Longa vida ao Publituris
É incrível pensar que uma marca chega aos 50 anos de vida, mais incrível é pensar que essa marca pertence ao sector media, que, talvez de todos os sectores de […]
Carina Monteiro
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É incrível pensar que uma marca chega aos 50 anos de vida, mais incrível é pensar que essa marca pertence ao sector media, que, talvez de todos os sectores de actividade, seja aquele que ainda não encontrou o seu modelo de negócio. Quebra das vendas e/ou das assinaturas e da publicidade foi uma mistura explosiva com a abertura dos conteúdos online. Mas isso não trouxe apenas o desafio de encontrar novas formas de receita, o online, na verdade, ajudou à democratização e à difusão da informação e colocou os media, generalistas e especializados, no mesmo pé de igualdade e, isso, na minha opinião, só pode ser benéfico. Voltando aos 50 anos do Publituris, qual o segredo para a longevidade do jornal? Arriscando uma opinião, diria que o segredo é este: tratar o projecto com uma marca e não como uma empresa. O Publituris não é uma empresa, é uma marca; e, por isso, sobreviveu a mais do que uma administração; o Publituris não são os seus directores, jornalistas, comerciais ou designers, o Publituris é uma marca, e, por isso, teve vários directores, jornalistas, comerciais e designers. Quando as marcas são bem pensadas e bem cuidadas por quem nelas trabalha, as marcas tornam-se intemporais, ultrapassam as pessoas e tornam-se relevantes, necessárias e respeitadas. Olho para o Publituris com um enorme respeito e honra de fazer parte de um projecto que se tornou uma marca respeitada, credível e inovadora. Recebi esse legado, quero mantê-lo e passá-lo. Nuno Rocha lançou a semente, o que sucedeu a seguir com Belmiro Santos foi de extrema importância para o que é hoje o Publituris. Belmiro Santos tornou o Publituris relevante para os leitores e deu notoriedade à marca. O que estamos a fazer agora é manter o seu legado, na certeza que se o fizermos bem, o Publituris terá longa vida. Nesta edição especial de comemoração dos 50 anos, assinalamos a data com algumas iniciativas que gostaria de chamar a atenção do leitor: além dos artigos de opinião de colaboradores e ex-secretários de Estado do Turismo, o Publituris faz a recriação de oito capas entre o período de 1990 e 2005, numa espécie de antes e depois. Na maioria dos casos, os temas mantêm-se actuais. Um agradecimento especial aos entrevistados que, sem receio das diferenças temporais, aceitaram o desafio. A não perder também a leitura do artigo especial que relaciona o Turismo com os principais acontecimentos do País nos últimos 50 anos. Falamos da Revolução de 1974, da entrada na CEE, da Expo’ 98, do Euro 2004 e da crise económica e financeira de 2008. O que estava acontecer no Turismo nestes cinco importantes momentos para o País? Por último, o meu agradecimento a todos os que colaboraram no passado e colaboram actualmente com o Publituris. É certamente também deles a responsabilidade de ter cuidado desta marca aos longo destes 50 anos. Aos leitores, parceiros e anunciantes, por estarem ao nosso lado e desse lado.