O novo Governo e o Turismo
Leia o artigo de opinião do professor Nuno Abranja, docente da Universidade Lusófona.
Publituris
TP vai alargar número de delegados nos mercados emergentes, segundo o SET
Mercado nacional é mais de 50% do turismo nos Açores, diz Berta Cabral na convenção da Airmet
SET quer sentar à mesa APAVT e ANAV para discutir se vale a pena duas figuras de Provedor do Cliente das agências de viagens
Turismo do Centro quer saber o impacto do turismo na região
“O cliente português é mais exigente que o espanhol”, admite José Luis Lucas (Hyatt Inclusive Collection)
Espanha multa cinco low cost em 179M€ por cobrança indevida de bagagem de mão [Atualizada]
600 aeroportos certificados na gestão do carbono a nível mundial
Museus e monumentos com novos preços de entrada a partir de 1 de janeiro
Ryanair ameaça retirar voos de dez aeroportos em França
São Tomé e Príncipe aumenta taxas aeroportuárias a partir de 1 de dezembro
Temos agora mais quatro anos de legislatura que nos aguçam a curiosidade para o que vai acontecer ao turismo, um parente que não sendo rico nem pobre não tem na verdade conseguido o mérito político que merece pelo efeito multiplicador que incute na economia nacional. Tive assim curiosidade em saber o que os partidos com assento parlamentar, e que têm normalmente lugar nas sondagens, definiram para o turismo no seu programa eleitoral e resumo em seguida.
Encontrámos no plano da Coligação Portugal à Frente a palavra Turismo 21 vezes, associada ao reforço da competitividade, à criação e desenvolvimento de micro e pequenas empresas, à cultura, à economia, ao investimento, à agricultura e à diáspora. A Coligação define claramente como objetivo: “atingir 20 milhões de turistas por ano até 2020, crescer em receitas por turista acima da média dos nossos principais concorrentes, chegar a 2020 como o décimo país mais competitivo do mundo em matéria de turismo(…)”.
O programa eleitoral do PS integra o vocábulo Turismo 34 vezes. Surge associada ao desporto, mar, rios, qualidade de vida, ambiente, floresta, mobilidade, cultura, património histórico e artístico material e imaterial, à língua portuguesa e à lusofonia, ao investimento, empreendedorismo e internacionalização. O Turismo sobrevém ainda no programa articulado com a defesa e forças armadas, assumindo-se como “desejado” na globalidade do programa, pela capacidade de gerar divisas, investimento, emprego e exportações.
De acordo com o programa do PCP encontrámos a palavra Turismo 6 vezes unida ao agroturismo, turismo rural, mar, desenvolvimento regional, economia e competitividade. Pretende combater a sazonalidade e defender o património, a diversificação dos mercados, a internacionalização e a afirmação das regiões de turismo no desenvolvimento regional. Defende o turismo como elementar na coesão económica e social e no atual saldo positivo da balança de bens e serviços.
O BE apresenta o seu plano eleitoral aludindo o termo Turismo 12 vezes, em sinergia com o território, desenvolvimento, cultura, natureza, gestão territorial e emprego com prioridade no turismo “de natureza, rural, de aventura, cultural, gastronómico e cinegético”. Pretende também combater a especulação urbanística que não atrai empregos estáveis, receita ou benefícios locais, e contribuir para a articulação ambiental e territorial com o turismo.
Registamos assim que todos os partidos estão de acordo que o turismo deve garantir a viabilidade económica dos destinos e das empresas nacionais, sem recurso a salários reduzidos e trabalho precário, potenciando as condições de vida da população. É uníssono que a prática turística gera investimento, empreendedorismo e competitividade. Espero eu que com esta posição pública dos partidos trabalhem em conjunto para atribuir ao Turismo o mérito político que merece e que já provas de sobra deu!
*Artigo de opinião do professor Nuno Abranja, docente da Universidade Lusófona.