequer do primeiro dia.

Há momentos como uma pandemia em que temos de reconhecer que nada é suficiente


Espera que o próximo Governo tenha mais “foco”, como chegou a pedir?
Espero que o próximo Governo tenha muito foco logo de início nestas questões, porque os apoios são questões também de timing.

TAP a fazer parte da solução
Já falou da questão dos reembolsos e de conversações que existiram entre a APAVT e a TAP. Houve conversações com a nova administração da TAP. Pergunto se a TAP já não faz parte do problema e passou a fazer parte da solução?
A TAP tem de fazer sempre parte da solução, não por causa das agências de viagens, mas por causa do turismo português e da economia nacional.

O grande desafio português são os mercados transatlânticos, são eles que permitem crescer. São eles que permitem ter mais território e mais meses de turismo. É o mercado norte-americano, o brasileiro, é ou será um dia o mercado chinês.

Esticar a sazonalidade?
Sim, esticar para além de agosto e ir para além dos grandes centros de turismo.

Ora, o êxito relativamente a esses mercados para um país como Portugal vai depender do hub. Se a TAP não for solução e não conseguir aguentar o hub, estará em causa o crescimento do turismo a médio longo prazo no país. E se isso acontecer, está em causa a dívida pública, mais impostos, emprego. Um país mais pobre também significa mais custos para as pessoas. Não podemos criticar os apoios à TAP apenas porque são apoios do povo. Comparado com o quê, com pobreza? Comparado com pobreza, prefiro o apoio à TAP. Comparado com menos crescimento, prefiro apoiar a TAP.

Claro que um dia, e esperemos em breve, a TAP tem de corresponder com resultados.

Do ponto de vista do diálogo com os agentes de viagens, a nova administração imprimiu uma nova dinâmica, existe confiança, apesar de haver também a perceção das dificuldades que temos todos resolver.

E com as outras companhias, retirando a Ryanair?
Com a Ryanair não há diálogo possível e é uma decisão da Ryanair. Com as outras companhias, há muito tempo que a concorrência do nosso setor é definida ao longo da cadeia de valor. Isto é, as companhas aéreas não só são nossas fornecedoras como são, também, concorrentes relativamente aos clientes pelas estratégias que a tecnologia permitiu implementar.

Nós temos sempre momentos de aproximação, porque o nosso cliente é o mesmo e temos sempre focos de tensão, porque disputamos esse mesmo cliente.

Esta crise veio fazer com que todos os ‘stakeholders’ passassem a olhar para a cadeia de valor como um todo?
Não necessariamente. Luto por isso e espero que aconteça. Um dos grandes objetivos do congresso da APAVT é, precisamente, fazer um ‘kick-off’ para uma tentativa de resposta coerente por parte da cadeia de valor.

 

A TAP tem de fazer sempre parte da solução, não por causa das agências de viagens, mas por causa do turismo português e da economia nacional

 

Uma “novela” Aeroporto
E como olha para a “novela” do aeroporto?
Acho que utilizou a definição certa: “novela”. Se há pouco disse que me sentia um pouco abandonado pelos nossos políticos neste curto prazo por causa da “novela” do orçamento, sinto-me completamente abandonado pelos políticos a longo prazo por causa do aeroporto.

A questão do aeroporto é estratégica. Existe um plano que prevê chegarmos a 2027 com determinados números.

Mais concretamente, 27 mil milhões de euros em receitas e 80 milhões de dormidas.
Exato. E depois temos os representantes do aeroporto a referir que, com esta infraestrutura aeroportuária e os novos limites de navegação aérea por causa do ruído, provavelmente, não passaremos dos números de 2017.

Diria, um, organizem-se, dois, dêem-nos uma solução aeroportuária. Qualquer que seja, o país precisa dela.

O país económico precisa do país turístico.

Quando se fala que estamos demasiado dependentes do turismo, em termos económicos, isso é “bullshit”, até parece que é uma decisão governamental ou política.

Não se trata de uma decisão, é a competitividade internacional do setor que interessa. Se impedirmos que o setor mais competitivo da economia nacional, por razões de política económica pura, seja travado, penso que é um crime lesa-pátria e espero que todos os intervenientes sejam apontados.

Entre as opções que estão em cima da mesa, qual a preferida da APAVT?
Não fazemos comentários. Há quem defenda a solução mais rápida por razoes óbvias, há quem defenda uma solução estratégica por razões de longo prazo. Há ainda quem esteja imerso na confusão.

Não sou especialista ambiental ou aeroportuário, mas se me perguntar por soluções para a sua próxima viagem, sou capaz de lhe dar. Espero que, neste caso, os especialistas tenham as soluções.

Mas neste caso, voltamos a bater na questão da indefinição política e nos atrasos consecutivos de processos e decisões. Será mais um projeto para a gaveta e/ou iniciar-se de novo?
É verdade, mas espero que não. O quer que aconteça para além de 30 de janeiro, espero que haja foco na vida das pessoas.

Os temas do congresso

Antes do Congresso da APAVT marcou presença na 6.ª Cimeira Mundial dos Presidentes das Associações de Agências de Viagens, em Leon. Quais foram as principais conclusões, tendências, estratégias, diretrizes saídas dessa reunião?

As conclusões, do ponto de vista geral, passam por atualizarmos uma voz mais próxima uns dos outros enquanto setor das agências de viagens. É muito um território de associação, o que cada um anda a fazer, como responder aos problemas e à crise, como os diversos Governos apoiaram quem deveria ser apoiado e, claro, um olhar para o futuro.

Há a perceção geral no mundo que, os destinos turísticos que tiverem propostas flexíveis são os que irão comandar a procura na saída da crise.

Voltando ao congresso da APAVT, haverá um painel – “Porque é que a EY Parthenon e os Agentes de Viagens estão a olhar para o Futuro”. Que futuro é esse para onde estão a olhar? Há um novo futuro, um futuro com um consumidor diferente ou com um ‘mindset’ diferente?
Sinceramente, não acho que exista um consumidor pós-pandemia. Houve, penso, uma aceleração de tendências que já eram conhecidas antes da pandemia, já faziam parte do nosso mercado. Autenticidade, digitalização, sustentabilidade, ‘slow-tourism’, comércio justo, tudo isto são tendências mais visíveis hoje, mas tendências que já existiam. Eventualmente, os nómadas digitais é um fenómeno saído da pandemia e, por circunstância de datas, o turismo espacial tenha tido mais destaque, mas não nasceu na pandemia.

Foi um reforço de tendências?
Foi uma aceleração. Não surpreende e não vejo quer em Portugal, enquanto destino turístico, quer na natureza da atividade das agências de viagens, problemas advindos desta aceleração. Pelo contrário, a sustentabilidade é uma área onde Portugal, enquanto destino turístico, está a responder bem e até apresenta alguns ‘case studies’ importantes. A sustentabilidade do lado das agências de viagens é muito mais uma oportunidade do que um problema.

A sustentabilidade não é um estado de alma. Numa atividade económica, é um conjunto de ações tendentes a reduzir determinadas pegadas, nomeadamente, a ambiental.

As agências de viagens em Portugal e no mundo têm já incorporadas, sobretudo no ‘business travel’, critérios de medição da pegada de carbono. Em muitos contratos essa pegada tem de estar explícita para que o cliente possa escolher uma maior ou menor.

As agências, e estamos a fazer um trabalho na ECTAA, estão empenhadas em harmonizar esta medição, clarificando-a e tornando-a mais eficiente e, através das plataformas certas, dinamizar a compensação da pegada pelos clientes que a realizam.

Mas concorda ou não com aqueles que afirmam que a pandemia trouxe um consumidor com um ‘mindset’ renovado ou mesmo novo?
Não, com sinceridade não. Acho que são entusiasmos de curto prazo. É muito cedo para se fazer essa apreciação. Recordo-me da crise económica brutal recente e não foi ela que definiu a evolução, foi um passo na evolução.

Portanto, teremos de esperar mais tempo para se fazer uma análise mais racional do que está a acontecer.

Julgo que esses novos clientes, novas características são um pouco emocionais. Se alguma coisa caracteriza o mercado das viagens e o setor das agências em Portugal e no mundo, é muito mais a diversidade do que as novas tendências.

Sustentabilidade, digitalização e capital humano são dos grandes temas abordados em qualquer fórum quando se fala de turismo e estão no congresso da APVT. A APAVT assinou a declaração de Glasgow para “desenvolver planos” para “a aceleração da ação do turismo, no sentido da redução das emissões no setor”. O que é que isto significa e como é que a APAVT e os seus associados irão contribuir para esta redução de emissões? O que significa isto no concreto?
Nós temos algum histórico recente relativo a ações no foro da sustentabilidade e, concretamente da sustentabilidade ambiental. Em primeiro lugar, estamos num processo de adesão à SUSTOUR – projeto europeu que vai fazer formação em sustentabilidade ambiental em mais de 180 mil empresas europeias. Depois, assinámos um protocolo com a “Travellife” que certifica empresas consoante as suas práticas ambientais. Ora, se há uma certificação, logo é tudo mais voltado para a ação e não para o compromisso.

No seio da ECTAA há um trabalho relacionado com a estandardização da medição para melhor poder clarificar e sermos mais efetivos.

No nosso congresso, a sustentabilidade vai estar presente.

Por isso, diria que assinámos o compromisso de Glasgow, porque está de acordo com a nossa prática.

Curiosamente, a APAVT, foi, julgo, no setor do turismo em Portugal, a única associação assinar a declaração de Glasgow e no seio da ECTAA só duas associações de todo os países europeus foram “launch partners”: a APAV T e a associação holandesa.

Curiosamente, no painel da sustentabilidade do próximo congresso, um dos speakers será, precisamente, o presidente da associação holandesa.

A sustentabilidade é um dos eixos de atratividade de Portugal junto dos turistas. É por aqui que Portugal se poderá diferenciar?
Absolutamente. É uma oportunidade para o país como é uma oportunidade para as agências de viagens. Aliás, em meu entender, é uma oportunidade que veio para ficar.

 

Se a TAP não for solução e não conseguir aguentar o ‘hub’, estará em causa o crescimento do turismo a médio longo prazo no país

 

Se a sustentabilidade é chave, o capital humano também assumiu uma relevância fulcral. Saíram muitas pessoas, fazem falta muitas pessoas, os que saíram irão regressar, é preciso ir buscar pessoas a outros lados, setores, países? Como é que olha para este desafio do capital humano?
Sabemos que, sobretudo, na hotelaria e restauração falta gente. Se essas pessoas vão regressar, esperemos que sim. Sabemos, contudo, que não basta que regresse quem saiu. Julgo que hoje é mais ou menos aceite que precisamos de uma política de migração que apoie o desenvolvimento do turismo, entre outros aspetos.

Do ponto de vista das agências de viagens, não tivemos despedimentos, até porque tivemos acesso e adesão aos processos de apoio ao emprego. Por isso, se há coisa que não existiu durante esta pandemia – ainda – foram grandes despedimentos. Não há uma fuga de recursos humanos das agências de viagens.

Mas disse “ainda”?
Disse ainda porque estamos cá. E talvez não o espere. Porquê? Se olharmos para os “Economics” do setor e para a sua atualização, o setor com maior percentagem de licenciados ou acima de licenciados é, do ponto de vista do turismo, o das agências de viagem.

Os nossos recursos humanos estão muito mais longe dos ordenados mínimos e do serviço básico do que outros dentro desta cadeia de valor.

Isso, contudo, não quer dizer que não existam problemas de recursos humanos. Houve porque tiveram de sair dos locais de trabalho, porque trabalharam isolados e com dúvidas relativamente ao futuro, tal com o regresso dos recursos humanos também tem sido um problema depois de estarem 20 meses a trabalharem em casa.

Adquiriram-se novos hábitos, houve gente a trabalhar menos porque não havia trabalho, houve pessoas que passaram a levar os filhos à escola, realidade que não conheciam. Adquiriram-se novas perceções de uma realidade que agora terão de ser trabalhadas.

Por todos, até pelo próprio colaborador?
Absolutamente. Esta história de acharmos que as responsabilidades estão nas empresas e os direitos estão nos colaboradores, é uma coisa antiga.

Em vez de fuga de recursos humanos, preocupa-nos a gestão de recursos humanos.

Já na digitalização ou transformação tecnológica, a questão, presumo, não se coloca no setor das agências de viagens?
Em termos de tecnologia, as agências de viagens são dos maiores utilizadores em Portugal e no mundo. Há bastantes anos que qualquer trabalhador com um telemóvel pode resolver qualquer problema que um cliente possa enfrentar na sua viagem em qualquer lugar a qualquer hora.

Os processos de digitalização não são fins estratégicos em si, são processos de melhoria da eficiência e devem ser integradores de uma estratégia.

Como definidores de uma estratégia, acho-os fracos, porque uma estratégia tem de estar muito mais próxima das necessidades do cliente e da sua perceção e como vão evoluir, do que um mero processo de digitalização.

Quantos ‘players’ ficaram pelo caminho? E quantos ainda vão ficar? Que setor teremos no pós-COVID?
É um pouco dual. Os balanços estão destruídos, os capitais próprios evaporaram-se. Do ponto de vista da situação macro-económica do setor, provavelmente, estamos a atravessar, à saída da crise, um dos piores momentos do setor.

Sempre dissemos nos primeiros três meses da crise que o principal problema de liquidez se ia colocar no momento do regresso e da retoma, porque os custos têm um comportamento dual – zero ou um – e as receitas vão chegar gradualmente.

Se se confirmar que este regresso ténue que estamos a viver é o início de uma retoma, diria que estamos à beira do processo mais complicado de resistência por parte das agências de viagens e do turismo em geral. Desse ponto de vista é natural que haja mais quebras do que tem sido histórico.

Entre a resiliência que temos vindo a demonstrar e a evidencia dos balanços, julgo que vamos encontrar um caminho em que vamos provavelmente, uma vez mais, no início da retoma, ter alguns incidentes desagradáveis enquanto setor, mas a execução da oportunidade que aí está vai permitir a recuperação a muitos.

Quando tivermos, efetivamente, a falar não de regresso, mas de retoma, nessa altura o nosso principal objetivo será sempre o de superarmos os números de 2019 e que foram os melhores de sempre.

2019 foi o melhor ano de sempre para o turismo. Há condições para continuarmos a bater recordes com uma crise pandémica, instabilidade política, sem aeroporto, com falta de recursos humanos, entre outros?
Portugal tem todas as condições naturais para o fazer, enquanto destino turístico. Temos um dos melhores turismos do mundo, enquanto instituição. O Turismo de Portugal tem feito um trabalho notável. Temos grandes empresários, temos um conjunto de trabalhadores capacitados no setor das agências de viagens, temos um país estável, clima, um povo acolhedor. Temos tudo a nosso favor, mas estamos, neste momento, condicionados por algumas decisões políticas que têm de ser resolvidas. Com a evolução e o crescimento do turismo no mundo e a olhar para nós próprios e nossos concorrentes, diria que o recorde de 2019 ser ultrapassado é fácil-fácil.

Inicia o mandato em 2021, em plena pandemia. Pergunto-lhe se, apesar de ainda não ter terminado o primeiro ano, se ainda tem forças e vontade para ir a uma nova corrida?
[Risos] Nem vou responder. Espero chegar a este mandato vivo e com consciência de dever cumprido. Peter Drucker [professor, consultor e escritor de origem austríaca] dizia que as pessoas são mais felizes no cumprimento do dever. Espero chegar ao final do mandato feliz.

O que aprendeu com esta crise e que ensinamentos retira dela a nível pessoal e profissional?
Aprendemos sempre algo. A crise não me apanhou de surpresa. A crise é o acentuar do primado da incerteza.

A nível profissional diria que aprendemos uma vez mais que temos de robustecer os nossos balanços, que é na robustez deles que vai estar a resposta à próxima crise.

Finalmente, que temos de nos rodear dos melhores recursos humanos, porque eles vão robustecer os nossos balanços.

A nível pessoal, somos todos muito pequenos por maior que nos possamos sentir.

No dia 3 de dezembro quando fechar o congresso, que conclusão gostaria que saíssem dos três dias de trabalho?
O congresso é um capítulo da nossa atuação, não é um fim em si mesmo. Espero que saia a classificação da nossa agenda para o próximo ano. Até pela data que é realizado, o congresso é um ponto de situação e um olhar para o futuro e os fins de ano são sempre ótimos para que isso aconteça.

Mais do que olhar para o passado, espero que nos ajude a clarificar, enquanto APAVT e turismo português, a agenda para o ano 2022.

Agenda só para 2022 ou mais além?
Digamos que teremos um olhar mais além, mas temos uma agenda definida para um ano. Ajuda termos uma visão de mais longo prazo, mas é importante termos uma definição da concretização dessa agenda no curto prazo.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Artigos relacionados
Enoturismo no Centro de Portugal em análise
Enoturismo
ESHTE regista aumento de 25% em estágios internacionais
Emprego e Formação
easyJet abre primeira rota desde o Reino Unido para Cabo Verde em março de 2025
Aviação
Marrocos pretende ser destino preferencial tanto para turistas como para investidores
Destinos
Do “Green Washing” ao “Green Hushing”
Análise
Dicas práticas para elevar a experiência do hóspede
Porto Business School e NOVA IMS lançam novo programa executivo “Business Analytics in Tourism”
Emprego e Formação
Travelplan já vende a Gâmbia a sua novidade verão 2025
Distribuição
Receitas turísticas sobem 8,9% em setembro e têm aumento superior a mil milhões de euros face à pré-pandemia
Destinos
Atout France e Business France vão ser uma só a partir do próximo ano
Destinos
PUB
Distribuição

Travelplan já vende a Gâmbia a sua novidade verão 2025

Em voos diretos do Porto, às quartas-feiras, de 11 de junho a 3 de setembro, o operador turístico do grupo Ávoris, Travelplan, já colocou no mercado as vendas para a Gâmbia, a sua novidade de verão de 2025.

Com preços desde 986 euros por pessoa, em alojamento duplo, o pacote de sete noites “Estadias da Gâmbia”, inclui, para além dos voos diretos em classe turística, transferes aeroporto-hotel-aeroporto em autocarro ou minibus, dependendo do número de pessoas, alojamento em hotel no regime selecionado, taxas aéreas e seguro de viagem.

Já o pacote, também de sete noites “Descobre Gâmbia”, tem valores desde 1.242 por pessoa em alojamento duplo, e engloba também uma série de visitas, como à primeira localidade do sul do país, ou à aldeia de Yuna para conhecer Uncle Johns, colecionadores de vinho de palma, ou à praia de Sanyang “a praia do paraíso” ou ainda ao Museu da Vila Tanje, um local único onde são apresentadas a história natural e a cultura tradicional da Gâmbia.

A proposta é ainda percorrer a rota dos escravos com visitas a Juffereh Albreda e ao mastro da bandeira da liberdade, para conhecer a história de como surgiu o que hoje é um dos monumentos nacionais da Gâmbia desde 1970, bem como à cidade natal do famoso Kunta Kinteh que inspirou Alex Haley no seu best-seller Roots, e ainda ao museu que retrata mais de 400 anos de tráfico de escravos, que contribuíram consideravelmente para o despovoamento do continente.

Haverá ainda tempo para uma viagem de natureza ao longo do rio Gâmbia em canoa moderna. Este percurso muito pitoresco permite desfrutar de algumas das muitas espécies de aves e da vida fluvial enquanto se absorva o ambiente calmo e relaxante que este cruzeiro oferece. Durante a viagem não é incomum ver golfinhos a nadar e a brincar ao lado do barco. Nadar, tomar sol ou pescar são ainda propostas para este dia de passeio.

De acordo com o operador turístico, descobrir a Gâmbia, este país pequeno país da África Ocidental, é uma aventura que permitirá mergulhar na sua rica cultura, história e beleza natural, e onde pode aprender com a sua história, vivenciar a cultura local e desfrutar da hospitalidade gambiana. “Sem dúvida, a Gâmbia tem muito a oferecer aos viajantes que procuram uma experiência autêntica e diversificada”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Distribuição

TravelGEA já disponibiliza solução integrada para reservar Ryanair e easyJet

A plataforma TravelGEA Ticketing, do grupo GEA, passa agora a disponibilizar aos agentes de viagens suas associadas, reservas diretas de várias companhias aéreas low-cost, com especial destaque para a Ryanair e EasyJet, através do Light Ticketing Amadeus.

Publituris

De acordo com a rede de gestão, esta nova funcionalidade representa um marco significativo para as agências de viagens suas associadas, oferecendo paridade de preços com os websites oficiais das companhias aéreas, integração completa via Light Ticketing Amadeus e um canal de distribuição oficialmente autorizado pela Ryanair, garantindo processos de reserva e servicing sem constrangimentos para as agências de viagens.

As agências de viagens que utilizam a plataforma TravelGEA passam, assim, a beneficiar de importantes vantagens competitivas. Em primeiro lugar, asseguram total competitividade através da paridade de preços com os websites das companhias aéreas. Adicionalmente, conquistam maior eficiência operacional ao terem acesso a todos os preços num único local, realizando as reservas de forma similar às companhias full service. Por fim, obtêm um serviço otimizado ao poderem gerir completamente as suas reservas sem necessidade de verificações adicionais.

Ricardo Correia, diretor Comercial da TravelGEA explica que “ao reunirmos numa única plataforma a facilidade de reserva, paridade de preços e gestão simplificada, estamos a criar um novo padrão de eficiência ao nosso cliente conjugando com mais opções, mantendo a competitividade e aumentando a produtividade”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Distribuição

Soltour dobra operação para Cuba no verão de 2025

O operador turístico Soltrour vai ter, no verão de 2025, uma operação ainda mais completa para Cuba, com voos diretos semanais para Varadero e Cayo Santa Maria aos que se junta a programação para Havana e Cayo Coco.

Publituris

Cuba será um dos protagonistas da oferta da Soltour para o verão de 2025. O operador turístico irá programar voos diretos, à saída de Lisboa, para quatro destinos dentro do país. Estas ligações, operadas pela Iberojet, partirão de Lisboa e irão oferecer aos viajantes portugueses uma gama mais diversificada de opções de viagem em Cuba.

A programação para o verão de 2025 foi reforçada com duas operações semanais: Varadero, com partidas todos os sábados de 3 de maio a 18 de outubro, e Cayo Santa Maria, com partidas todas as quintas-feiras de 24 de junho a 2 de setembro, enquanto irá também manter as operações charters para Havana e Cayo Coco durante o verão do próximo ano.

“Cuba é um destino especial, que tem vindo a ganhar atração entre os turistas portugueses”, refere Luís Santos, diretor Comercial da Soltour para Portugal e Espanha, avançando que “estamos seguros de que a visibilidade e atratividade do destino continuarão a consolidar-se no mercado português”.

Com a programação da Soltour, os agentes de viagens nacionais terão ao seu dispor um produto diversificado, que responde diretamente aos diferentes propósitos de viagem dos seus clientes – seja para quem procura experiências de relaxamento à beira-mar, férias em família ou um city break tropical. Cuba é também um destino ideal para lua-de-mel, muito devido à oferta de excelência no capítulo do alojamento, em que se destacam os resorts de classe mundial nas zonas costeiras. Assim, para os viajantes que pretendem conhecer o país de forma mais aprofundada, a Soltour promove circuitos em Cuba.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Distribuição

Airmet vai reunir 450 profissionais do turismo na que considera maior convenção de sempre

A Airmet vai reunir, na sua 20ª Convenção, em Angra do Heroísmo (Terceira-Açores), entre os dias 21 e 24 deste mês, 450 profissionais do setor do turismo. A rede de gestão de agências de viagens já considera a sua maior convenção anual de sempre.

Publituris

O evento contará com agentes de viagens, operadores turísticos e figuras de destaque do setor, como o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, a secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral e o presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Álamo Meneses.

Segundo indica a Airmet, em nota de imprensa, a adesão recorde “reflete a relevância desta iniciativa e destaca o papel da Airmet como a rede de gestão de agências de viagens com maior crescimento em Portugal”.

Miguel Quintas, Chairman da rede considera que “reunir 450 profissionais num evento desta magnitude demonstra a força das nossas agências de viagens e a confiança que as mesmas depositam na Airmet”, para reforçar que esta convenção “simboliza o crescimento, a inovação e o impacto que temos gerado ao longo dos anos. É um momento de celebração, mas, acima de tudo, de união e visão estratégica para o futuro”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Distribuição

Maldivas é novamente destino da Sonhando

As Maldivas voltam à programação da Sonhando em 2025, e operador turístico tem no mercado uma oferta especial.

Publituris

Em pacote de sete noites, o operador turístico lança no mercado uma oferta especial para as Maldivas, com voos da Emirates ou da Turkish Airlines, entre novembro de 2024 e outubro de 2025.

Os preços deste pacote, no Ecoboo Maldives, de quatro estrelas, tem valores desde 2.360 euros por pessoa em alojamento duplo, em regime de pensão completa.

Além das passagens aéreas em classe económica, com direito a um volume de bagagem até 20kg por pessoa, este programa inclui transporte aeroporto – hotel – aeroporto (speedboat), estada de sete noites no hotel escolhido e no regime indicado, quarto standard, taxas e seguro de assistência em viagem modalidade Silver Plus.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Distribuição

Solférias promove Carnaval no Rio de Janeiro

O operador turístico Solférias está a promover no mercado pacotes de cinco dias para o Carnaval 2025 no Rio de Janeiro em voos diários da TAP, tanto de Lisboa como do Porto.

Publituris

“Vem viver a experiência do Carnaval mais famoso do mundo no coração do Rio de Janeiro. Prepara-te para dias de pura alegria, samba, desfiles deslumbrantes e uma energia contagiante. Do sol de Copacabana ao ritmo das escolas de samba, o Rio de Janeiro convida-te a embarcares numa aventura inesquecível”, é este o convite que o operador turístico faz ao mercado.

As partidas estão agendadas de 2 de fevereiro a 04 de março, em voos diários da TAP, seja de Lisboa, seja do Porto.

Este pacote de cinco noites tem preços desde 1.636 euros por pessoa em alojamento duplo, para as chegadas diurnas, enquanto, para as chegadas noturnas, o mesmo programa tem valores que começam nos 1.692 euros por pessoa.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Distribuição

TravelGEA passa a oferecer o vasto portefólio da Expedia

A TravelGEA passa a integrar o vasto portefólio da Expedia, ao abrigo de uma nova parceria estratégica com esta plataforma de reserva de hotelaria. O processo ficou concluído em outubro, e o Grupo GEA está empenhado em garantir uma implementação rápida e eficiente, assegurando que as agências do grupo possam começar a beneficiar desta parceria o mais rapidamente possível.

Publituris

Esta integração permitirá que as agências de viagens associadas GEA tenham acesso a uma oferta mais diversificada e competitiva, beneficiando diretamente os seus negócios e respetivos clientes.

O portefólio de hotelaria da Expedia, reconhecido mundialmente pela sua amplitude e qualidade, será agora acessível às agências do grupo GEA, oferecendo-lhes uma gama mais ampla de opções para atender às necessidades dos viajantes modernos, uma colaboração que “reflete o compromisso da TravelGEA em proporcionar as melhores soluções do mercado às agências do grupo GEA e, consequentemente, aos seus clientes”, indica a rede de gestão de agências de viagens, em comunicado.

Carlos Baptista e Pedro Gordon, administradores da GEA Portugal, acreditam que esta parceria irá reforçar significativamente a capacidade da rede de oferecer uma oferta diversificada e competitiva. “Esta integração é um passo importante na nossa estratégia de expansão e melhoria contínua dos serviços que oferecemos às agências de viagens associadas da GEA por intermédio da TravelGEA”, destacaram”.

Já Ricardo Correia, diretor Comercial da TravelGEA, considera que “este é mais um passo para fortalecer a qualidade do produto que oferecemos na TravelGEA, de forma exclusiva aos associados GEA”, para indicar que o projeto de produto hoteleiro foi lançado em meados de 2024 e “esta integração reforça a competitividade do produto e a estratégia de crescimento para 2025”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Distribuição

Solférias recompensa agentes de viagens com visita à Disneyland Paris

Os nove melhores vendedores da campanha de reservas antecipadas para 2025, lançada, em agosto, pela Solférias e Disneyland Paris e, em simultâneo, um desafio “Vender igual a Receber” promovida pelo operador turístico, tiveram direito a uma viagem ao parque de diversões.

Publituris

Foram justamente os nove melhores vendedores desta campanha que a Solférias e a Disneyland Paris, com apoio da TAP Air Portugal, acolheram nos passados dias 8, 9 e 10 de novembro no destino mais mágico do planeta.

De acordo com o operador turístico, foram três dias intensos e cheios de aventuras, bons momentos, mil fotos, vídeos, posts e histórias para contar, mas também de conhecimento sobre os parques, atrações, restaurantes e demais experiências e partilha de informações.

A Solférias indica ainda, na sua nota de imprensa que os dias passados por este grupo de agentes de viagens na Disneyland Paris, foram fundamentais para um maior conhecimento e “dicas” para partilhar com colegas, e, claro, para melhor aconselharem os viajantes que escolhem este parque de diversões.

A Solférias lembra aos agentes de viagens que esta foi apenas mais uma das múltiplas ações de partilha, formação, convívio e premiação durante este ano, prometendo que 2025 ainda será melhor.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Distribuição

Ávoris em roadshow para mostrar oferta da Jolidey e Travelplan 2025

O grupo Ávoris vai percorrer as cidades do Porto, Coimbra e Lisboa, em roadshow, numa parceria com a Hyatt. Uma oportunidade para dar a conhecer as novidades dos operadores turísticos do grupo Jolidey e Travelplan para 2025, bem como da marca hoteleira internacional.

Publituris

O roadshow do Grupo Ávoris começa no Porto, no próximo dia 19 de novembro, pelas 19 horas no Hotel Crowne Plaza, seguindo no dia seguinte para Coimbra, onde a sessão de apresentação acontece no Hotel Vila Galé daquela cidade, para terminar em Lisboa, à mesma hora, no Hotel Marriott.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Distribuição

CATAI coloca no mercado programação de venda antecipada 2025

A CATAI, operador turístico do grupo Ávoris, acaba de disponibilizar ao mercado a sua nova programação de venda antecipada para 2025. O cliente que antecipar a sua reserva, com um mínimo de 30 dias, poderá aproveitar até 7 % de desconto.

Publituris

A programação 2025 do operador turístico CATAI, que já está no mercado, tem sugestões para a Europa, Médio Oriente, Ásia, América de Norte a Sul, como para Nova Zelândia e Polinésia.

Para além dos clássicos, que o operador turístico repete, pela sua grande receção ano após ano, a CATAI continua a descobrir outras alternativas de viagens: Joias dos Fiordes, para descobrir a Noruega; Pérolas da Ásia, para combinar três interessantes países: Malásia, Singapura e Indonésia; o Essencial do Este Americano, para percorrer as cidades mais emblemáticas do este dos Estados Unidos. Estas são algumas das novas propostas.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2024 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.