Novo terminal é mais-valia para Lisboa e custa 23M€
Administração do Porto de Lisboa e consórcio liderado pela Global Liman Isletmeleri assinaram oficialmente o contrato de concessão.
Patricia Afonso
“O que seriam os dados oficiais da economia do país se não fosse o contributo do Turismo?”, pergunta presidente da CTP
Governo pronto para “assumir rédeas da TAP”, admite Luís Montenegro
Madeira, Canárias, Cabo Verde e Açores criam associação para atrair cruzeiros para as ilhas da Macaronésia
Funchal confirma taxa turística para cruzeiros a partir de 1 de janeiro de 2025
Aulas arrancam para 1460 novos alunos das escolas do Turismo de Portugal
Oferta da KLM em Portugal sobe 12% este inverno
“Não utilizamos mais SAF porque não existe e é caro”, diz Luís Rodrigues
“Gostaríamos muito que este Orçamento pudesse ser aprovado e voltássemos à normalidade”, diz presidente da CTP
“Portugal não verifica qualquer impacto negativo devido ao emprego imigrante”, diz Mário Centeno
Turismo acessível é bandeira dos Açores
“Para o Porto de Lisboa, este é um dia especialmente marcante, em que gravamos uma data na longa linha do tempo que constitui a nossa história, o dia em que o Porto de Lisboa deixa de operar directamente qualquer actividade portuária.” Foi desta forma que a presidente da Administração do Porto de Lisboa (APL), Marina Ferreira, começou a sua intervenção, a primeira da cerimónia de assinatura oficial do contrato de concessão de serviço público da actividade de cruzeiros no Terminal de Cruzeiros de Santa Apolónia com o consórcio liderado pela Global Liman Isletmeleri A.S. e composto pelo Grupo Sousa Investimentos SGPS Ld.ª, Royal Caribbean Cruises Ltd. e Creuers del Port de Barcelona S.A.
No seu discurso, Marina Ferreira agradeceu à equipa e à vogal do Conselho de Administração da APL Andreia Ventura o trabalho desenvolvido na área da actividade de cruzeiros e disse esperar continuar o trabalho, desta feita em conjunto com os novos gestores, para desenvolver o sector.
Por sua vez, António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, enalteceu o papel da actividade de cruzeiros no Turismo e na economia, quer local, quer nacional, e falou na relação próspera e frutuosa que a edilidade mantém, nos últimos seis anos, com a APL. O autarca salientou, ainda, a cooperação entre o Governo, a autarquia e a administração portuária.
Também o ministro da Economia, António Pires de Lima, falou nesta cooperação e destacou o contributo e crescimento da actividade de cruzeiros, assim como a perspectiva de incremento desta, na recuperação económica a que se assiste no País: “O Turismo é essencial para o processo de recuperação económica. Não tenho dúvidas de que este consórcio vai criar as bases para o crescimento económico e para o desenvolvimento da região.”
António Pires de Lima expressou ainda a vontade de que o Porto de Lisboa passe a ser ponto de partida e chegada de grandes cruzeiros internacionais, além do actual ponto de passagem, e deu conta das perspectivas do Turismo de Cruzeiros vir a gerar “ganhos” na ordem das “centenas de milhões de euros” após as obras previstas.
O consórcio – cuja constituição divide-se em 40% dos turcos da Global Liman Isletmeleri, 30% dos portugueses do Grupo Sousa Investimentos, 20% dos norte-americanos da Royal Caribbean Cruises e 10% dos espanhóis da Creuers del Port de Barcelona – vai assumir a nova gestão já no dia 26 de Agosto de 2014, por um período de 35 anos, até 2049. O projecto integra o edifício do Terminal de Cruzeiros, da autoria do arquitecto Manuel Carrilho da Graça e que pressupõe um investimento de 22,7 milhões de euros; assim como a melhoria dos espaços envolventes.
O projecto para o Terminal de Cruzeiros de Santa Apolónia, que deverá estar concluído dentro de dois anos, foi escolhido na sequência de um concurso internacional criado para a concessão do serviço público da actividade de cruzeiros, e as diversas entidades presentes na cerimónia enalteceram o trabalho do arquitecto português. Um trabalho considerado uma mais-valia para a cidade de Lisboa, um novo ponto de interesse, que ajudará a transformar o Terminal de Santa Apolónia em mais que um local de embarque e desembarque de viajantes.
Com a gestão e obras levadas a cabo pelos novos responsáveis, estima-se que o actual tráfego de 550 mil passageiros quase que duplique em dez anos e alcance, até ao final da concessão, mais de 1,5 milhões de passageiros.