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Modificações no Fundo de Garantia decorrentes da nova Directiva das Viagens Organizadas

Leia a opinião do advogado e professor Carlos Torres.

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A nova disciplina europeia das viagens organizadas – Directiva (UE) 2015/2302, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de Novembro de 2015 – é compatível com o fundo de garantia de viagens e turismo (art.º 31º e segs. LAVT), embora tenham de ser introduzidas importantes alterações.

 

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Pretende o legislador europeu que “os viajantes que adquirem uma viagem organizada sejam plenamente protegidos em caso de insolvência do organizador”  (considerando nº 39 da Directiva).

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A primeira alteração do novo quadro europeu respeita precisamente aos viajantes, termo intencionalmente mais amplo que o de consumidor. Por essa razão, o fundo de garantia que actualmente responde solidariamente pelo pagamento dos créditos de consumidores decorrentes do incumprimento de serviços contratados às agências de viagens (art.º 31º/1 LAVT) terá, após a transposição da directiva, de proteger também os “representantes das pequenas empresas ou profissionais que reservam viagens relacionadas com a sua atividade comercial ou profissional através dos mesmos canais de reserva que os consumidores” porquanto “esses viajantes precisam muitas vezes de um nível de proteção equivalente” (considerando n.º 7).

 

Esta maior abrangência acarreta que os viajantes de negócios, incluindo os profissionais liberais, os trabalhadores independentes ou outras pessoas singulares –  desde que não reservem serviços de viagem com base num acordo geral, solução influenciada pelo lobby da GEBTA para excluir o segmento corporate da aplicação da directiva – terão de ser protegidos pelo fundo de garantia.

 

Em segundo lugar, determina-se que os viajantes se encontrem plenamente protegidos em caso de insolvência do organizador: “Os Estados-Membros onde estejam estabelecidos organizadores deverão assegurar que estes deem garantias de reembolso de todos os pagamentos efetuados pelos viajantes ou por conta destes e, na medida em que a viagem organizada inclua o transporte de passageiros, do repatriamento dos viajantes, em caso de insolvência dos organizadores.” (considerando nº 39).

 

Sucede que o fundo de garantia não assegura tal objectivo, porquanto tem um montante máximo global, por cada ano civil, de um milhão de euros (art.º 31º/2 LAVT). Como tenho vindo a alertar, o actual sistema padece de várias fragilidades, decorrentes sobretudo do propósito de proteger as grandes empresas em detrimento das pequenas e médias, não consagrando contribuições proporcionais ao volume de negócios e ao risco criado pelos tour operators – penalizando os mais pequenos e aliviando consideravelmente as organizações que facturam montantes elevados  – não protegendo adequadamente os consumidores em caso de insolvência. Um grande operador que vai facturar dezenas ou centenas de milhões, paga 2 500€ (art.º 32º/1 LAVT), precisamente o mesmo que um pequeno empresário que vai revender os pacotes elaborados por aquele e que facture anualmente 500 000€.

 

O problema agrava-se sobretudo pela apetência que o nosso fundo de garantia  pode gerar em operadores doutros Estados-membros, que pretendam poupar anualmente uns milhares de euros ou, mais grave, fugirem às crescentes exigências, designadamente garantias pessoais, que bancos ou seguradoras lhes impõem para continuarem a desenvolver a sua actividade.

 

Certamente em razão da diversidade existente, a nova directiva não institui qualquer modelo. Podem, assim, os Estados-membros manter “o seu poder discricionário quanto à forma como a proteção em caso de insolvência deve ser instituída” designadamente por bancos, seguradoras ou de um fundo de garantia.

 

Há  sobretudo que ter em conta o princípio do reconhecimento mútuo da protecção em caso de insolvência, consagrado no nº 1 do art.º 18º da Directiva: “Os Estados-Membros reconhecem que cumpre os requisitos das suas disposições nacionais de transposição do artigo 17º a proteção em caso de insolvência oferecida por um operador nos termos de tais disposições de transposição do Estado-Membro no qual esse operador está estabelecido.”.

 

Ora, atendendo à liberdade de estabelecimento, consagrada por outro importante instrumento europeu – a Directiva Bolkestein (ver considerando 34 e art.º 4º) – os operadores poderão ser tentados a escolher os sistemas  de protecção da insolvência mais favoráveis, sendo que em Portugal temos um bastante atractivo: um pagamento único de 2 500€, ainda que a facturação atinja 100, 200 ou 300 milhões.

 

Não se trata infelizmente de uma fantasia, bastando atentar no caso, presente à Comissão Europeia, de um operador inglês, cuja facturação é superior a 40 milhões de euros, que preferiu “migrar” para um fundo de garantia das Baleares que dispõe de uma verba que não chega aos 60 000€.

 

Para além da plena protecção, a nova directiva impõe a sua efectividade, isto é   “que a proteção esteja disponível logo que, em consequência de problemas de liquidez do organizador, os serviços de viagem não sejam ou não venham a ser executados, ou venham a sê-lo apenas parcialmente, ou no caso de os prestadores de serviços exigirem o respetivo pagamento aos viajantes” como será o caso do hotel onde se encontravam a passar férias exigir o pagamento total ou parcial da estada.

 

Ora, de harmonia com o considerando 40, a efectividade pressupõe a cobertura dos montantes previsíveis dos pagamentos afectados pela insolvência do organizador e dos custos de repatriamento previsíveis pelo que “de um modo geral, que a garantia tem de abranger uma percentagem suficientemente alta do volume de negócios do organizador no que respeita a viagens organizadas, e pode depender de fatores como o tipo de viagens organizadas vendidas, incluindo o meio de transporte, o destino de viagem, bem como eventuais restrições legais ou os compromissos do organizador relativamente aos montantes dos pré-pagamentos que pode aceitar, e o prazo de pagamento antes do início da viagem organizada.”.

 

A actualização da garantia em razão da variação da facturação do organizador é outro dos aspectos avançados pelo legislador europeu: “Caso a cobertura necessária possa ser calculada com base nos dados comerciais mais recentes, por exemplo o volume de negócios do último exercício, os organizadores deverão ser obrigados a adaptar a proteção em caso de insolvência na eventualidade de riscos aumentados, incluindo um aumento significativo na venda de viagens organizadas.”

 

O sepulcral silêncio associativo em torno da exclusão da responsabilidade solidária dos retalhistas com os operadores, deixa também algumas interrogações sobre a futura conformação do fundo de garantia.

 

Concluindo, as implicações da nova directiva no fundo de garantia serão significativas, sem contar naturalmente com a nova categoria dos serviços de viagens conexos, que não estão tratados no presente texto.

 

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Enoturismo

Enoturismo no Centro de Portugal em análise

As XII Jornadas de Enoturismo, que abriram esta quarta-feira, no Centro Cultural e de Congressos de Aveiro, promovem, durante dois dias, a reflexão e o debate sobre o enoturismo no Centro de Portugal, incentivando a troca de ideias e experiências entre participantes e especialistas do setor.

O evento é organizado pelas regiões vitivinícolas do Centro de Portugal – Bairrada, Dão, Beira Interior, Lisboa e Tejo, com o apoio da Turismo Centro de Portugal (TCP), da Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra.

A sessão de abertura contou com intervenções de José Pedro Soares, presidente da Comissão Vitivinícola (CV) da Bairrada, Jorge Brandão, vogal do Programa Regional Centro 2023, Rogério Carlos, vice-presidente do Município de Aveiro e, em mensagens por vídeo, José Ribau Esteves, presidente do Município de Aveiro, e Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo.

O dia de quarta-feira ficou ainda marcado por um painel de discussão, sob o tema “Enoturismo: Percurso e Perspetivas”, que teve como intervenientes Adriana Rodrigues e Sílvia Ribau, da TCP, e José Pedro Soares, da CV da Bairrada. Na questão “Qual o maior desafio ao desenvolvimento do enoturismo no Centro de Portugal”, os participantes do painel destacaram a “articulação entre os diversos atores” e a “mudança das preferências do consumidor”. Já quanto aos pontos fortes do enoturismo na região, os mais referidos foram “diversidade”, “autenticidade”, “paisagem”, “qualidade” e “gastronomia”, sendo os pontos fracos a “comunicação”, a “promoção” e o “investimento”.

“Concorrência” e “alterações climáticas” foram as principais ameaças identificadas pela assistência, enquanto “inteligência artificial”, “diversidade” e “localização” foram as oportunidades mais referidas. A terminar, a questão “que imagem tem o enoturismo na região” recebeu como respostas preferenciais a “diversidade” e o “potencial”.

O segundo painel do dia, dedicado ao tema “A Arte do Storytelling”, teve a participação de Nuno Madeira, gestor do produto Enoturismo do Turismo de Portugal, Elaine de Oliveira, sommelier e jornalista, e Cláudia Camacho, perfumista.

No segundo e último dia das Jornadas, que decorrem esta quinta-feira, terão lugar mais três painéis, sobre “A Criação de uma Experiência Memorável”, “Da Mesa à Descoberta – O Papel dos Sommeliers” e “Os Desafios do Setor: Autêntico, Inteligente e Sustentável”.

O programa inclui ainda workshops e visitas a quintas e adegas da Bairrada, proporcionando aos participantes uma imersão nas experiências enoturísticas da região.

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ESHTE regista aumento de 25% em estágios internacionais

A instituição tem sido requisitada por cadeias de hotéis da Grécia, Espanha e Dubai, que procuram estudantes de hotelaria e turismo desta escola para estágios.

A Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE) aumentou em 25% no número de estagiários colocados fora do país.

De acordo com a instituição, 112 dos 754 estagiários do ano letivo 2023/2024 foram colocados em estágios fora do país, em 16 latitudes – um aumento de 25% face ao ano letivo anterior, em que foram registados 90 estágios internacionais.

No pódio de destinos surgem a Grécia – principalmente os grupos Sani/Ikos e Nana Hotels –, que acolheu mais de metade dos estudantes (53%), seguida de Espanha (18%) e do Dubai (10%), na sequência de um protocolo celebrado com o grupo Jumeirah Hotels and Resorts.

A lista de destinos onde os estudantes da ESHTE estão a cumprir períodos de formação remunerada incluem ainda Marrocos, Cabo Verde, Inglaterra, França, Chéquia, Países Baixos, Canadá, St. Martin, São Tomé e Príncipe, Irlanda do Norte, Alemanha, Áustria e Dinamarca.

Os 112 estudantes a cumprir estágios internacionais provêm das cinco licenciaturas da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, com predominância do curso de Direção e Gestão Hoteleira, seguido de Produção Alimentar em Restauração, Gestão Turística, Informação Turística e Gestão do Lazer e Animação Turística.

“Na ESHTE, os estágios têm um caráter obrigatório, logo no segundo ano, porque são fundamentais para a ambientação dos estudantes ao contexto do mercado de trabalho, e não raras vezes resultam em propostas de trabalho após a conclusão dos cursos. O nosso ensino com pendor aplicado é muito valorizado pelo mercado e a procura pelos nossos estudantes continua a superar largamente a oferta”, salienta Carlos Brandão, presidente da instituição.

No seguimento da aposta na oferta de estágios internacionais, a ESTHE abriu portas para um evento da Placement International, uma empresa suíça de recrutamento e colocação especializada na indústria de hospitalidade de luxo.

Na sessão, realizada no Auditório do Centro de Incubação de Base Tecnológica do Turismo (CIBT), a Placement International apresentou um portefólio com diversas opções de estágios internacionais, com enfoque em dois hotéis Ritz-Carlton localizados na Flórida, nos Estados Unidos da América.

“A procura internacional é uma tendência que tem vindo a acentuar-se e os indicadores apontam para um contínuo crescimento ao longo dos próximos anos. Por um lado, é o reflexo de um mundo cada vez mais globalizado. Por outro, reflete o desejo dos próprios estudantes. Não são apenas as questões financeiras que os movem, mas sim o desejo de ter uma visão mais alargada, de trabalharem pela primeira vez fora do país e, regressando, evoluírem na carreira com mais mundo, com maior conhecimento sobre diferentes realidades”, sintetiza João Pronto, professor-adjunto e coordenador de estágios da instituição.

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easyJet abre primeira rota desde o Reino Unido para Cabo Verde em março de 2025

A easyJet anunciou a abertura, a partir de 31 de março de 2025, de uma nova rota entre o Reino Unido e o Sal, em Cabo Verde, assim como o início das ligações entre Londres-Luton e a Madeira, que arrancam a 2 de junho do próximo ano.

A easyJet anunciou que, a partir de 31 de março de 2025, vai passar a ligar diretamente o Reino Unido a Cabo Verde, numa rota entre o aeroporto de Gatwick, em Londres, e a ilha do Sal, em Cabo Verde, que vai contar com três voos por semana.

A rota para o Sal desde Gatwick, sublinha a easyJet num comunicado enviado à imprensa, surge depois do arranque dos voos da companhia aérea para o destino com partida de Lisboa e Porto, que arrancaram a 29 e 30 de outubro, respetivamente.

Os voos da easyJet entre o Aeroporto de Gatwick e o Sal vão acontecer três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas-feiras.

“A abertura de novas rotas é sempre um passo significativo e reflexivo do nosso compromisso com a acessibilidade e a ampliação das opções de viagem mais acessíveis e convenientes para os nossos passageiros”, refere José Lopes, diretor-geral da easyJet Portugal.

A par da nova rota desde o Reino Unido para o Sal, a easyJet anunciou também, a partir de 2 de junho de 2025, uma nova rota entre Londres-Luton e a Madeira, numa operação que vai contar com dois voos por semana, às segundas e sextas-feiras.

“Estamos entusiasmados por oferecer conexões diretas que refletem o crescimento da procura por viagens internacionais e permitem a ligação entre Portugal e mais destinos atrativos”, acrescenta José Lopes.

Mais informações e reservas disponíveis através do website da companhia aérea, que está disponível aqui.

 

 

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Marrocos pretende ser destino preferencial tanto para turistas como para investidores

Marrocos está prestes a tornar-se um destino de eleição tanto para investidores como para turistas, graças ao seu rápido desenvolvimento e à sua posição estratégica, afirmou, em Casablanca, o diretor geral da Sociedade Marroquina de Engenharia Turística (SMIT), Imad Barrakad.

A trajetória de crescimento de Marrocos é impressionante e o potencial de expansão contínua nos próximos meses e anos é considerável, sublinhou Imad Barrakad na abertura da cimeira de sobre Turismo, Hospitalidade, Investimento.

Neste contexto, e citado pela imprensa local, sublinhou a importância da cidade de Casablanca, principal centro económico de Marrocos, especificando que encarna um equilíbrio perfeito entre a vida contemporânea e um rico património, tornando-se um destino essencial para quem procura experiências culturais ou oportunidades de investimento.

Além disso, o diretor geral da SMIT indicou que Marrocos, graças às suas ambiciosas reformas económicas e à sua abertura aos investimentos estrangeiros, posiciona-se como um ator-chave na região, observando que a implementação de projetos de infraestruturas modernas contribui significativamente para melhorar a sua atratividade.

Igualmente, o diretor geral da API Events, Murray Anderson, citado também pela imprensa marroquina, destacou o progresso do país, que está a tornar-se rapidamente um líder mundial em turismo, com potencial cada vez maior.

Com a sua rica cultura, localização estratégica e mercados prósperos, o país está bem posicionado para um crescimento sustentado no setor do turismo, observou, acrescentando que os ativos fundamentais de Marrocos fazem dele um destino preferido para investimentos internacionais.

Anderson reafirmou o compromisso da API Events em apoiar esse crescimento, reunindo investidores, operadores, desenvolvedores, banqueiros e parceiros financeiros de todo o mundo, destacando a importância deste evento, que constitui uma plataforma para explorar oportunidades de investimento, fortalecer o engajamento com os mercados dinâmicos de Marrocos e contribuir para o desenvolvimento global do setor.

Co-organizada pela SMIT e API Events, em Casablanca, esta cimeira reuniu mais de 300 investidores, hoteleiros e líderes turísticos de 15 países, e ofereceu aos participantes a oportunidade de descobrir o potencial deste mercado.

Para além de conferências e painéis, este evento facilitou reuniões de negócios que visaram fortalecer os laços entre os principais intervenientes da indústria hoteleira e turística e promover o investimento no setor em Marrocos.

As discussões centraram-se em temas estratégicos como o desenvolvimento da infraestrutura hoteleira, a diversificação da oferta turística e a integração de tecnologias na gestão do setor turístico.

 

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Análise

Do “Green Washing” ao “Green Hushing”

A poucos dias do final da COP29, a DoGood People alerta para o facto de haver cada vez mais empresas a optarem por não comunicar as suas práticas de sustentabilidade, o que pode prejudicar a transparência e a confiança dos stakeholders.

Um novo fenómeno global – “Green Hushing” – parece estar a surgir no mundo empresarial, alerta a DoGood People, salientando que são cada vez mais as empresas que optam por manter em silêncio as suas práticas sustentáveis, visto terem receio do escrutínio público e de serem acusadas de praticar “Green Washing”.

Enquanto o “Green Washing” é uma ação deliberada para influenciar os consumidores, levando-os a pensar que uma determinada empresa é sustentável através da comunicação de uma narrativa falsa ou incoerente, o “Green Hushing” é uma “escolha intencional” de não comunicar verdadeiras práticas responsáveis, com o objetivo de evitar acusações de “Green Washing”.

Com a grande maioria das empresas a considerar que a comunicação de objetivos sustentáveis é relevante para o sucesso comercial, a solução corporativa de ESG que visa otimizar o envolvimento e impacto dos colaboradores na estratégia das suas empresas, alerta que, ainda assim, “muitas empresas estão a considerar manter estrategicamente o silêncio sobre as suas ações e outros progressos em questões de sustentabilidade”.

De acordo com o “Net Zero Report 2024”, um estudo da South Poul, o fenómeno é cada vez mais comum, sendo que 44% das empresas afirmam que a comunicação sobre ações de sustentabilidade é cada vez “mais desafiante”. Por consequência, 58% dessas empresas revela a intenção de reduzir a comunicação sobre esta temática.

Embora seja um fenómeno discreto, esta estratégia pode “prejudicar a transparência e a confiança dos stakeholders, enfraquecendo o impacto positivo que a comunicação de práticas sustentáveis poderia gerar”, admite a DoGood People. Além disso, dificulta a criação de benchmarks e a partilha de boas práticas entre setores, essencial para a evolução sustentável global.

Para responder a este desafio, “há que dar importância à construção de uma estratégia de sustentabilidade ao mais alto nível das empresas, integrada nos seus planos de crescimento e não apenas iniciativas levadas a cabo por um departamento isolado”, frisa a consultora.

Assim, quando a narrativa de sustentabilidade de uma empresa está ligada à sua estratégia de negócio, princípios e valores corporativos, ela torna-se transversal a toda a organização e aos seus stakeholders. “Tudo isto contribui para o aumento da confiança interna, mas também externa, o que reduz a vulnerabilidade a acusações de ‘Greenwashing’”, conclui a DoGood People.

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Dicas práticas para elevar a experiência do hóspede

A experiência do hóspede está nos detalhes e na capacidade de surpreender e cuidar

Garantir uma experiência memorável aos hóspedes é essencial para qualquer estabelecimento, seja um hotel, uma pousada ou um alojamento local. A satisfação dos visitantes não depende apenas de um bom atendimento, mas também de detalhes que fazem a diferença no conforto e bem-estar. A seguir, partilhamos algumas dicas práticas para elevar a experiência do hóspede e garantir que a estadia seja inesquecível.

1. Atenção ao detalhe na decoração

A primeira impressão é crucial. O ambiente que o hóspede encontra ao chegar ao quarto pode definir a sua opinião sobre o local. Uma decoração acolhedora, com atenção aos detalhes, pode criar uma atmosfera convidativa. Aposte em cores neutras ou suaves, que transmitam tranquilidade, e certifique-se de que o quarto esteja sempre impecavelmente limpo e organizado. Um detalhe que pode fazer a diferença é a utilização de iluminação indireta e suave, que ajuda a criar um ambiente relaxante, ideal para descansar após um longo dia.

2. Conforto acima de tudo

O conforto físico do hóspede deve ser uma prioridade. Certifique-se de que a cama é confortável e que há várias opções de almofadas para diferentes preferências. Um toque adicional que pode elevar a experiência é oferecer mantas macias e aconchegantes para as noites mais frescas. Esses pequenos detalhes não passam despercebidos e mostram que o alojamento está preocupado em proporcionar o melhor conforto possível.

3. Atenção personalizada

Um dos maiores diferenciais de um bom alojamento é a atenção personalizada. Tente antecipar as necessidades dos hóspedes e ofereça serviços adaptados às suas preferências. Um exemplo simples é deixar uma nota de boas-vindas com o nome do hóspede ou perguntar previamente sobre qualquer preferência alimentar, especialmente no caso de dietas restritivas. Pequenos gestos como estes fazem com que os hóspedes se sintam valorizados e bem tratados, aumentando as chances de retorno ou recomendação.

4. Experiências locais

Oferecer aos hóspedes experiências locais autênticas pode elevar significativamente a qualidade da estadia. Recomendar passeios, restaurantes típicos ou eventos culturais da região demonstra que o estabelecimento está bem conectado com a comunidade e deseja proporcionar uma imersão no destino. Alguns estabelecimentos até oferecem parcerias com guias turísticos ou empresas locais para garantir uma experiência personalizada e única. Além disso, ter guias turísticos, mapas ou brochuras disponíveis no quarto é um gesto simples, mas que pode facilitar muito a vida do hóspede.

5. Tecnologia como aliada

A tecnologia pode ser uma excelente aliada para proporcionar uma experiência moderna e conveniente. Oferecer Wi-Fi de alta velocidade gratuito é praticamente obrigatório nos dias de hoje, mas é possível ir além. Considere a possibilidade de incluir carregadores universais nos quartos, altifalantes Bluetooth ou até tablets com informações sobre o hotel e sugestões de atividades. A chave está em garantir que a tecnologia ofereça conveniência e não se torne uma complicação, sendo intuitiva e de fácil acesso.

6. Limpeza impecável

Não há nada mais desagradável do que chegar a um alojamento e encontrar vestígios de falta de limpeza. Garanta que a limpeza dos quartos, casas de banho e áreas comuns seja feita com rigor e regularidade. O cheiro agradável e a organização dos espaços contribuem para uma sensação de bem-estar. Além disso, certifique-se de que toalhas e roupa de cama estejam sempre impecavelmente limpas e em boas condições, substituindo-as sempre que necessário.

7. Pequenos mimos que fazem a diferença

Por fim, pequenos mimos podem fazer toda a diferença na percepção do hóspede sobre o local. Ofereça garrafas de água, chá ou café de cortesia no quarto, juntamente com snacks ou frutas frescas. Outra ideia é deixar um pequeno kit de cuidados pessoais, como produtos de higiene de qualidade ou um roupão confortável, para que o hóspede se sinta em casa. Esses detalhes inesperados mostram um cuidado adicional e são sempre bem-vindos.

 

A experiência do hóspede vai além do básico; está nos detalhes e na capacidade de surpreender e cuidar. Ao seguir estas dicas práticas, pode transformar uma estadia comum numa experiência memorável, criando uma impressão duradoura e positiva. O foco deve ser sempre o bem-estar do hóspede, proporcionando conforto, personalização e atenção ao detalhe, resultando em mais satisfação e fidelização.

 

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Porto Business School e NOVA IMS lançam novo programa executivo “Business Analytics in Tourism”

O novo programa gratuito “Business Analytics in Tourism”, lançado pelo Porto Business School e NOVA Information Management School – NOVA IMS, e que tem início a 9 de dezembro, capacita profissionais do setor em análise de dados e gestão estratégica, essenciais para a transformação digital e inovação.

O curso, que decorre entre 9 de dezembro de 2024 e 14 de março de 2025, e cujas as inscrições já estão abertas, desenvolvido para capacitar profissionais do turismo em competências avançadas de análise de dados e gestão estratégica, essenciais para a transformação digital e inovação neste setor

Integrado no projeto “Acelerar e Transformar o Turismo” (ATT) e financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o programa visa preparar as organizações turísticas para enfrentar as exigências de um mercado em rápida mudança, promovendo a competitividade, sustentabilidade e inovação na experiência do turista.

Com um total de 68 horas de formação, distribuídas entre módulos online e presenciais, o programa oferece uma experiência prática e orientada para resultados tangíveis. Os participantes terão, assim, a oportunidade de aplicar ferramentas de análise de dados para antecipar tendências e otimizar a experiência turística, adquirir competências em Big Data e Inteligência Artificial (IA) para personalizar serviços e desenvolver estratégias que aumentem a competitividade e diferenciação das suas organizações. A formação será ministrada por especialistas internacionais e focada numa aplicação prática imediata.

Dirigido a profissionais e entidades do setor turístico, incluindo organizações públicas, privadas, startups e associações regionais, o programa é acessível a pessoas de diferentes backgrounds técnicos, promovendo uma experiência de aprendizagem abrangente e inclusiva. Além disso, o programa será certificado, conferindo aos participantes um reconhecimento formal das competências adquiridas.

 

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Travelplan já vende a Gâmbia a sua novidade verão 2025

Em voos diretos do Porto, às quartas-feiras, de 11 de junho a 3 de setembro, o operador turístico do grupo Ávoris, Travelplan, já colocou no mercado as vendas para a Gâmbia, a sua novidade de verão de 2025.

Com preços desde 986 euros por pessoa, em alojamento duplo, o pacote de sete noites “Estadias da Gâmbia”, inclui, para além dos voos diretos em classe turística, transferes aeroporto-hotel-aeroporto em autocarro ou minibus, dependendo do número de pessoas, alojamento em hotel no regime selecionado, taxas aéreas e seguro de viagem.

Já o pacote, também de sete noites “Descobre Gâmbia”, tem valores desde 1.242 por pessoa em alojamento duplo, e engloba também uma série de visitas, como à primeira localidade do sul do país, ou à aldeia de Yuna para conhecer Uncle Johns, colecionadores de vinho de palma, ou à praia de Sanyang “a praia do paraíso” ou ainda ao Museu da Vila Tanje, um local único onde são apresentadas a história natural e a cultura tradicional da Gâmbia.

A proposta é ainda percorrer a rota dos escravos com visitas a Juffereh Albreda e ao mastro da bandeira da liberdade, para conhecer a história de como surgiu o que hoje é um dos monumentos nacionais da Gâmbia desde 1970, bem como à cidade natal do famoso Kunta Kinteh que inspirou Alex Haley no seu best-seller Roots, e ainda ao museu que retrata mais de 400 anos de tráfico de escravos, que contribuíram consideravelmente para o despovoamento do continente.

Haverá ainda tempo para uma viagem de natureza ao longo do rio Gâmbia em canoa moderna. Este percurso muito pitoresco permite desfrutar de algumas das muitas espécies de aves e da vida fluvial enquanto se absorva o ambiente calmo e relaxante que este cruzeiro oferece. Durante a viagem não é incomum ver golfinhos a nadar e a brincar ao lado do barco. Nadar, tomar sol ou pescar são ainda propostas para este dia de passeio.

De acordo com o operador turístico, descobrir a Gâmbia, este país pequeno país da África Ocidental, é uma aventura que permitirá mergulhar na sua rica cultura, história e beleza natural, e onde pode aprender com a sua história, vivenciar a cultura local e desfrutar da hospitalidade gambiana. “Sem dúvida, a Gâmbia tem muito a oferecer aos viajantes que procuram uma experiência autêntica e diversificada”.

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Receitas turísticas sobem 8,9% em setembro e têm aumento superior a mil milhões de euros face à pré-pandemia

No acumulado do ano, a tendência também é positiva e o valor das receitas turísticas chega já aos 22.196,28 milhões de euros, superior ao registado em todo o ano de 2022, de acordo com os dados revelados pelo Banco de Portugal (BdP).

As receitas turísticas somaram, em setembro, 3.077,43 milhões de euros, valor que ficou 8,9% acima de igual mês do ano passado e que traduz um aumento superior a mil milhões de euros face a setembro de 2019, antes da pandemia, de acordo com os dados revelados esta terça-feira, 19 de novembro, pelo Banco de Portugal (BdP).

Os dados do BdP mostram que, face a setembro de 2023, as receitas turísticas subiram 252,42 milhões de euros face aos 2.825,01 milhões de euros que tinham sido apurados no nono mês do ano passado.

Numa comparação com o mesmo mês do período pré-pandemia, a subida é ainda mais expressiva e chega aos 51,6%, já que as receitas turísticas, que se encontram pelos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal, registaram um aumento de 1.047,06 milhões de euros face a setembro de 2019.

Tal como as receitas turísticas, também as importações do turismo, que se encontram pelos gastos dos turistas portugueses no estrangeiro, registaram um aumento de 6,9%, totalizando 732,99 milhões de euros, o que significa um crescimento de 47,63 milhões de euros face aos 685,36 milhões de euros contabilizados em setembro do ano passado.

Comparativamente a 2019, a subida volta a ser também mais expressiva, já que este indicador aumentou 44,3% ou 224,91 milhões de euros face ao mesmo mês do último ano antes da pandemia da COVID-19.

No comunicado que acompanha os números, o BdP explica que as Viagens e Turismo foram fundamentais para o aumento registado na balança de serviços, cujas exportações e importações aumentaram 7,8% e 7,0% em relação a setembro de 2023, o que “reflete, sobretudo, o contributo das viagens e turismo (+252 milhões de euros e +48 milhões de euros, respetivamente)”.

A tendência positiva foi ainda comum ao saldo da rubrica Viagens e Turismo, que chegou aos 2.344, 44 milhões de euros em setembro, o que traduz um crescimento de 9,6% ou 204,79 milhões de euros face ao mesmo mês do ano passado, e de 54% ou mais 822,15 milhões de euros em comparação com setembro de 2019.

Acumulado já ultrapassa valor total de 2022

No acumulado desde janeiro, o valor das receitas turísticas chega já aos 22.196,28, valor que é superior ao registado em todo o ano de 2022 e que representa um aumento de 9,4% ou mais 1.915,88 milhões de euros face aos 20.280,4 milhões de euros que tinham sido apurados em setembro do ano passado.

Tal como as receitas turísticas, também o acumulado das importações do turismo apresenta uma tendência positiva, chegando aos 5.284,48 milhões de euros, o que fica 7,6% ou 372,92 milhões de euros acima dos 4.911,56 milhões de euros apurados até ao mesmo mês do ano passado.

No que diz respeito ao saldo acumulado, a situação volta a ser positiva, uma vez que este indicador chegou aos 16.911,8 milhões de euros, o que traduz um aumento de 9,4% ou mais 1.450,88 milhões de euros face aos 15.460,92 milhões de euros apurados em igual período do ano passado.

 

 

 

 

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Atout France e Business France vão ser uma só a partir do próximo ano

A fusão destas duas estruturas responsáveis pela atratividade de França, uma para investidores estrangeiros e outra para turistas, terá início a partir de 2025, nomeadamente com vista a uma reorganização da sua rede de países estrangeiros e à congregação dos seus recursos.

De acordo com o projeto de lei financeira de 2025, apresentado pelo Primeiro-Ministro francês, Michel Barnier, pretende-se aproximar a Atout France e a Business France, para obter poupanças orçamentais.

Nas restrições orçamentais, o novo Primeiro-Ministro fez esta declaração: “Vamos reunir e agrupar agências, operadores e fundos que têm objetivos comuns, tais como como Business France e Atout France”, acrescentando que “Vamos desenvolver uma cultura de avaliação em todos os lugares. Não poderemos gastar mais. Vamos gastar melhor.”

A imprensa francesa avança que a reforma da Atout France, uma estrutura que emprega 350 pessoas (150 em Paris, 200 no estrangeiro), está em cima da mesa há algum tempo. Em maio, durante uma comissão interministerial de turismo, o executivo anunciou a intenção de modernizar esta agência, que “perdeu o seu dinamismo original”, como reconheceu Dominique Marcel, presidente da Alliance France Tourisme, que reúne pesos pesados ​​do setor. A sua estratégia internacional foi regularmente criticada, assim como o seu distanciamento do tecido económico francês.

Refira-se, também que há pouco mais de 15 anos, a Atout France foi construída a partir da fusão de duas estruturas: Maison de la France e Odit France. Embora não seja do Estado, a agência está colocada sob a tutela do ministro responsável pelo Turismo, e como objetivo promover o turismo em França, realizando operações de engenharia turística e implementando uma política de competitividade e qualidade das empresas do setor, ou seja, define a estratégia nacional de promoção do destino França de acordo com as diretrizes definidas pelo Estado.

A Atout France define, igualmente, a classificação dos alojamentos turísticos coletivos, as famosas estrelas dos hotéis, parques de campismo, parques residenciais de lazer, residências turísticas e aldeamentos de férias. Também está presente em feiras e organiza inúmeros eventos em todo o mundo.

Já a Business France serve a internacionalização da economia francesa. É responsável pelo desenvolvimento internacional das empresas e as suas exportações, bem como pela prospeção e acolhimento de investimentos internacionais em França. Promove a atratividade e a imagem económica do país, das suas empresas e dos seus territórios. Criada a 1 de janeiro de 2015, a Business France resultou da fusão da UBIFRANCE e da AFII (Agência Francesa de Investimentos Internacionais).

 

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