Porque é o vídeo tão importante para o Turismo?
Leia a opinião por Nuno Carvalho, da Click and Play.

Publituris
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Era verão e estávamos nos anos 80, mais concretamente a 1 de Agosto de 1981 e a MTV estreava a sua primeira emissão televisiva com o tema “Video Kill The Radio Star” dos Buggles. Esta música representou na altura uma provocação para a indústria musical que via surgir um gigante de promoção chamado: “Videoclipe” que prometia abafar as “estrelas” da rádio.
Começava assim em massa a promoção e divulgação das bandas musicais através do vídeo.
Daí para cá é história, milhares de videoclipes encheram-nos os olhos durante anos, a imagem em movimento associada à música criava um impacto muito maior junto do espectador quando comparado com a rádio, a possibilidade das bandas aumentarem rapidamente os seus fãs estava à vista de todos. E assim foi, o vídeo veio revolucionar o ‘show biz’, aumentar o ‘starsystem’ e assim todos nós ficámos mais perto dos artistas, mais fãs e com mais vontade de os ir ver ao vivo.
Sim está a ler o Publituris e não o Blitz, mas se pensarmos bem o mesmo está a acontecer com a promoção do Turismo e não só.
O vídeo pode fazer hoje pela indústria do Turismo o mesmo que fez pela música. Com um filme, o turista pode sentir as emoções de estar no seu hotel de eleição ou naquele destino que ainda não conhece, imaginar-se a percorrer aquelas praias, mergulhar naquela piscina, terminar o dia num spa decorado de pétalas vermelhas ou vibrar com um pôr do sol que nunca tinha imaginado.
Emoções, esta é a palavra de ordem, é isso que nos separa das máquinas e é isso que estamos sempre em busca, quem viaja tem sede de conhecer mais, de ir e voltar a ir. Claro que pode consultar dezenas de fotos e até dar um passeio com o ‘google street’, sim o ‘google street’ é uma óptima ferramenta para espiar onde vai ficar na sua próxima viagem ou onde não vai querer ficar…mas também é vazio de emoções e sensações, não vende como é estar naquele local.
Um bom filme, por outro lado, leva-o lá, mas leva-o com os olhos e com o coração, faz senti-lo como é estar naquele sítio, conhecer aquelas pessoas e sentir aquele atendimento especial como ele realmente é.
Há uns tempos na nossa agência filmámos para uma conhecida cadeia de hotéis uma série de vídeos onde incluía testemunhos reais de clientes, cada hóspede relatava para a câmera como tinha sido a sua experiência naquela unidade hoteleira e recordo-me de um simpático senhor inglês que ao falar desta unidade em Cascais dizia algo como “And this one is the nearest place like home i´ve ever been”, bom se vir isto escrito no site do hotel pode imaginar que foi inventado ou que foi dito pelo cliente só para agradar, no entanto, se vir e ouvir o cliente no filme vai logo perceber que o discurso é absolutamente genuíno e sincero e isto só o vídeo é capaz. Quem vê acredita e sente o que está a ser dito.
Mas além destas vantagens há agora uma outra grande mudança.
Até há uns anos, um vídeo publicitário só servia para ser divulgado na televisão, o que implicava elevados custos para pagar uma campanha de publicidade e, portanto, só acessível a grandes marcas com budgets de marketing bem musculados sempre para cima dos 100k.
Mas a internet tudo mudou e como mudou, com velocidades de acesso cada vez mais rápidas, com smartphones cada vez mais smarts, o vídeo está na mão de todos, acessível a todos, em todo lado, o tempo todo. Agora as marcas podem promover o seu serviço ou produto com uma fração do budget necessário há uns anos e assim chegar com muito mais precisão à sua audiência.
Uma cadeia hoteleira pode, por exemplo, facilmente criar um vídeo promocional em inglês e fazer uma campanha Youtube só para o mercado do Reino Unido e assim conseguir levar a sua marca além fronteiras e converter, por exemplo, a campanha em novas reservas. Esta é a maravilha do novo mundo digital, versátil, ágil e sem fronteiras, a internet é, sem dúvida, a nova TV. Mas como acontece com todos os progressos existem sempre fraquezas a acautelar.
O vídeo pode também ser uma ferramenta que despromove uma marca, um hotel pode ter no Youtube um filme feito no smartphone de um cliente com a sua criança aos pulos na piscina, mas lá atrás aparece na imagem aquela cadeira partida caída no chão que nada dignifica o hotel e que ia ser substituída naquela tarde…grande azar! E como se resolvem estas situações? não se resolvem…a internet é completamente democrática neste campo, mas há truques para estes vídeos poderem ter menos impacto.
Se este mesmo hotel tiver um vídeo profissional oficial do hotel no Youtube, com as keywords certas, com um thumbnail apelativo, com uma associação do canal ao site oficial, e se o vídeo até teve algum investimento em campanha publicitária no Youtube… então certamente na próxima busca o Google vai destacar para a primeira posição este vídeo e assim menos clientes vão ver o filme da cadeira estragada. Vão assistir a um vídeo profissional, pensado e filmado para mostrar o melhor que a unidade tem para oferecer aos seus clientes. Cada dia que passa é cada vez mais importante ter um bom filme e assim fugir de vídeos que não acrescentem valor, é que feitas as contas são carregadas no Youtube mais de 300h de vídeos a cada minuto que passa… e esperemos que nenhum seja um mau vídeo da sua marca.
No entanto, calculados os prós e os contras, o vídeo na internet é, sem dúvida, a melhor forma de promoção de qualquer marca, produto ou serviço, sempre o foi durante anos e anos, só que agora está acessível a todos e à vista de todos e já não há como voltar atrás… ou como dizia a canção: “Video killed the radio star, In my mind and in my car, we can’t rewind we’ve gone to far”.
*Por Nuno Carvalho, Click and Play