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Solférias apresenta programação e promove roadshow

Porto, Coimbra, Lisboa e Albufeira serão as cidades a visitar no roadshow.

Liliana Cunha
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Solférias apresenta programação e promove roadshow

Porto, Coimbra, Lisboa e Albufeira serão as cidades a visitar no roadshow.

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Cabo Verde vai continuar a estar em evidência na programação da Solférias, pelo que o operador irá realizar um roadshow dedicado ao destino durante Maio, bem como fará a apresentação oficial da sua programação.

Para o efeito, o operador reservou as datas entre 30 de Março e 1 de Abril para a apresentação, remetendo para mais tarde o anúncio do local que acolherá o evento.

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No que toca ao roadshow nacional, a Solférias escolheu as datas de 15 de Maio, para visitar o Porto, seguindo para Coimbra dia 16, para Lisboa a 17 e a 18 em Albufeira.

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Este roadshow contará com a presença de empresas de Cabo Verde, entre hotéis, companhias aéreas e receptivos locais.

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Soltour com descontos exclusivos nos pacotes de venda antecipada

O operador turístico Soltour oferece descontos de até 200€ sobre os preços de venda antecipada em todos os seus pacotes de viagem. As reservas estão disponíveis até 22 de janeiro de 2025.

A Soltour inicia o novo ano com uma campanha especial que reflete os seus dois principais objetivos estratégicos: a diversificação da oferta e a consolidação de destinos emergentes. Assim, acaba de lançar uma seleção de descontos exclusivos até 200€ nos pacotes de venda antecipada. Esta nova campanha permite às agências de viagens apresentar aos seus clientes ofertas especiais numa variada seleção de destinos, que vão desde cidades europeias às Caraíbas.

Entre os destinos de destaque desta promoção para 2025 está Djerba, na Tunísia, com voos diretos a partir do Porto durante os meses de julho a setembro. Esta operação é uma aposta renovada após um ano inaugural de grande sucesso, refletindo a forte procura por este destino. Já Samaná, na República Dominicana, contará com voos diretos de Lisboa durante todo o verão. Este é um dos destinos mais emblemáticos da programação da Soltour, que é o único operador turístico a disponibilizar uma ligação direta entre Portugal e Samaná.

Cuba continua a ser um dos grandes protagonistas do ano, com operações diretas para várias localizações no país: Havana, Cayo Coco, Varadero e Cayo Santa Maria.

A Eslovénia, outro dos destaques do ano, contará com voos a partir de Lisboa e Porto entre abril e setembro. Por sua vez, a Costa Dourada, em Espanha, terá voos diretos entre o Porto e Reus em agosto e setembro.

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MICE no Dubai cresce para números recorde em 2024

O Dubai captou, em 2024, um número recorde de 437 eventos de diversos setores, representando um aumento de 20% face a 2023. Para os próximos anos, estão já garantidos alguns grandes eventos, prevendo-se que a cidade se mantém como uma das plataformas principais no MICE.

Dubai consolidou sua posição como um dos principais destinos para conferências internacionais, congressos, reuniões corporativas e eventos de incentivo em 2024, com a cidade a sediar um número recorde de 437 eventos em diversos setores e profissões.

Impulsionado pelo Dubai Business Events (DBE), o bureau oficial de convenções da cidade e parte do Departamento de Economia e Turismo de Dubai (DET), este número representa um aumento de 20% face a 2023, elevando ainda mais o status de Dubai como um polo global competitivo para eventos, impulsionado pela inovação, desenvolvimento de infraestrutura e crescente influência económica global.

Os eventos previstos para 2024 devem atrair cerca de 210.731 delegados ao Dubai nos próximos anos, gerando um impacto direto nos ecossistemas de eventos, viagens e turismo da cidade, além de atrair talentos e especialistas de todo o mundo para aproveitar a plataforma que Dubai oferece para partilha de conhecimento, desenvolvimento profissional e networking.

O sucesso da cidade, impulsionado por esforços colaborativos entre os setores público e privado, destaca o apelo contínuo do Dubai como um destino global acessível, seguro e acolhedor para MICE (Reuniões, Incentivos, Conferências e Exposições), contribuindo para o crescimento económico mais amplo do Dubai ao atrair mais visitantes, posicionando a cidade no cenário global de eventos de negócios e fortalecendo a sua economia. Além disso, reforça o papel essencial dos eventos empresariais na realização da meta da Agenda Econômica de Dubai, D33, de consolidar Dubai como uma das principais cidades globais para negócios e lazer.

Ahmed Al Khaja, CEO do Dubai Festivals and Retail Establishment, refere, em nota de imprensa, que “o aumento significativo nas propostas bem-sucedidas em 2024 é mais uma prova do crescente destaque do Dubai como um destino que oferece não apenas infraestrutura e capacidade de eventos empresariais de classe mundial, mas também experiências incomparáveis e memoráveis para todos os organizadores e delegados”.

Entre as conquistas mais notáveis do último ano estão o Congresso Mundial de Neurocirurgia da WFNS em 2025, com 4.000 delegados; o Cimeira de Cidades da Ásia-Pacífico em 2025, com 1.200 delegados; a Conferência Pan-Árabe de Radiologia em 2025, com 1.500 delegados; o Simpósio Global sobre Pesquisa de Sistemas de Saúde em 2026, com 3.000 delegados; a Exposição Mundial de Selos da FIP em 2026, com 1.000 delegados; e a Assembleia Científica e Eventos Associados do Comitê de Pesquisa Espacial em 2028, com 3.000 delegados.

O Dubai também garantiu propostas de eventos corporativos e de incentivo em 2024, incluindo o Incentivo Oppo Guangdong em 2025, com 4.000 delegados; o Loyal Connect Global em 2025, com 3.000 delegados; a Conferência Global de Logística da GLA em 2025, com 1.500 delegados; o Forever Living Global Rally em 2026, com 12.000 delegados; o Emerson Exchange em 2026, com 2.500 delegados; e o Incentivo Herbalife China em 2026, com 1.200 delegados.

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APAL vai manter foco em mercados estratégicos para Albufeira

Em 2025, a APAL – Agência de Promoção de Albufeira pretende manter várias das ações realizadas em 2024, com foco em mercados estratégicos e direcionando ações presenciais e campanhas digitais para países como Espanha, Irlanda, França, Inglaterra, Estados Unidos e Canadá, foi evidenciado na sessão de apresentação do ‘Balanço do Ano 2024 e as Perspetivas para 2025’.

A apresentação esteve a cargo de Desidério Silva, presidente da Direção da APAL, o qual elencou as ações concretizadas no ano passado, destacando, ainda, todas as ações incluídas no plano de atividades para 2025.

Recorde-se que a APAL assinalou 20 anos de existência em 2024 com várias iniciativas, entre as quais a criação de uma nova identidade corporativa e promocional, assim como uma conferência dedicada a refletir sobre o setor.

O dirigente destacou as várias ações que envolveram os associados, como a promoção de workshops em Sevilha, no Porto e nos Estados Unidos, a participação em feiras de turismo, nomeadamente a BTL e a IFTM Paris, e a organização de famtrips direcionadas aos mercados do Reino Unido e Irlanda. Em termos de comunicação interna, foram relembrados o lançamento do anuário Destino Albufeira e a edição do novo Guia dos Associados, bem como a colaboração no XIII Encontro Luso Andaluz.

Em 2025, a APAL pretende manter várias das ações realizadas em 2024, com foco em mercados estratégicos e direcionando ações presenciais e campanhas digitais para países como Espanha, Irlanda, França, Inglaterra, Estados Unidos e Canadá. O ano arranca já com um roadshow pelas cidades de Madrid e Sevilha, a realizar em fevereiro.

A APAL está também a preparar a sua participação na BTL, que decorre entre 12 e 16 de março, em parceria com o Município de Albufeira, este ano com um stand já alinhado com a nova imagem “Albufeira faz parte da sua Vida”.

Para maio, está previsto um novo roadshow pelo Canadá e Estados Unidos, aproveitando a existência de voos diretos destes países para o Aeroporto Internacional de Faro. Estes primeiros meses do ano vão incluir uma nova incursão pelos mercados do Porto e Norte, aproveitando a grande adesão que esta iniciativa registou em 2024.

Presente nesta apresentação, esteve também José Carlos Rolo, presidente da Câmara Municipal de Albufeira, o qual destacou o empenho da autarquia em fortalecer a imagem de Albufeira como destino turístico de excelência, não apenas em Portugal, mas também no exterior. O autarca referiu vários projetos estruturantes para o município que podem contribuir para alavancar a sua dimensão turística, relembrando que este esforço deve resultar do empenho de todos, seja no setor público, seja no setor privado.

 

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Governo pede à ANA candidatura ao Novo Aeroporto de Lisboa

O Governo informou a ANA Aeroportos que pretende que esta avance com uma candidatura ao novo aeroporto, no Campo de Tiro de Alcochete, e adiantou que o objetivo é assegurar a “competitividade das taxas aeroportuárias e limitar extensão da concessão”. Além disso, a proposta de financiamento apresentada pela Concessionária não prevê contribuição direta do Orçamento do Estado.

O Governo informou esta sexta-feira, 17 de janeiro, a ANA – Aeroportos de Portugal (Concessionária), através de Carta assinada pelo ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, que pretende que a Concessionária prepare a Candidatura ao Novo Aeroporto de Lisboa Luís de Camões (NAL).

Esta decisão acontece no seguimento da entrega presencial, no dia 17 de dezembro, do Relatório Inicial (“High Level Assumption Report”), por parte da Concessionária, tendo o Governo, a partir dessa data, 30 dias para responder à Concessionária, nos termos da cláusula 45.5 do Contrato de Concessão.

Com esta resposta, o Governo inaugura uma nova fase processual na qual se prevê que a Concessionária proceda à “preparação de todos os documentos necessários à candidatura”.

No site do Governo pode ler-se que “a proposta de financiamento apresentada pela Concessionária não prevê contribuição direta do Orçamento do Estado, em pleno alinhamento com o Governo a este respeito”.

O Governo informa que esta fase de resposta à Concessionária “não é uma fase negocial do processo, estando essa reservada para momento posterior, após a entrega da candidatura ao NAL”.

A indicação do Governo, que pretende que a Concessionária prepare a candidatura, “não constitui, nem pode ser interpretada como constituindo uma aceitação do conteúdo, termos, condições e/ou pressupostos do relatório inicial”, lê-se ainda.

Contudo, existem diversos “aspetos prioritários” dos quais o Governo “não abdicará” de discutir com a Concessionária. Nestes incluem-se a procura por “reduzir o custo total do projeto do NAL, estando, para isso, aberto a discutir com a Concessionária ajustes às especificações do aeroporto, contando também com avaliação das entidades competentes e da consulta aos stakeholders”.

Além disso, é exigido o “total cumprimento da legislação ambiental aplicável, garantindo que os devidos Estudos de Impacto Ambiental se realizam de modo célere”.

Este princípio estende-se, igualmente, “ao plano de investimentos destinado a melhorar a eficiência operacional e a aumentar a capacidade do Aeroporto Humberto Delgado, que terá de ser capaz de responder à crescente procura até à entrada em operação do NAL”.

Quanto ao prazo de construção, o Governo estabelece uma “avaliação a seis anos”, solicitando, também, estudo alternativos que permitam “abreviar as fases anteriores ao início da obra, de forma a antecipar a conclusão do projeto”.

Já no que diz respeito ao modelo financeiro, ou seja, o Governo não abdicará de “rever e discutir” o mesmo, nomeadamente no que se refere aos “pressupostos de alteração de taxas aeroportuárias, da extensão da concessão e da partilha de riscos”.

O Governo refere ainda ter como prioridade “a defesa dos contribuintes e do país em todo o processo tal como tem sido prática, nomeadamente na posição que tomou em defesa do interesse público manifestando-se contra o reequilíbrio económico-financeiro da concessão referente ao período da pandemia COVID-19”.

Dada a “complexidade e especificidade técnica da matéria”, e com o intuito de “apoiar” o Governo, foi aprovada em Conselho de Ministros a criação de uma estrutura de missão com o objetivo de, entre outras matérias, “coordenar, em representação do Estado, os procedimentos subsequentes, contratualmente previstos, e a negociação com a Concessionária”.

O Governo propôs ainda a assinatura de um memorando de entendimento com a Concessionária, em condições a acordar, tendo em vista a “clarificação dos momentos procedimentais” que se seguem e clarificar o conteúdo pretendido pelo Concedente a incluir na Candidatura ao NAL.

Recorde-se que a decisão sobre a localização do NAL foi definida, numa das primeiras decisões tomadas pelo XXIV Governo, para o Campo de Tiro de Alcochete (CTA), decisão plasmada na Resolução do Conselho de Ministros n.º 66/2024, de 27 de maio e tomada em estreito alinhamento com o Ministério da Defesa Nacional e com a Força Aérea.

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Foto: Nuno Martinho

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“É importante que se definam estratégias de diversificação dos mercados emissores”, Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP

Fechado 2024, continuamos a dar conta do balanço que os/as profissionais do setor do turismo fazem do ano e como perspectivam o 2025. Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, aponta desafios globais como “a adoção de práticas sustentáveis”, “a premente questão da inteligência artificial” e “a concorrência de destinos emergentes”. A nível nacional, “a carência de capital humano”, “as pressões financeiras agravadas” e “os preços, demasiado elevados” são as situações mais críticas. Agora, tudo dependerá de “uma combinação de políticas públicas eficazes, estratégias empresariais inovadoras e uma visão coletiva voltada para a sustentabilidade, para a inclusão e para o fortalecimento das comunidades locais”.

07Considerando que, “se há atividade que impacta em praticamente todas as outras e que provoca dinâmicas positivas na economia, é o Turismo”, Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, não deixa de apontar “o aumento dos custos operacionais, a pressão inflacionista e as dificuldades na contratação de trabalhadores qualificados” como os principais desafios enfrentados em 2024. E se a nível global, a “sustentabilidade” e as mudanças climáticas”, bem como a “premente questão da Inteligência Artificial” e a “concorrência de destinos emergentes” são apontadas como “grandes frentes de pressão”, a nível nacional a “carência de capital humano e ultrapassar as pressões financeiras agravadas” exigem “atenção prioritária”.

Que balanço faz deste ano turístico em Portugal em 2024 e, particularmente, nos setores da restauração e hotelaria?
Ainda não é possível fazer-se um balanço que possamos chamar de final do ano de 2024, mas os dados que já temos a esta data, permitem-nos afirmar que o ano de 2024 seguiu a tendência dos anos anteriores, dando continuidade à consolidação de Portugal como um destino turístico de excelência, com um crescimento significativo nos indicadores de procura, tanto no mercado interno quanto nos mercados externos.

De acordo com as estimativas rápidas do INE, entre janeiro e outubro de 2024 registaram-se, aproximadamente, 29,8 milhões de hóspedes e 75,7 milhões de dormidas no alojamento turístico, correspondendo a variações homólogas de +3,8% e +2,5%, respetivamente. Este crescimento terá sido impulsionado pela continuidade numa aposta na estratégia de atratividade e promoção do nosso país e do nosso Turismo.

Também um inquérito rápido que realizámos pelas 15 delegações físicas da AHRESP, nos passados dias 12 e 13 de dezembro, permitiu apurar que, no setor da Restauração, 41% das empresas sente que 2024 foi um ano melhor do que 2023 e 22% aponta um desempenho idêntico ao do ano anterior. No entanto, 28% consideram que foi pior, o que evidencia grandes disparidades regionais, com as empresas localizadas em áreas de menor fluxo turístico a apresentarem fracos desempenhos. É um cenário preocupante, especialmente neste setor. Já no Alojamento Turístico, 55% das empresas inquiridas indicam que 2024 superou 2023, 21% avançam que foi pior e outros 21% consideram que o volume de negócios foi o mesmo.

Mas estes dados mais positivos, apesar de factuais e indesmentíveis, não nos deixam descansados. Desde logo, porque muitos foram os desafios, como o aumento dos custos operacionais, a pressão inflacionista e as dificuldades na contratação de trabalhadores qualificados, especialmente nas regiões longe do litoral, o que contribuiu para reduzir os efeitos positivos deste crescimento no Turismo, especialmente a Restauração, que tem no mercado nacional o seu principal cliente e que, por via da perda de poder de compra, encara o próximo ano com muita incerteza e receio.

O que faltou concretizar no turismo neste ano de 2024?
Apesar de um ou outro avanço, persistem ainda lacunas importantes na adoção de medidas que sejam verdadeiramente eficazes para que se instale um “ambiente amigo” das empresas e do seu desenvolvimento, que permita estabilidade financeira, especialmente no setor da restauração e similares, para que as mesmas tenham oportunidade de adequar os seus negócios ao mercado e possam concretizar os investimentos necessários para a sua modernização, qualificação e diferenciação.

Neste âmbito, referimo-nos, em concreto, à diminuição dos encargos fiscais e contributivos das empresas, nomeadamente sobre os rendimentos do trabalho, que consideramos excessivos para as empresas e até prejudiciais ao crescimento dos salários. Importante, também, é a simplificação na aplicação das taxas de IVA no âmbito da prestação de serviços de alimentação e bebidas, através da reposição da taxa intermédia de IVA aos refrigerantes e bebidas alcoólicas, bem como a redução da taxa intermédia para os 10%, como praticado em países concorrentes de Portugal, como é o caso de Espanha, França e Itália.

Numa outra perspetiva, preocupa-nos a questão da formação e da captação de talento, elementos cruciais para assegurar a excelência do serviço que prestamos. Continuamos com um défice grande de pessoas disponíveis para trabalhar na restauração e no alojamento, especialmente trabalhadores qualificados. A AHRESP tem investido muito nesta área e tem, hoje, uma Academia certificada, apta para ministrar formação de qualidade, e que apresentará um ambicioso plano para 2025, com o objetivo de elevar a qualificação nos setores da Restauração e do Alojamento Turístico. Mas é também necessária uma intervenção mais robusta por parte do Estado nesta matéria, com especial atenção para os trabalhadores migrantes, que, segundo o Banco de Portugal, representaram, em 2023, cerca de 30% da força de trabalho do Canal HORECA. O programa anunciado pelo governo para formar mil imigrantes nas escolas do Turismo de Portugal é um passo na direção certa e merece reconhecimento, mas ainda de diminuto alcance.

Foi também apresentado o Programa INTEGRAR e há alguns apoios à contratação, disponibilizados pelo IEFP, mas que não são específicos para a contratação de migrantes. Para ilustrar a dimensão do problema, o Barómetro da Restauração e Similares, realizado pela AHRESP em parceria com a NielsenIQ e apresentado em outubro passado, revelou que 1 em cada 3 empresários necessita de contratar mais trabalhadores, em média duas pessoas por estabelecimento, com maior demanda nas funções de atendimento e cozinha. Com base nestes números, estima-se que mais de 40 mil pessoas sejam necessárias para suprir a atual carência no setor.

A AHRESP tem desempenhado um papel muito ativo na questão da imigração, dispondo, mesmo, de um Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM), mas ainda aguardamos ações mais concretas no âmbito do “Plano de Ação para as Migrações”. Sem medidas eficazes e direcionadas, tanto a nível fiscal quanto na atração e formação de trabalhadores, o setor continuará a enfrentar dificuldades que comprometem o seu pleno potencial.

O que destacaria neste ano de 2024 nos setores da AHRESP?
Durante o ano de 2024, tenho de destacar o esforço feito por esta atividade para a tornar cada vez mais sustentável, porque se não crescermos de forma sustentável, o mais provável é decrescermos. Penso que, hoje, os agentes do Turismo já têm a perfeita noção de que para o destino ser sustentável, deve dar resposta a várias preocupações, como as questões ambientais, as políticas inclusivas, mas também a atenção, e até a relação simbiótica que deve ter com as comunidades locais. Como se costuma dizer, se o destino não for bom para os residentes, também não o será para quem o visita. É desejável que, em 2025, se consolidem todas estas vertentes.

Numa perspetiva não tão macro, posso destacar o crescimento significativo no número de visitantes, que conseguimos em 2024, e que impulsionou, tanto o consumo em restaurantes como as taxas de ocupação no Alojamento Turístico, apesar da questão da diferença de resultados na Restauração, especialmente em locais tradicionalmente menos procurados enquanto destinos turísticos.

Também não podemos deixar de destacar a importância da reversão das medidas mais gravosas para o Alojamento Local do pacote Mais Habitação, e que teriam um impacto desastroso nesta atividade

Quais os principais desafios para o setor do turismo em 2025 a nível global e, particularmente, a nível nacional? E para o setor da AHRESP?
A nível global, enfrentamos três grandes frentes de pressão. Em primeiro lugar, a adoção de práticas sustentáveis deixou de ser uma opção e tornou-se uma obrigação, até em termos de legislação europeia, que entrará em vigor em Portugal, já em julho de 2025, a que se junta a crescente preocupação e procura, por parte dos consumidores, por destinos e serviços ambientalmente responsáveis. Este desafio não é indissociável das preocupações com as mudanças climáticas que, cada vez mais, ameaçam mudar o rumo do planeta e exigem doses extra de capacidade de adaptação a novas realidades. Em segundo lugar, a premente questão da inteligência artificial, que também apelará à adaptabilidade dos negócios, embora prometa agilizar vários processos e tarefas. E por fim, a concorrência de destinos emergentes, uma ameaça para os mercados tradicionais, que precisam de inovar e diversificar para preservar a competitividade. É necessário manter a atratividade junto dos mercados internacionais, essenciais para sustentar o crescimento e a recuperação pós-pandemia, sobretudo num cenário em que destinos concorrentes tentam capturar fatias de mercado.

A nível nacional, Portugal enfrenta desafios próprios que exigem atenção prioritária. A carência de capital humano continua a ser um entrave significativo para os setores da restauração e do alojamento turístico, onde o recrutamento e a retenção de talento são críticos. Estes setores continuam a depender fortemente do contributo dos cidadãos imigrantes, cuja plena integração é vital para o futuro da atividade turística no país. Em 2024, houve alguma perturbação relativamente a questões de imigração, com impacto na contratação destes cidadãos, mas acreditamos que, em 2025, serão tomadas medidas que contribuirão para que se obtenha melhores resultados nesta matéria.

Outro desafio, passa por ultrapassar pressões financeiras agravadas, decorrentes da amortização de empréstimos contraídos durante a crise da Covid-19 e do aumento dos custos operacionais, provocados pela inflação e pelos conflitos internacionais, em particular, as despesas com a energia. Os preços, demasiado elevados, têm impactado diretamente a rentabilidade dos negócios, forçando a uma gestão rigorosa e de permanente consulta ao mercado em busca de soluções energéticas mais acessíveis. Este contexto, limita a capacidade de investir, inovar e crescer, tornando a gestão de recursos uma tarefa complexa e delicada. Nas regiões de menor atratividade turística, onde as oportunidades são escassas e os apoios insuficientes, a situação é ainda mais crítica, colocando em risco a sobrevivência de muitas empresas.

Em suma, 2025 será um ano de desafios significativos, mas a resposta que iremos dar, dependerá de uma combinação de políticas públicas eficazes, estratégias empresariais inovadoras e uma visão coletiva voltada para a sustentabilidade, para a inclusão e para o fortalecimento das comunidades locais.

Que acontecimentos poderão impactar ou ter mais influência (positiva e/ou negativa) na performance do turismo em Portugal?
O ano de 2025, mais uma vez, promete ser desafiante. Os mercados internacionais estão instáveis, as previsões de crescimento económico são moderadas e, infelizmente, ainda temos os desastrosos conflitos na Europa e no Médio Oriente. As incertezas são muitas e também nos poderão afetar de forma mais direta, pois alguns importantes mercados, como o alemão e o francês, estão a atravessar acentuados problemas políticos e económicos, com retração das suas economias, facto que poderá provocar efeitos de contágio na atividade turística. É, por isso, importante que se definam estratégias de diversificação dos mercados emissores, continuando a apostar no crescimento de determinados mercados, como o canadiano e o norte-americano, apesar de também aqui, se desconhecer o que vai acontecer fruto das opções de uma nova administração.

Em termos turísticos, há determinadas tendências que se verificam, e que podem marcar o próximo ano, como é o caso do turismo de natureza e ambientalmente sustentável, e, ainda, o turismo dedicado aos descendentes de emigrantes portugueses, que priorize a cultura e a gastronomia do nosso país.

Em termos económicos, julgamos que poderá não ser substancialmente diferente do que foi 2024, mas a incerteza, neste momento, é a única certeza que temos.

Apesar de todas as dificuldades e desafios, se há algo que a nossa história coletiva nos ensinou é que a capacidade de adaptação e a força que encontramos na união, têm sido os maiores trunfos para a resiliência e para a resistência às adversidades dos setores representados pela AHRESP. Já enfrentámos crises, reinventámos os nossos negócios e adaptámo-nos a novas exigências legislativas. Ainda assim, continuamos a mostrar o melhor de Portugal ao mundo.

Sobre o autorVictor Jorge

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Boeing entrega 348 aeronaves em 2024

O fabricante norte-americano entregou, ao longo de 2024, 348 aeronaves, ou seja, menos 418 do principal concorrente Airbus.

O ano de 2024 foi um desafio para a norte-americana Boeing e isso é percetível pelos resultados alcançados. Em 2024, a Boeing entregou um total de 348 aeronaves contra as 528 entregues em 2023.

O site da Boeing indica que o modelo mais disponibilizado ao longo de 2024 foi o 737, com 265 entregas. Seguiram-se o 787, com 51 entregas feitas, o 767 com 18 entregas e, finalmente, o 777 com 14 aeronaves entregas em todo o ano de 2024.

Já a Airbus entregou 766 aeronaves a 86 clientes em todo o mundo, tendo registado 878 novas encomendas brutas (826 líquidas).

Das 766 aeronaves entregues, com 602 a pertencerem à família A320.

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Campanha de Luas de Mel da TUI Portugal com descontos até 30%

A TUI Portugal continua com a sua campanha especial para Luas de Mel, lançada a 11 de janeiro durante a Exponoivos, em Lisboa. Esta promoção estará disponível até dia 31 de janeiro, com até 30% de desconto numa seleção de destinos.

No âmbito desta campanha, todas as reservas realizadas durante este período irão participar num sorteio para ganhar a Lua de Mel reservada, no valor máximo de até 5.000 euros por casal.

Entre as opções mais procuradas, de acordo com a TUI Portugal, estão as Maldivas, Zanzibar e Tailândia, refletindo as preferências dos noivos portugueses. No entanto, as tendências para 2025 apontam para um aumento da procura de destinos mais exclusivos e originais.

Assim, a TUI Portugal apresenta propostas de viagens para a China, Sri Lanka, Índia, Argentina, entre outros, que respondem ao crescente interesse por itinerários menos convencionais. Além disso, há opções como safaris românticos em África ou roteiros privados na Ásia, que combinam aventura, cultura e descontração, adaptando-se às preferências de cada casal.

Refira-se que todas estas opções estão disponíveis no catálogo Noivos, lançado no final de outubro do ano passado.

Com a possibilidade de personalizar todos os detalhes da grande viagem, a TUI Portugal permite ajustar a duração da estadia e acrescentar experiências exclusivas, como jantares românticos ou tratamentos de Spa a dois.

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Lufthansa fica com 41% da ITA Airways

Foi, finalmente, concluído o negócio para a aquisição da ITA Airways por parte da Lufthansa, ficando o grupo alemão com 41% da companhia aérea italiana.

A Lufthansa, concluiu a compra da ITA Airways por 325 milhões de euros por uma participação de 41% na companhia aérea italiana.

O acordo foi originalmente anunciado em maio de 2023 e aprovado pela Comissão Europeia, seguida de uma investigação de concorrência em julho de 2024. Durante esse processo, a Lufthansa e o Ministério da Economia e Finanças da Itália (MEF) fizeram uma série de concessões, disponibilizando slots em diversos aeroportos italianos para outras companhias aéreas.

Agora, começam os trabalhos de integração da ITA no grupo Lufthansa, que inclui, além da Lufthansa German Airlines, a Eurowings, SWISS, Austrian Airlines, Brussels Airlines e Air Dolomiti.

A nova estrutura de governança da ITA Airways terá Jörg Eberhart, chefe de estratégia do grupo Lufthansa e ex-CEO da Air Dolomiti, como CEO da companhia. Sandro Pappalardo, ex-piloto de aviação militar e conselheiro da Agência Nacional de Turismo de Itália (ENIT), assumirá o cargo de presidente, substituindo Antonino Turicchi. Antonella Ballone, Efrem Angelo Valeriani e Lorenza Maggio completam o conselho de administração de cinco membros, conforme confirmado após a reunião de acionistas realizada a 15 de janeiro.

Jörg Eberhart, CEO da ITA Airways

Comentando sua nomeação, Eberhart salienta que, “após mais de dois anos de trabalho árduo, esta nova fase na história da empresa permitir-nos-á fortalecer a nossa posição e desenvolver sinergias estratégicas que aumentarão o crescimento e a solidez da ITA Airways como transportadora líder italiana pronta para oferecer maior conectividade ao país e uma gama mais ampla de destinos aos passageiros, com uma visão renovada de desenvolvimento, inovação e sustentabilidade”.

Já o CEO do grupo Lufthansa, Carsten Spohr, tinha afirmado ao jornal alemão FAZ esperar que o acordo “aumente os lucros do grupo em centenas de milhões de euros nos próximos anos”.

“Sem a perspectiva de uma contribuição para os lucros na faixa de três dígitos em milhões, não teríamos dado este passo”, referiu Spohr, concluindo que a aquisição total de 100% da ITA é o “objetivo claro”, mas aumentar a participação atual não ocorrerá em 2025.

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Espanha perde 800.000 assentos da Ryanair devido a “exorbitantes taxas aeroportuárias da AENA”

A Ryanair acaba de anunciar o cancelamento de todo os voos para Jerez e Valladolid e reduz tráfego em Vigo, Santiago, Saragoça, Astúrias e Santander. No total, Espanha perde cerca de 800.000 assentos.

A Ryanair anunciou recentemente que reduzirá o seu tráfego em Espanha para o verão de 2025 em 18%, fazendo com que o país perca 800.000 assentos e 12 rotas devido às elevadas taxas e à ineficácia dos “planos de incentivos” do operador aeroportuário “monopolista” AENA, que, na opinião da companhia aérea lowcost de origem irlandesa são “completamente insuficientes para apoiar a política do Governo de crescimento dos aeroportos regionais”.

Apesar da decisão do Governo espanhol, em 2021, de congelar as taxas aeroportuárias até 2026, a AENA tentou aumentá-las todos os anos, especialmente nos aeroportos regionais espanhóis, onde o tráfego ainda não recuperou dos níveis anteriores à crise da Covid.

Como resultado, a Ryanair encerrará as operações em Jerez e Valladolid, retirará uma aeronave baseada em Santiago (investimento de 100 milhões de dólares) e reduzirá o tráfego para o verão de 2025 em outros cinco aeroportos regionais: Vigo (-61%), Santiago (-28%), Saragoça (-20%), Astúrias (-11%) e Santander (-5%).

Esta perda, considerada evitável pela Ryanair, de mais de 800.000 assentos e 12 rotas será “devastadora para a conectividade regional, o emprego e o turismo na Espanha”, diz a Ryanair, admitindo que, “se os aeroportos regionais da AENA não forem competitivos em relação aos seus pares europeus, o tráfego aéreo migrará para fora das regiões espanholas”.

Eddie Wilson, CEO da Ryanair, referiu, em conferência de imprensa, que “as exorbitantes taxas aeroportuárias da AENA e a ausência de incentivos viáveis para o crescimento continuam a prejudicar os aeroportos regionais da Espanha, limitando seu crescimento e deixando grandes áreas de capacidade aeroportuária subutilizadas. Após o compromisso do Governo espanhol de impulsionar a recuperação pós-Covid, a Ryanair aumentou a sua capacidade para fomentar a conectividade, o turismo e o emprego”.

No entanto, diz Wilson, “a AENA insiste em aumentos injustificados de taxas e recusa-se a implementar sistemas eficazes de incentivo ao crescimento regional, dando prioridade aos investimentos estrangeiros em aeroportos no Caribe, Reino Unido e América”.

Em consequência, o CEO da Ryanair avança que “a decisão da AENA de não incentivar as companhias aéreas a utilizar a capacidade não aproveitada de seus aeroportos regionais forçou a Ryanair a redirecionar aviões e capacidade para mercados europeus mais competitivos, como Itália, Suécia, Croácia, Hungria e Marrocos, onde os governos incentivam ativamente o crescimento”.

Embora a Ryanair tenha celebrado a recente decisão da CNMC de suspender o aumento das taxas da AENA para 2025, “isso não compensa o impacto negativo dos aumentos de 2024 e a falta de incentivos nos aeroportos regionais”, diz a companhia aérea.

A Ryanair apela agora à CNMC para “revogar” os aumentos de 2024, “alinhando-os com o congelamento de cinco anos decretado pelo Governo”, e para introduzir “pacotes de incentivos” que atraiam as companhias aéreas, promovendo conectividade, turismo e emprego nos aeroportos regionais.

“Sem ações urgentes, Espanha corre o risco de perder ainda mais capacidade e investimentos para mercados mais competitivos, deixando aeroportos regionais meio vazios enquanto outros países prosperam”, conclui Wilson.

 

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Nasce a Rent a Phone para aluguer de tecnologia para eventos em Portugal

Com o aumento da procura por soluções tecnológicas temporárias em eventos e empresas, surge, em Portugal, a Rent a Phone, que garante disponibilizar soluções rápidas, económicas e flexíveis para responder às necessidades de curtos períodos.

Com o aumento da procura por soluções tecnológicas temporárias em eventos e empresas, surge, em Portugal, a Rent a Phone, criada e pensada para simplificar todo o processo de aluguer de equipamentos tecnológicos como smartphones, tablets, powerbanks e routers.

A Rent a Phone garante disponibilizar soluções rápidas, económicas e flexíveis para responder às necessidades de curtos períodos, posicionando-se como um parceiro estratégico para organizadores de eventos, feiras, conferências, equipas temporárias e outras iniciativas que precisem de tecnologia por um período limitado, evitando os elevados custos de compra e manutenção de equipamentos, sejam eles Smartphones ou outro tipo de equipamentos como soluções audiovisuais, consolas, computadores ou tablets. Além disso, a empresa oferece soluções de dados móveis com custo diário, permitindo que os clientes fiquem conectados durante todo o evento.

Por outro lado, os organizadores podem também beneficiar de serviços adicionais, como o suporte técnico, para garantir que os equipamentos estão a funcionar corretamente durante o evento, os dados móveis, ou alugueres complementares como plataformas de carregamento para vários equipamentos.

“Desde bilhética e cashless até registos ou ativações, pretendemos facilitar a vida dos organizadores de eventos ao fornecer equipamentos prontos a usar, com entrega rápida em todo o país,” explica Tomás Mendes dos Santos, fundador da Rent a Phone.

Em nota de imprensa, a empresa avança que o conceito de aluguer que promove, não só facilita o acesso a tecnologia, como também fomenta a sustentabilidade, uma vez que, ao optar pelo aluguer em vez da compra de novos equipamentos, os clientes ajudam a reduzir o desperdício tecnológico e promovem uma utilização mais eficiente dos recursos.

 

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