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Terminal A sai do BSP mas promete pagar dívida

Cerca de 45 milhões de euros é quanto a Terminal A deve ao BSP e a ausência de pagamento deste valor fez com que a agência espanhola entrasse em default […]

Liliana Cunha
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Terminal A sai do BSP mas promete pagar dívida

Cerca de 45 milhões de euros é quanto a Terminal A deve ao BSP e a ausência de pagamento deste valor fez com que a agência espanhola entrasse em default […]

Liliana Cunha
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Cerca de 45 milhões de euros é quanto a Terminal A deve ao BSP e a ausência de pagamento deste valor fez com que a agência espanhola entrasse em default (má utilização dos fundos do ponto de vista legal) e deixasse de ter licença IATA.

Sem confirmação da Terminal A sobre o valor em dívida, fontes do mercado indicam que o mesmo está próximo da realidade, correspondendo 30 milhões de euros ao mês de Outubro, e os restantes à primeira quinzena de Novembro.

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A notícia, que foi avançada esta semana no Hosteltur, é vista pelo mercado português como “uma situação gravíssima”, como alertaram ao Publituris alguns players do sector, mostando-se expectantes no sentido de saber se esta terá efectivamente falido, ou se algum grupo poderá vir a estar interessado em recuperar a marca.

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Companhias sofrem

Iberia, Spanair e Air Europa são algumas das companhias aéreas a sofrer com esta situação provocada pela Terminal A que deve 2,5 milhões, 1,5 milhões e 900 mil euros, respectivamente, a cada uma.

Contactada pelo Publituris, a TAP optou por não revelar o valor em questão.

Entretanto, a online continua a surgir com oferta em companhias low cost (que não são IATA) e outras com quem tem acordos directos.

Fontes do sector nacional, referem ainda ao Publituris que a agência se comprometeu a pagar as dívidas em questão. Contudo, e por já não poder comprar à quantidade de companhias que tinha anteriormente, assume-se que será mais díficil a liquidação de cada uma das dívidas, prejudicando-se, assim, o mercado.

Como consequência de toda esta situação, companhias aéreas e agências de viagem reforçam o pedido que já foi feito à IATA, com vista à alteração do calendário de pagamento de BSP, sugerindo a passagem de pagamentos mensais para semanais.

A periodicidade semanal já está implementada no BSP da Holanda e na Air France para o mercado francês, mas em Portugal e Espanha é pago mensalmente.

Ainda segundo o Hosteltur, refira-se a título de curiosidade que, no total, em Outubro, a dívida das agências de viagem às companhias IATA estava situada nos 37 milhões de euros, dos quais, 30 milhões pertencentes à Terminal A, e os restantes sete a agências de menor dimensão.

Terminal A mantém operacionalidade

Sem conseguir contactar a Terminal A, sedeada em Espanha, o Publituris recebeu, no entanto, um comunicado da online através da agência de comunicação em Portugal. Nele, a empresa refere que, como agências licenciada, “vai manter a sua actividade na plenitude, apesar de não ter a licença IATA”. Com efeito, admite ter assinado acordos com “agências às quais sub-contratou a emissão de bilhetes de reservas, gerados pelo motor de pesquisa de voos, nos 20 países onde opera”. Todavia, não avança os nomes das agências em questão.

A online espanhola adianta ainda que está “actualmente a negociar o valor em dívida com as companhias aéreas” e, a finalizar, o breve comunicado sublinha que “os clientes em Portugal e na Europa continuam a adquirir bilhetes, e que os principais parceiros mantêm a confiança na empresa”.
Terminal A

Um projecto terminado?

Com base nos resultados divulgados anualmente pela Terminal A, o Hosteltur colocou, em 2008, a agência espanhola em quarto lugar no ranking de volume de vendas entre as online.

Especializada em venda de bilhetes aéreos, a Terminal A anunciava naquele ano uma facturação global de 180 milhões de euros e de 18 milhões em Portugal, reflectindo um crescimento de 80% no nosso país.

Na altura, há dois anos em Portugal, a online assumia-se como a agência de viagem número um na Europa, dado que o seu crescimento era de 30% a nível global.

Como previsões para este ano, a Terminal A esperava registar uma facturação de 255 milhões de euros, isto é, mais 40% face a 2008.

Como projectos tinha o investimento em teconologia, com o lançamento de uma nova plataforma de reservas, e iniciar operação nos Estados Unidos e Irlanda.

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Belgas mostram interesse nos resorts portugueses

A Associação Portuguesa do Turismo Residencial (APR), que participou no seminário “Find Your Place in Portugal, Your Journey Starts Here!” organizado pela representação da Caixa Geral de Depósitos na Bélgica, que teve como objetivo promover Portugal como destino de excelência para o investimento imobiliário, destacou que o público presente no evento mostrou grande interesse nos resorts portugueses.

A Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts participou na passada semana no seminário “Find Your Place in Portugal, Your Journey Starts Here!” realizado em Sint-Pieters-Leeuw na Bélgica, evento organizado pela representação da Caixa Geral de Depósitos naquele país.

Pedro Fontainhas, diretor Executivo da APR, fez uma intervenção sobre as vantagens do turismo residencial e de se investir em resorts em Portugal e apresentou o país como um destino de excelência para segunda habitação, investimento ou mesmo habitação permanente, realçando os aspetos que o tornam num destino muito atrativo para residentes estrangeiros, nomeadamente, os programas de incentivos, o custo de vida mais acessível, a segurança, o clima, a qualidade das infraestruturas rodoviárias e aeroportuárias, a qualidade das infraestruturas de saúde e a qualidade de excelência dos resorts portugueses.

Segundo Pedro Fontainhas, “o público presente no evento mostrou grande interesse nos resorts portugueses”, reafirmando que “a procura por habitações nos resorts portugueses tem sido crescente não só no mercado belga, mas também em muitos outros mercados internacionais junto de estrangeiros e portugueses aí residentes”.

O diretor Executivo da APR avançou que “reconhecidos mundialmente pela sua excelência, estes empreendimentos consolidam-se como escolhas privilegiadas tanto para quem procura um investimento sólido como para quem procura uma residência permanente”, numa procura acompanhada “por uma oferta em expansão, impulsionada por significativos investimentos em projetos turísticos residenciais no país”, disse.

Sobre o autorCarolina Morgado

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FITUR alinha-se com o desafio global do turismo

De 22 a 26 de janeiro, a FITUR alinha-se com o desafio global do turismo e coloca a sustentabilidade no centro da sua programação, de forma a contribuir para um crescimento económico coeso.

Faltam dois meses para o arranque da 45.ª edição da FITUR, que se realiza de 22 a 26 de janeiro de 2025, salientando a organização que a feira se “alinha com o desafio global do turismo e coloca a sustentabilidade no centro da sua programação, de forma a contribuir para um crescimento económico coeso”.

Tendo encerrado a última edição com mais de 250.000 visitantes e a participação de 9.000 empresas, em representação de 152 países, alinha-se com o desafio global do setor e reforça o seu compromisso com a promoção do turismo responsável, convidando os seus profissionais a reforçar o seu orgulho de pertença.

Assim, a IFEMA Madrid, entidade organizadora da FITUR, convoca o mercado turístico mundial, colocando a sustentabilidade no centro do seu programa, com o objetivo de contribuir para um crescimento económico coeso e de dar a conhecer práticas respeitadoras com impacto positivo e replicável, de forma a continuar a melhorar a qualidade da atividade turística.

Para tal, a organização estabelece dois objetivos para dois dos seus projetos. Por um lado, o Observatório FITURNEXT, plataforma da FITUR para a promoção de melhores boas-práticas, que há seis edições trabalha ao longo de todo o ano para identificar e analisar iniciativas implementadas a nível global por destinos, empresas e organizações sobre um determinado desafio do setor. Nesta ocasião, o Desafio 2025 centrou-se na forma como o turismo pode contribuir para uma gestão sustentável dos alimentos e, após a análise de quase 300 propostas, os vencedores foram a Rutas Gastronómicas Sostenibles de Extremadura (Espanha), Hurtigruten Cruises (Noruega) e Too Good To Go (Dinamarca).

Por outro lado, o FITUR 4all, o espaço que, pelo segundo ano consecutivo, aproxima todas as pessoas com necessidades de acessibilidade a destinos e serviços turísticos com o objetivo de promover o turismo inclusivo. Este projeto, para além de premiar as melhores iniciativas, vai criar o primeiro Guia de Boas-Práticas sobre Acessibilidade em 2025 para incentivar o empenho no desenvolvimento e promoção do turismo inclusivo em todo o mundo.

Para além do objetivo de inspirar os profissionais a adotar práticas sustentáveis que contribuam para a proteção da natureza e das comunidades locais, bem como de promover uma participação responsável na feira, a FITUR 2025 pretende também fomentar o orgulho dos seus profissionais em pertencer a um setor crucial que gera um impacto positivo no desenvolvimento económico e social.

Neste contexto, a organização destaca que “toda a cadeia de valor do turismo contribui para a criação de emprego, a preservação da diversidade cultural e do património histórico, o estímulo ao investimento em infraestruturas e serviços e a promoção de um modelo de desenvolvimento sustentável”. Fazer parte desta indústria significa “estar no centro de uma atividade que, para além da sua contribuição para as economias, cria espaços de intercâmbio e de respeito mútuo, contribuindo para a compreensão entre culturas, a cooperação global e o progresso”.

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Portugal soma 19 prémios nos World Travel Awards

Depois de ter recebido os “World Golf Awards”, tendo Portugal sido eleito como “Melhor Destino de Golfe do Mundo”, o Funchal voltou a ser palco para a 31.ª edição dos “World Travel Awards”, de onde Portugal saiu com 19 prémios.

Portugal arrecadou 19 prémios na edição deste ano dos World Travel Worlds, evento realizado no Funchal, ou seja, mais sete que na edição passada de 2023.

Braga recebeu, pelo segundo ano consecutivo, a premio de destino emergente, enquanto o Algarve foi eleito, novamente, melhor destino de praia do mundo, prémio que recebera em 2020 e 2021, Lisboa tornou-se no melhor destino para escapadas urbanas e a melhor cidade de património, e, mais acima, o Porto recebeu o prémio de melhor destino metropolitano à beira-mar, a Madeira foi declarada pela 10.ª vez consecutiva o melhor destino insular e os Açores o melhor destino para turismo de aventura.

Além dos prémios entregues às regiões de Portugal, os Passadiços do Paiva foram distinguidos como melhor atração para turismo de aventura, o Dark Sky Alqueva o melhor projeto de turismo responsável e a Parques de Sintra – Monte da Lua a melhor empresa do mundo em conservação.

Já a TAP repetiu os prémios de companhia líder nas ligações aéreas a África e América do Sul.

Na hotelaria, a Amazing Evolution também repetiu o prémio de líder na gestão de hotéis boutique, o Olissipo Lapa Palace foi eleito melhor hotel clássico, o Dunas Douradas Beach Club melhor resort de golf e villas e o Bairro Alto Hotel melhor hotel histórico de referência.

Ainda na hotelaria, o Savoy Palace, local que recebeu a gala, foi eleito melhor hotel de luxo, e o The Reserve, do mesmo grupo, alcançou o prémio de melhor boutique hotel de luxo, enquanto o Saccharum (também pertencente ao Savoy, mas na Calheta) passou a ser considerado o melhor retiro.

 

Sobre o autorPublituris

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IATA acusa Espanha de medida “ilegal que deve ser travada”

A IATA condena a decisão do Governo espanhol de ignorar a legislação europeia e multar as companhias aéreas em 179 milhões de euros, referindo que esta medida “põe em causa a liberdade de fixação de preços”.

A Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA) condenou a decisão do Governo espanhol de ignorar a legislação europeia, suprimir as taxas de bagagem de cabina para os passageiros em Espanha e multar as companhias aéreas em 179 milhões de euros. Esta medida, diz, “põe em causa a liberdade de fixação de preços, que é fundamental para a escolha do consumidor e para a concorrência, um princípio há muito defendido pelo Tribunal de Justiça Europeu”.

“Trata-se de uma decisão terrível. Longe de proteger os interesses dos consumidores, é uma bofetada na cara dos viajantes que querem ter escolha”, afirma Willie Walsh, diretor-geral da IATA.

Segundo o mesmo, “proibir todas as companhias aéreas de cobrar pelas malas de cabine significa que o custo será automaticamente incluído em todos os bilhetes”. Em tom irónico Walsh questiona ainda “O que é que se segue? Obrigar todos os hóspedes de um hotel a pagar pelo pequeno-almoço? Ou obrigar toda a gente a pagar o bengaleiro quando compra um bilhete para um concerto? A legislação da UE protege a liberdade de fixação de preços por boas razões. E as companhias aéreas oferecem uma série de modelos de serviços, desde o transporte com tudo incluído ao transporte básico. Esta medida do Governo espanhol é ilegal e deve ser travada””.

Recorde-se que o Governo de Espanha confirmou na passada semana uma multa de cerca de 179 milhões de euros a cinco companhias aéreas ‘low cost’ por fazerem os clientes pagar a bagagem de mão ou serviços como a escolha de lugares contíguos.

Ryanair (107,7 milhões de euros), Vueling (39,2 milhões de euros), easyJet (29 milhões de euros), Norwegian (1,6 milhões de euros) e Volotea (1,1 milhões de euros) são as companhias aéreas multadas, segundo o Ministério de Direitos Sociais e Consumo de Espanha.

Recorde-se que não é a primeira vez que a Espanha tenta tomar medidas regulamentares e aplicar multas semelhantes. Em 2010, o Governo espanhol tentou impor coimas e restrições semelhantes às companhias aéreas com base no artigo 97.º da Lei espanhola 48/1960 – uma lei promulgada quando Espanha era uma ditadura fascista. Esta tentativa foi anulada pelo Tribunal de Justiça da UE com base num regulamento da UE que protege a liberdade de fixação de preços (artigo 22.º do Regulamento n.º 1008/2008).

“Falharam uma vez e vão voltar a falhar. Os consumidores merecem mais do que esta medida retrógrada que ignora a realidade dos viajantes de hoje. A indústria do turismo em Espanha cresceu e representa quase 13% do PIB do país, com 80% dos viajantes a chegarem por via aérea e muitos deles preocupados com o seu orçamento. As tarifas aéreas baratas desempenharam um papel importante no crescimento deste sector da economia. O Governo não tem competência – jurídica ou prática – para eliminar a disponibilidade de tarifas aéreas de base. O TJCE concluiu este facto há uma década”, frisa Walsh,

Segundo a IATA, o transporte de malas de cabina “tem um custo associado”. Este custo traduz-se, segundo a mesma, “no aumento dos tempos de embarque, devido ao tempo que os passageiros demoram a acomodar a sua bagagem. A utilização das aeronaves é um parâmetro fundamental para a rentabilidade das companhias aéreas, especialmente nas operações de pequeno curso. O acréscimo de mais 10 a 15 minutos em terra para embarcar em cada voo reduz rapidamente o número de voos e de aviões que podem ser efetuados por dia”.

“O pior resultado possível de um regulamento é o facto de todos pagarem mais por menos opções”, conclui o diretor-geral da IATA.

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2024 foi para a Airmet um ano “desafiante” e ao mesmo tempo “estimulante”

Para a Airmet, que realizou a sua 20ª Convenção este fim de semana, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, Açores, com o tema “Gestão que transforma; Estratégia que direciona”, o ano de 2024 foi “desafiante”, mas também “estimulante”, conforme realçaram tanto o Chairman da rede de gestão das agências de viagens, Miguel Quintas, como o ainda diretor geral, Luís Henriques, ao mesmo tempo que estimam ainda maior crescimento em 2025, numa aposta clara na formação, na consolidação do seu modelo de contratação, proporcionando cada vez maior rentabilidade às suas agências de viagens associadas, mas acima de tudo, buscando a liderança no mercado português nos indicadores que ainda não possui.

A Airmet chega, na sua 20ª Convenção, na Terceira, com um total de 501 agências de viagens associadas, com um aumento de 100 agências face ao ano passado, e o objetivo, em 2025, é “sermos líderes” em número, referiram tanto o ainda diretor geral Luís Henriques como o chairman Miguel Quintas, que falavam à imprensa à margem da convenção anual do grupo, que reuniu na ilha Terceira (Açores), mais de 450 participantes.

Quanto às vendas de 2024, embora Luís Henriques considere ser difícil medi-las na precisão, a perceção é que “cresceram bastante”, somando apenas os operadores premium, cuja subida, face a 2023, se situou em mais de 40% em alguns casos”.

Assim, “foi um ano muito desafiante, em que implementámos algumas ferramentas novas, em que percebemos que realmente o nosso modelo de contratação, com rappéis não por grupo, mas por pontos de venda, começa a criar raízes, não só na própria Airmet, mas a ser vista por outras agências de viagens como uma mais-valia, e como uma ferramenta que faça que outras lojas que não estão no nosso grupo passem a considerar a entrada no nosso seio”, segundo o diretor geral da rede.

O responsável realçou que comprando com o 2022/2023 houve um dobro dos rappéis pagos à rede e, por isso, acredita este ano, esse valor ainda crescerá mais, ressalvando que “em determinados operadores, principalmente naquilo que é o lazer, estamos com condições bastante mais favoráveis do que a concorrência, o que faz com que agências de viagens com outro tipo de dimensão, olhem para nós como uma alternativa”.

Já para o Chairman da Airmet, é necessário trazer “mais qualidade, mais serviço e mais valor às nossas agências de viagens”, destacando que “queremos crescer a rentabilidade das agências de viagens em 20%”, numa estratégia de continuidade, apesar da saída de Luís Henriques do grupo, no final deste ano, onde esteve quase cinco anos, e entrada de um novo diretor geral, Rui Alberto, que não esteve presente na convenção de Angra do Heroísmo.

Miguel Quintas garantiu, na declaração aos jornalistas que “a estratégia da Airmet vai manter-se”, apontando que “queria uma pessoa com um perfil diferente, mas com a capacidade de atingir os mesmos objetivos estratégicos”, que passam, nomeadamente pela proximidade com as suas agências de viagens e num foco reforçado na formação. Sobre este assunto, o empresário revelou que está em desenvolvimento uma iniciativa em parceria com o Turismo de Portugal e com recurso a fundos comunitários, com vista ao lançamento de “um trabalho muito agressivo dentro do mercado nacional para a formação, que pode inclusive até extravasar o setor da Airmet”, destacou.

“A parte tática diz respeito claramente ao gestor e eu não tenho, por tendência, interferir na gestão diária das empresas” que lidera. “Tenho confiança nas pessoas e até agora não há realmente nenhuma razão para duvidar disso”, observou.

Neste âmbito, assegurou Miguel Quintas: “Para o ano é crescer ainda mais estes números, aumentar a rentabilidade das agências de viagens, garantindo que existe uma parceria forte com os nossos fornecedores” (operadores turísticos, centrais de reservas, companhias de aviação, empresas de rent-a-car, companhias de cruzeiros. E como não há duas pessoas iguais no mundo, “é normal que haja um estilo de gestão e de liderança diferente”, referindo ao novo líder dos destinos da Airmet. Mas “o Luís Henriques continua connosco”, apontou.

Sobre o autorCarolina Morgado

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Portugal é o melhor destino de golfe do mundo pelos World Golf Awards

Aconteceu em cerimónia no Funchal (Madeira), e Portugal vence o galardão de “Melhor Destino de Golfe do Mundo” na 11.ª edição dos World Golf Awards, e também, e pela terceira vez, o nosso país arrecada o prémio de “Melhor Destino de Golfe da Europa. Nos premiados constam ainda as Terras da Comporta como Melhor Campo de Golfe do Mundo, e a Quinta do Lago, como Melhor Local de Golfe do Mundo. A Madeira também subiu ao palco dos World Golf Awards 2024 por quatro vezes.

Publituris

Indica o Turismo de Portugal, na sua nota de imprensa, que o sucesso de Portugal como destino de golfe pode ser atribuído à experiência turística integrada, boas acessibilidades aéreas e terrestres, um excecional acolhimento, infraestruturas desportivas e hoteleiras de alta qualidade que atendem a diferentes perfis de praticantes (sejam profissionais ou amadores), e uma ótima relação qualidade/preço.

Recorde-se que o nosso país dispõe atualmente de 92 campos de golfe distribuídos pelas sete regiões de turismo, com particular foco nas regiões do Algarve, Lisboa e Porto e Norte. Enquanto produto turístico consolidado reconhecido internacionalmente, a procura no terceiro trimestre de 2024 manteve valores muito positivos, com o número médio de voltas realizadas por estrangeiros (10.740) a situar-se num patamar muito elevado.

O golfe, ainda de acordo com o Turismo de Portugal, através da sua forte ligação ao turismo, contribui para o aumento das receitas turísticas e para a expansão da atividade turística ao longo do ano e em todo o território. A par disso, e comprometido com o ambiente e a sustentabilidade, o setor do golfe em Portugal está a adotar práticas responsáveis para preservar os ativos distintivos que caracterizam o país enquanto destino, para avançar que nesse sentido, estão em curso estratégias para aumentar a eficiência hídrica, melhorar a gestão de resíduos e energia, e reduzir o uso de plástico nos campos de golfe.

Este conjunto de ações e iniciativas, desencadeadas no âmbito da pareceria estabelecida com a Federação Portuguesa de Golfe e o Conselho Nacional da Indústria de Golfe, tem consolidado a indústria do golfe como um importante parceiro na implementação da estratégia de sustentabilidade do Turismo de Portugal.

De destacar que os World Golf Awards são votados pelos profissionais da indústria do golfe, oriundos de mais de 100 países, e integram os World Travel Awards, os ‘óscares’ do setor do turismo.

A Madeira também subiu ao palco dos World Golf Awards 2024 por quatro vezes na cerimónia de gala no Savoy Palace, no Funchal.

A Região ganhou o prémio de “Melhor Destino de Golfe Emergente do Mundo” – sublinhando exatamente a razão pela qual foi selecionada para acolher o evento anual da indústria do golfe – enquanto dois dos aclamados clubes de golfe do arquipélago ganharam prémios individuais.

O Santo da Serra foi nomeado o “Melhor Buraco Par 3 do Mundo”, numa lista de locais icónicos, e destacando o compromisso o clube para com o ambiente foi também reconhecido com o título de “Melhor Sistema de Captação de Água Sustentável do Mundo”.

Por sua vez, o Palheiro Golf recebeu o prémio de “Melhor Clubhouse Panorâmico do Mundo”; famoso pelas suas vistas sobre a cidade do Funchal e o Oceano Atlântico.

Na ocasião, Eduardo Jesus, secretário Regional de Economia, Turismo e Cultura e presidente da Associação de Promoção da Madeira, realçou que o prémio atribuído à Região é uma recompensa pelo trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em prol do fomento, da promoção e da comunicação desta modalidade. “Hoje em dia temos três campos de golfe verdadeiramente excecionais na Região, desenhados por alguns dos nomes mais sonantes na área, perfeitamente integrados na nossa paisagem que é única, e estamos já a construir o quarto campo, desta vez na ponta oeste da Madeira”, recorda, apontou, para sublinhar que, nos últimos anos, “a Associação de Promoção tem vindo a desenvolver um trabalho de reforço da comunicação de cada um dos vários campos e, através do projeto Madeira Golf Passport, tem elevado a promoção desta modalidade ao nível mundial”.

“Este prémio que volta a ser atribuído hoje à Região, é o consolidar da aposta que tem sido feita nesta modalidade e é também uma responsabilidade acrescida para continuar a posicionar a Madeira como um destino de golfe único no mundo”, referiu ainda Eduardo Jesus, sublinhando que o facto da cerimónia de entrega dos prémios ter decorrido no Funchal foi uma oportunidade ímpar para mostrar à elite mundial da modalidade a ilha e as particularidades existentes na prática de golfe na Região.

Segundo Chris Frost, Managing Director, World Golf Awards, “a Madeira provou ser uma anfitriã magnífica para esta reunião de classe mundial da indústria global de turismo de golfe”.

Nos premiados constam ainda as Terras da Comporta como Melhor Campo de Golfe do Mundo, e a Quinta do Lago, como Melhor Local de Golfe do Mundo.

Quanto aos prémios europeus é também Portugal que leva o prémio de Melhor Campo de Golfe com as Terras da Comporta – Dunas Golf Course, que acumula com o título de Melhor instalação de golfe ecológica, mas o Melhor Clube de Golfe da Europa, e ninguém já o tira é o Palmares Ocean Living & Golf, tendo sido também premiada a Quinta do Lago como melhor local de golfe da Europa neste ano de 2024.

Por Portugal, ou seja, apenas a nível nacional, o Melhor Operador Turístico de Golfe Outbound é o InGolf, tendo arrecado ainda a distinção de Melhor Operador Turístico de Golfe Recetivo, enquanto a Praia D’El Rey Marriott Golf & Beach Resort é o Melhor Hotel de Golfe, cabendo também à Quinta do Lago – Campo Sul, o título de Melhor Campo de Golfe.

 

 

 

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TP vai alargar número de delegados nos mercados emergentes, segundo o SET

O secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, que presidiu à sessão de abertura da 20ª Convenção da Airmet, sexta-feira, na ilha Terceira (Açores), revelou que o Turismo de Portugal vai alargar o número de delegados (até oito ou nove) nos mercados emergentes.

Pedro Machado disse aos jornalistas que “o Turismo de Portugal, há dois anos a esta parte, conseguiu sair daquilo que era a ligação e tutela do AICEP e passar a ter autonomia”, assim, avançou “fez com que tivéssemos reconduzido e garantido aos delegados do Turismo de Portugal um conjunto de direitos que até aí estavam condicionados”. Neste âmbito, referiu, “hoje temos previstos alargar até oito ou nove o número de delegados do Turismo de Portugal no estrangeiro”.

Neste caso, segundo o governante, “estamos a falar nos Estados Unidos, México, possivelmente na Austrália, ou seja, em mercados que consideramos que podem ser emergentes, e que justificam a presença dos delegados do Turismo de Portugal, alargando, desta forma a rede e aumentando a pressão da marca Portugal nesses mercados internacionais” avançando que está na proposta do Orçamento de Estado.

“Não excluo a Ásia, e vamos reforçar, até porque temos uma ligação direta com a Coreia do Sul, e estamos a querer reforçar a nossa presença noutros países desse continente. O Japão já tem um delegado que faz um trabalho nessa zona do mundo, mas podemos vir a reforçar, até porque 2025 é o ano da Exposição Universal de Osaka, e Portugal quer estar muito forte nesse evento com o tema sobre o mar”, disse.

E África? Segundo o secretário de Estado, “neste momento estamos a olhar o continente africano, sobretudo para os PALOP. No entanto, sabemos que dos 10 países que mais vão crescer nas próximas duas décadas, oito são em África. Portanto, neste momento estamos a reforçar a nossa presença através dos protocolos com Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, países onde as Escolas do Turismo de Portugal e o programa Revive têm sido solicitados”. No entanto, avançou que “não escamoteamos a hipótese de olhar para um fenómeno global que vai ser o crescimento exponencial dos países com mais população do mundo e que vão ser de África. Por isso, vamos olhar para esses com atenção”.

Voltando ao México, Pedro Machado precisou que até agora os voos da TAP para Cancun eram praticamente charters para levar portugueses e outros europeus que vinham a Portugal e os aproveitavam, a nossa ambição é diferente. “Estive na Cidade do México, que tem 12,2 milhões de habitantes, só por si um ativo estratégico do que pode ser um potencial mercado, os mexicanos olham para Portugal numa ótica religiosa, na cultura, na gastronomia e nos vinhos, onde nós apostamos forte, e olhamos para essa praça, não no sentido de estarmos a competir com os destinos estivais que o México tem, mas trazê-los para Portugal”.

Realçou que “o mesmo acontece em relação à Argentina, que tem 50 milhões de consumidores, muito motivados pela atratividade do turismo religioso, com Fátima à cabeça, mas não só”, indicando que “tenho feito esses contactos com aquele mercado e sinto que há uma vontade expressa da Argentina também poder ter ligação direta com Portugal”.

Formar mil migrantes em tempo recorde

Um dos temas da intervenção do secretário de Estado do Turismo na abertura da 20ª Convenção da Airmet, na Terceira, foi a questão de escassez dos recursos humanos para o setor do Turismo e do programa de formação acelerada de migrantes que vai ser levada a cabo. Em declarações aos jornalistas, Pedro Machado especificou que “é uma das 60 medidas que apresentámos no programa Acelerar Economia, tem na base uma dotação orçamental de 2,5 milhões de euros e o objetivo é formarmos num tempo recorde cerca de mil pessoas, e estamos a falar de migrantes, numa parceria entre o Turismo de Portugal e a AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo) a quem vamos pedir a seleção desses migrantes, com critérios claros, para poderem vir fazer formação intensiva, entre 60 e 90 dias, nas Escolas do Turismo de Portugal e, depois, num terceiro lado, através da  CTP termos as empresas que vão receber esses migrantes formados”. Este programa, segundo o governante, deverá ser lançado até ao final deste ano para que o início da formação possa arrancar no início de 2025, e que estejam aptos antes do verão.

Estratégia 2035

Pedro Machado fez ainda aos jornalistas um balanço do ciclo de conferências “Estratégia Turismo 2035 – Construir o Turismo do Futuro”, que termina a sua sétima e última ronda, esta segunda-feira, em Faro, que considera “positivo”.

“Olhando para os números, tivemos a última sessão 608 pessoas presentes em Aveiro, a sessão do Porto contou com mais de 400 pessoas, o que significa a vontade expressa das empresas, da academia e dos operadores de participarem na definição da estratégia, ou seja, houve uma capacidade de mobilização e de atração em relação àquilo que é a nova definição da estratégia do que queremos que Portugal seja em 2035”.

Por outro lado, observou Pedro Machado, “é preciso fazer uma avaliação crítica do que fizemos até aqui”, destacando que “a Estratégia 2027 que terminaria nesse ano foi, em 2024, ultrapassada por si própria, isto é, este ano, superámos todos os objetivos que Portugal tinha traçado para 2027, em receitas, dormidas e em turistas, o que faz com que antecipemos a discussão, tendo por base o facto de sermos vítimas do nosso sucesso”.

Em terceiro lugar, o responsável pela tutela do Turismo realçou que “trazermos para a agenda os novos desafios: A pressão sobre os recursos, nomeadamente os hídricos, a questão do envelhecimento e da demografia, bem como o aparecimento da Inteligência Artificial”, evidenciando que alguns já estavam na Estratégia 27, como a sustentabilidade ou a definição dos produtos turísticos.

Neste caso, o governante assumiu, em declarações aos jornalistas que “não vamos deturpar o que estava bem feito, mas sim o ajustamento entre a perspectiva do alargamento de Portugal para novos mercados com o aparecimento de mercados emergentes, a definição e avaliação do que são hoje os riscos da atividade do turismo, nomeadamente, a perceção pública sobre o que representa a pegada do turismo que é preciso balizarmos e acabarmos com esses mitos urbanos, aquilo que representa a falta de mão de obra e onde é que Portugal pode e deve alavancar. É isso que está a ser tratado, a acrescentar à questão da inovação e da tecnologia”.

O que importa agora analisar, na perspectiva do secretário de Estado, “é como é que pegamos nos bons exemplos e na experiência que tivemos até 2024 e transportamos para uma estratégia vencedora até 2035, documento final que será apresentado em fevereiro do próximo ano”.

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Mercado nacional é mais de 50% do turismo nos Açores, diz Berta Cabral na convenção da Airmet

“O turismo nacional é o nosso principal mercado, sem sombra de dúvida, o que tem acontecido é que o turismo internacional tem crescido e, portanto, em termos de peso relativo, o mercado do continente, passa a ter uma percentagem menor à medida que o internacional aumenta, mas não diminuiu em quantidade, e é mais de 50% do turismo nos Açores e nas várias ilhas”, disse a secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral.

Falando aos jornalistas, à margem da 20ª Convenção da Airmet, em Angra do Heroísmo, onde esteve presente na sessão de abertura, a governante regional explicou que, no que diz respeito ao mercado internacional, “sobretudo o norte-americano tem crescido muito, o alemão que durante muitos anos foi o nosso mercado internacional principal, agora está no número dois”, isto porque “temos feito um grande investimento no mercado dos Estados Unidos com muitas ligações diretas para Boston e Nova Iorque (JFK) e também temos a United que voa para cá através de Newark e para Oakland no verão”. Tudo isso “impulsionou um incremento muito significativo do turismo norte-americano, que agora é o primeiro mercado emissor internacional, o que para nós é bom”.

Berta Cabral defendeu que “precisamos de ter uma boa combinação de vários mercados, porque se houver algum problema em alguns deles, até inflacionistas ou de redução de poder de comprar, o turismo é sensível a tudo isso”.

Já no seu discurso na abertura da convenção da Airmet, a governante recordou o crescimento superior a 10% nas dormidas e a 18,5% nos proveitos da hotelaria tradicional (prevê-se superar as quatro milhões de dormidas e os 175 milhões de euros de receitas diretas do setor hoteleiro), mas também disse: “Mais do que números, estes resultados traduzem-se num turismo que beneficia as nossas comunidades, gera emprego, promove o investimento e valoriza o nosso património natural e cultural”.

Revelou ainda aos jornalistas que todas as ilhas açorianas “têm crescido, ou seja, temos tido bons resultados dessa estratégia atualizada em 2023, através do nosso Plano Estratégico e de Marketing dos Açores, e como diz o documento, é fundamental ter uma missão, uma visão, uma estratégia e tudo ir em linha com esse plano. E os resultados estão à vista. Temos todas as ilhas, com grandes crescimentos de dormidas, de hóspedes e de passageiros desembarcados, bem como das receitas que têm subido sempre mais do que o número de dormidas, o que é fundamental para nós, porque é um importante indicador para a sustentabilidade dos Açores”.

Portanto, reforçou que todas as ilhas têm crescido, umas mais do que outras, mas não tem a ver necessariamente com a dimensão. Por exemplo, disse, “as ilhas da Flores e do Pico têm crescido muito, mas também partiam de uma base muito baixa, têm boa oferta turística, têm produtos diferenciados para oferecer, o Pico muito orientado para o enoturismo, e as Flores pelas suas cascatas e pela sua natureza”, evidenciou.

A responsável regional que tem a tutela do Turismo realçou que “temos muita honra em termos sido o primeiro arquipélago do mundo a ser certificado, como destino sustentável. Temos feito um percurso muito rigoroso e sustentado e este ano atingimos o nível ouro depois de quatro níveis de prata, com auditorias e certificações anuais. Esse nível ouro é válido para todas as ilhas, e esse indicador de maior crescimento em qualidade em vez de quantidade é um fator de objetivo de atingimento desse patamar de sustentabilidade que queremos continuar a prosseguir”.

Privatização da SATA

Sobre a privatização da SATA, Berta Cabral esclareceu que embora tenha a tutela da Mobilidade, a alienação do capital da transportadora aérea açoriana, como contexto, está mais entregue à Secretaria Regional das Finanças. Obviamente “que tenho acompanhado de perto, estamos num processo que ainda não está fechado em relação ao primeiro lançamento do concurso de privatização, estamos a aguardar alguns desenvolvimentos a esse nível para se perceber em que sentido é que irá. Ou seja, o processo que foi aberto há pouco mais de um ano ainda se mantém em aberto”, confirmou, para avançar que “não pode ser lançado um novo concurso sem este estar fechado, até porque não sabemos se este tem condições para prosseguir ou não”.

O certo, prosseguiu, “é que é uma questão que tem que se resolver rapidamente porque a União Europeia obriga a que a privatização da SATA aconteça até ao final do 2025. No entanto, não quero antecipar nenhuma das alternativas porque, neste momento está tudo em aberto”.

O desafio de gerir o sucesso

A secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas afirmou, em Angra do Heroísmo, que a realização da 20.ª Convenção da Airmet, com cerca de 450 participantes, na ilha Terceira, representa o reconhecimento do potencial do turismo dos Açores, realçando o papel das agências de viagens, que é “o prolongamento do turismo na sua imersão junto dos clientes. É fundamental o vosso trabalho para podermos chegar a todo o lado. De modo algum, nem as entidades oficiais nem os clientes chegariam até nós se não houvesse este intermediário fortíssimo que são as agências de viagens”.

Este encontro em Angra do Heroísmo é, na opinião de Berta Cabral “a prova cabal de que a nossa região oferece condições de grande qualidade para o semento de ‘Meetings & Incentives’, produto em que temos apostado como mecanismo de mitigação da sazonalidade e de dispersão dos fluxos turísticos por todas as ilhas”.

Referindo-se à forma notável como o turismo nos Açores evoluiu nos últimos anos, a governante disse que, agora, há o “estimulante desafio de gerir o sucesso num destino que ainda tem muito para crescer e desenvolver”, para regozijar-se que “ultrapassámos desafios, investimos na qualidade da nossa oferta e estamos a colher os frutos de uma estratégia de desenvolvimento sustentável, sempre com uma visão de futuro e prosperidade”.

O facto de 2024 estar a ser “o ano de Ouro” no turismo dos Açores, afirmando indelevelmente a Região como um destino de referência internacional”, demonstra bem o “compromisso com o desenvolvimento das ilhas, do turismo e das comunidades” residentes.

“Este sucesso também nos traz a responsabilidade de continuar a desenvolver proactivamente a oferta turística, trabalhando para elevar a estruturação, a qualidade e a consistência da experiência e dos serviços que colocamos à disposição dos turistas”, sublinhou.

E prosseguiu: “Temos, neste aspeto, um rumo claro onde a nossa Natureza – em terra ou em mar – e a nossa Natureza Humana se destacam como pedras angulares da nossa estratégia de valorização do território”.

Berta Cabral apontou o Turismo de Natureza como um “produto prioritário, ancorado em recursos naturais inigualáveis”, mas também disse que “o Turismo Cultural assume cada vez mais protagonismo na estratégia, reforçando o papel da Natureza Humana e da genuinidade na valorização dos Açores enquanto destino de eleição”, concluiu.

 

 

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SET quer sentar à mesa APAVT e ANAV para discutir se vale a pena duas figuras de Provedor do Cliente das agências de viagens

“Não faz sentido termos dois provedores do cliente das agências de viagens e turismo”, disse o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, respondendo a uma solicitação feita à tutela pelo presidente da Associação Nacional das Agências de Viagens, Miguel Quintas, com vista à criação desta figura que já existe no seio da APAVT, defendendo que “provavelmente, vou ter de convidar quer a APAVT, quer a ANAV, a sentar à mesa e podermos avaliar esta questão”.

Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo (SET), que falava aos jornalistas, esta sexta-feira, à margem da 20.º Convenção da Airmet, em Angra do Heroísmo (Terceira – Açores), em cuja sessão de abertura presidiu, começou por afirmar que “recebi a informação ontem do presidente da ANAV. Essa manifestação tem, naturalmente, a ver com o facto também de existir uma outra associação nacional de agentes de viagens que tem o seu provedor”, para esclarecer que “provavelmente, vou ter de convidar, quer a APAVT, quer a ANAV, a sentarmos à mesa e podermos avaliar, pois não faz sentido termos dois provedores do cliente das agências de viagens e turismo, tal qual tem sido a boa prática dos agentes de viagens e o do bom entendimento no sentido de responsabilidade que têm perante terceiros”.

O secretário de Estado do Turismo lembrou que é o Turismo de Portugal que gere o Fundo de Garantia de Viagens e Turismo (FGVT), “no que diz respeito ao processo sempre que há distorção, perdas ou prejuízos”, assim, “estou certo de que, juntamente, com o Turismo de Portugal, encontraremos uma boa solução”, referiu.

O Fundo de Garantia de Viagens e Turismo responde solidariamente pelo pagamento dos créditos dos viajantes decorrentes do incumprimento de serviços contratados às agências de viagens e turismo.

Segundo o Turismo de Portugal, os viajantes interessados em obter a satisfação de créditos resultantes do incumprimento de contratos celebrados com agências de viagens e turismo podem acionar o Fundo de Garantia de Viagens e Turismo por requerimento dirigido ao Turismo de Portugal I.P., devendo apresentar, em alternativa: Sentença judicial ou decisão arbitral transitada em julgado, da qual conste o montante da dívida exigível, certa e líquida; Decisão do provedor do cliente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), da qual conste o montante da dívida exigível, certa e líquida, desde que aquele esteja inscrito na lista de entidades de Resolução Alternativa de Litígios (RAL); ou Deliberação da Comissão Arbitral.

Por outro lado, Miguel Quintas já tinha avançado que “estamos a trabalhar, em conjunto com a tutela, para a criação do provedor do cliente da ANAV, figura que permitirá defender os interesses das agências de viagens perante algum problema que possa surgir nas vendas e dá a possibilidade de gerir conflitos de uma forma mais ágil, garantindo o acesso imediato ao fundo de garantia”.

O estatuto do agente de viagens foi outra questão que Pedro Machado abordou em declarações aos jornalistas. “Recebi os contributos quer da APAVT quer da ANAV, e os pedidos dos agentes de viagens, foi feito um texto já validado em sede da Secretaria de Estado, que está neste momento na Assembleia da República e espero que o Grupo Parlamentar do PSD possa, ainda este ano, validar e aprovar esse objetivo”, que também está por trás a validação do Dia Nacional dos Agentes de Viagens em Portugal.

“Assumi esse compromisso quando assumi funções num encontro com agentes de viagens em Lisboa, em meados deste ano e seguramente que até ao final do ano espero ter esse objetivo alcançado”, reforçou o governante.

Recorde-se que, em maio último, o secretário de Estado do Turismo, presente, em Lisboa, no evento promovido pela APAVT para assinalar o Dia do Agente de Viagens, garantiu para breve a criação do Estatuto do Agente de Viagens, e dizia na ocasião que, apesar de estar no cargo há menos de dois meses, “tenho a certeza absoluta de que o Estatuto dos Agentes de Viagens, somado com o Dia do Agente de Viagens, vai acontecer, mais breve do que muitos de vocês estariam à espera”.

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Turismo do Centro quer saber o impacto do turismo na região

O Observatório do Turismo Sustentável do Centro de Portugal lançou um inquérito a residentes sobre impacto do turismo na região, disponível até 30 de novembro.

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O Observatório do Turismo Sustentável do Centro de Portugal (OTSCP) lançou um inquérito online, em que pretende conhecer a opinião dos residentes na região Centro sobre os impactos do turismo na região e que pode ser respondido na ligação até 30 de novembro em https://bit.ly/4i0TBkb

O inquérito, com o nome “O Turismo na Perspetiva dos Residentes – Centro de Portugal 2024”, avalia a perceção dos residentes de qualquer um dos 100 municípios da região sobre os impactos, positivos ou negativos, do turismo em diversos domínios.

Através deste estudo, que demora apenas cinco minutos a responder, o Observatório procura recolher opiniões sobre os efeitos do turismo em áreas como a criação de emprego, a dinamização da economia local, a melhoria de infraestruturas básicas, o aumento de opções culturais e de lazer, a requalificação urbana e a conservação do património natural. Simultaneamente, analisa possíveis impactos negativos, como o aumento do custo de vida, a superlotação urbana, o vandalismo, a poluição visual e sonora e a gestão de resíduos.

Para Francisco Dias, coordenador do OTSCP, a participação dos residentes é crucial, indicando que “o juiz supremo a quem incumbe confirmar o veredito sobre o nível de sustentabilidade do turismo no Centro de Portugal são os cidadãos que residem na região”. Até porque, em última, “o turismo só traz benefícios à região se os residentes forem dos principais beneficiários desta atividade”, afirma Francisco Dias.

De referir que o Observatório do Turismo Sustentável do Centro de Portugal foi criado pela Turismo Centro de Portugal, em parceria com o Instituto Politécnico de Leiria, através do CiTUR – Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação em Turismo do Politécnico de Leiria. A sua missão consiste em monitorizar todos os aspetos relacionados com o turismo na região, fornecendo informações de valor às empresas e organizações. Desta forma, constitui um apoio fundamental à tomada de decisão dos protagonistas da atividade turística no território.

“Presume-se que uma avaliação globalmente positiva destes itens será o testemunho de que as comunidades locais estão diretamente envolvidas no planeamento do turismo, a nível local e regional, e que os residentes consideram o turismo benéfico para si e para as suas comunidades”, conclui Francisco Dias.

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