Terminal A sai do BSP mas promete pagar dívida
Cerca de 45 milhões de euros é quanto a Terminal A deve ao BSP e a ausência de pagamento deste valor fez com que a agência espanhola entrasse em default […]
Liliana Cunha
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Cerca de 45 milhões de euros é quanto a Terminal A deve ao BSP e a ausência de pagamento deste valor fez com que a agência espanhola entrasse em default (má utilização dos fundos do ponto de vista legal) e deixasse de ter licença IATA.
Sem confirmação da Terminal A sobre o valor em dívida, fontes do mercado indicam que o mesmo está próximo da realidade, correspondendo 30 milhões de euros ao mês de Outubro, e os restantes à primeira quinzena de Novembro.
A notícia, que foi avançada esta semana no Hosteltur, é vista pelo mercado português como “uma situação gravíssima”, como alertaram ao Publituris alguns players do sector, mostando-se expectantes no sentido de saber se esta terá efectivamente falido, ou se algum grupo poderá vir a estar interessado em recuperar a marca.
Companhias sofrem
Iberia, Spanair e Air Europa são algumas das companhias aéreas a sofrer com esta situação provocada pela Terminal A que deve 2,5 milhões, 1,5 milhões e 900 mil euros, respectivamente, a cada uma.
Contactada pelo Publituris, a TAP optou por não revelar o valor em questão.
Entretanto, a online continua a surgir com oferta em companhias low cost (que não são IATA) e outras com quem tem acordos directos.
Fontes do sector nacional, referem ainda ao Publituris que a agência se comprometeu a pagar as dívidas em questão. Contudo, e por já não poder comprar à quantidade de companhias que tinha anteriormente, assume-se que será mais díficil a liquidação de cada uma das dívidas, prejudicando-se, assim, o mercado.
Como consequência de toda esta situação, companhias aéreas e agências de viagem reforçam o pedido que já foi feito à IATA, com vista à alteração do calendário de pagamento de BSP, sugerindo a passagem de pagamentos mensais para semanais.
A periodicidade semanal já está implementada no BSP da Holanda e na Air France para o mercado francês, mas em Portugal e Espanha é pago mensalmente.
Ainda segundo o Hosteltur, refira-se a título de curiosidade que, no total, em Outubro, a dívida das agências de viagem às companhias IATA estava situada nos 37 milhões de euros, dos quais, 30 milhões pertencentes à Terminal A, e os restantes sete a agências de menor dimensão.
Terminal A mantém operacionalidade
Sem conseguir contactar a Terminal A, sedeada em Espanha, o Publituris recebeu, no entanto, um comunicado da online através da agência de comunicação em Portugal. Nele, a empresa refere que, como agências licenciada, “vai manter a sua actividade na plenitude, apesar de não ter a licença IATA”. Com efeito, admite ter assinado acordos com “agências às quais sub-contratou a emissão de bilhetes de reservas, gerados pelo motor de pesquisa de voos, nos 20 países onde opera”. Todavia, não avança os nomes das agências em questão.
A online espanhola adianta ainda que está “actualmente a negociar o valor em dívida com as companhias aéreas” e, a finalizar, o breve comunicado sublinha que “os clientes em Portugal e na Europa continuam a adquirir bilhetes, e que os principais parceiros mantêm a confiança na empresa”.
Terminal A
Um projecto terminado?
Com base nos resultados divulgados anualmente pela Terminal A, o Hosteltur colocou, em 2008, a agência espanhola em quarto lugar no ranking de volume de vendas entre as online.
Especializada em venda de bilhetes aéreos, a Terminal A anunciava naquele ano uma facturação global de 180 milhões de euros e de 18 milhões em Portugal, reflectindo um crescimento de 80% no nosso país.
Na altura, há dois anos em Portugal, a online assumia-se como a agência de viagem número um na Europa, dado que o seu crescimento era de 30% a nível global.
Como previsões para este ano, a Terminal A esperava registar uma facturação de 255 milhões de euros, isto é, mais 40% face a 2008.
Como projectos tinha o investimento em teconologia, com o lançamento de uma nova plataforma de reservas, e iniciar operação nos Estados Unidos e Irlanda.